[Opinião] - “O Rio da Amargura (Diário de Mercedes)”, de Eurico Figueiredo [Editorial Bizâncio]

Eurico Figueiredo

O Rio da Amargura (Diário de Mercedes)

Editorial Bizâncio

2012

Páginas: 160

Sinopse:
Repleto dos sons, sabores, cores e paisagens do Douro, O Rio da Amargura prende-nos do princípio ao fim. Acompanhamos as aventuras e desventuras de Mercedes com a mesma intensidade com que a protagonista as viveu, da sua paixão pelo Douro, das suas descobertas das pequenas e grandes histórias que fizeram a região, até aos seus amores mais ou menos felizes, passando pela sua luta, como produtora do Douro, com as hilariantes e penosas burocracias tão genuinamente portuguesas. 

Análise realizada por Liliana Novais/Os Livros Nossos.

Eurico Figueiredo escreveu o romance “O Rio da Amargura (Diário de Mercedes)”. Neste seguimos excertos de um diário que pertenceu a Mercedes. Assistindo às suas aventuras e desventuras desta mulher, e assistimos à sua evolução enquanto ser humano. O diário começa em 1977, quando a nossa personagem conta com trinta anos e termina em 2011, quando a sua vida termina de uma forma abrupta.

O cenário de fundo é a paisagem luxuriante do Douro vinícola, apresentando-nos o dia-a-dia da nossa personagem enquanto produtora, e como a sua quinta vai aos poucos prosperando. Acaba por descobrir que o seu marido lhe ocultou um grande segredo, o seu passado não era nada do que ela imaginava. Como ela lidará com essa descoberta?

Os tropeções que dá, fazem com que amadureça e vemo-la a tornar-se uma mulher mais segura de si e independente. Mortes trágicas e perdas acabam por moldar o seu futuro.

Vemos a história do Douro pelos olhos desta personagem. Um livro interessante com descrições ricas.

A história está escrita de uma forma simples e interessante. Permitindo ao leitor seguir a fluidez com que esta avança e se desenvolve.

Um livro intenso que se recomenda vivamente.