sexta-feira, 19 de abril de 2013

[Opinião] "Assuntos domésticos", Eileen Goudge




Autora: Eileen Goudge

Título: "Assuntos domésticos"

Editora: Contraponto [Grupo Bertrand-Círculo]
1ª Edição: Novembro de 2009
Páginas: 415


Crítica por: Cátia Correia /Blog Os Livros Nossos

    Estreia com a autora Eileen Goudge, de quem já tinha ouvido falar muito bem.. esta é mais uma grande autora de sucesso de best-sellers do New York Times, sendo bastante querida entre milhões de leitores em mais de 25 paises. Assuntos domésticos é o seu último livro lançado em Portugal.

   Bom agora que o terminei, limpo a lágrima ao canto do olho, é realmente um livro muito bonito e ternurento, com uma vez que pode ser bastante verídica. A escritora escreve de forma a prender-nos às palavras e nem damos conta das páginas a passar, apesar da ultrapassar as 400 páginas é um livro que se lê facilmente e confortavelmente, bastante leve e até divertido em algumas partes.

  A história inicia-se com um episódio em prólogo datado de 1982, uma mansão na Geórgia, um casal socialmente feliz com dois filhos gémeos - Lila e Vaughn, a juntar à história temos uma governanta dedicada que praticamente é mãe das crianças e zela pelo bem estar de todos, esta tem também uma filha - Abigail. As crianças crescem juntas como irmãos, felizes e unidos, até ao dia em que o casamento supostamente feliz se desmorona com uma descoberta por parte da patroa, e a governanta e a sua filha Abigail com 16 anos, são expulsas da propriedade, acusadas de roubo, sem se poderem defender. Abigail implorou à sua grande amiga Lila que as ajudasse, mas tal não aconteceu.

   Viajamos então até à acção presente, cidade de Nova Iorque, tanto Lila como Abigail são duas personagens da alta sociedade, Lila porque fez um bom casamento e foi circulando nos mesmos meios sociais que os pais, e Abigail porque conquistou tudo e todos com muito esforço e trabalho, sendo actualmente proprietária da sua empresa. Vaughn, esse dedicou-se às viagens à volta do globo, trabalhando na realização de documentários, ao longo dos primeiros anos foi ele o único a manter um ténue contacto com Abby durante uma adolescência sofrida por ela, através de cartas, coisa que não aconteceu entre Lila e Abigail.

   A par da acção na actualidade, o livro divide-se ainda em outra história, esta passada em Las Cruces, no México, onde está situada uma fábrica de produção da empresa de Abby, que dá lugar a dezenas de trabalhadoras, nomeadamente a Concépcion e à sua filha Milagros, que ambiona ir para os EUA, encontrar o marido que já lá se encontra e ter uma vida melhor.

Este livro mostra-nos e é um exemplo perfeito do sentimento de amargura, desejo de vingança, humildade e enfim, sobre as voltas que a vida dá.. Lila, sofre acontecimentos na sua vida que a levam a ficar sem nada, recorrendo a tudo e todos e esgotando todos os recursos, recorre à última pessoa que imaginou: Abigail. Esta, revoltada com o passado, aceita a amiga, mas humilha-a e rebaixa-a, julgando que isso a fará sentir-se melhor, reforçando a sua frieza e amargura de um coração frio.

Cabe a Vaughn, que volta com uma doença julgada terminal, dar consolo à irmã Lila, e despertar o calor dos sentimentos e emoções esquecidas em Abigail. Junta-se a isto os filhos de Lila e Abigail, um marido infiel, um jardineiro afegão e uma mãe mexicana desolada por perder a sua filha num incêndio na fábrica.

Como disse no inicio, é um livro muito bom, em que no fim prevalecem os sentimentos genuínos  como o amor, amizade e partilha. É dificil de dizer mais sem revelar a história, portanto, aconselho a lerem, prometo que gostar é garantido!






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