quinta-feira, 29 de novembro de 2012

[Opinião] “A Chave” de Cláudia Valle Santos (Edições Vieira da Silva)



Ficha técnica:

Autor:  Cláudia Santos
Coleção: Ficção
ISBN: 978-989-8545-23-7
Depósito Legal: 336893/11
Número de páginas: 255

Sinopse:

Maria do Carmo Ferreira depara-se, acidentalmente, com um trabalho de investigação histórica que a leva a viver um delicado enredo familiar e a acordar a sua consciência para uma realidade oposta à sua vida rotineira e confortável.
Quando Letícia lhe diz “as coisas estão prestes a mudar. A Maria do Carmo está a viver um momento de esclarecimento. Não se esqueça que o mundo que pensamos que existe pode não ser bem aquilo que de facto é” e depois lhe pergunta “tem a certeza de que está acordada? Tem a certeza de que o seu sonho é mesmo um sonho?” Maria do Carmo sente a sua existência tremer e as suas certezas transformarem-se em dúvidas.
A evolução da investigação histórica e a procura de uma resposta para os pesadelos que a atormentam todas as noites, transportam Maria do Carmo para uma viagem de descoberta e de esclarecimento sobre a sua própria existência, que lhe irá revelar uma realidade, para si, impensável.

Análise realizada por Liliana Novais/Os Livros Nossos.

“A Chave” é um livro que nos prende desde o início, imediatamente nas primeiras palavras. Cláudia Valle Santos conseguiu criar um livro surpreendente.
Começamos logo a pensar: Quem aquele rapaz que corre à chuva? Como é que ele está ligado à Investigadora Maria do Carmo? O que tanto procura o Gonçalo?
Até às últimas páginas a autora mantém o suspense e revela aos poucos as respostas às perguntas. A linguagem da autora é acessível e refrescante. Lê-se facilmente.
Quanto às personagens, estas estão bem desenvolvidas e maduras, até as secundárias têm profundidade. Temos um vislumbre de uma outra realidade para além da que a autora conta como principal.
Maria do Carmo é uma mulher forte que enfrenta um problema de saúde, insónias, mas apesar disso consegue manter-se no activo e desenvolver a sua pesquisa.
Gonçalo é caracterizado como um homem fraco, como a própria Tia o define. No decorrer da acção vemos que as suas atitudes são influenciadas por terceiros.
Um ponto negativo é o tempo que se arrasta a doença e como esta não é explicada a Gonçalo devidamente.
Outro ponto negativo é que existe tensão entre os dois mas nunca passa disso. Nem um nem outro avança em relação ao que sentem.
O suspense e o twist final dão um alento ao leitor e é surpreendido pela revelação final. Um livro a ler.

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