Sinopse:
Wynthrope Ryland é um experiente ladrão que usa o seu charme junto
de mulheres bonitas e com posses para conseguir os seus bens valiosos. No
entanto, essa vida de crime não é a que deseja para si e, quando jurou
deixá-la, eis que tem de cometer um último crime para proteger a carreira e a
família do seu irmão North. Moira Tyndale, uma imponente viscondessa, é o seu
último alvo. Porém, quando o descobre já uma profunda ligação os une. Wyn
percebe que não pode mais ignorar a sua paixão. Deve proteger os seus segredos
e o seu passado, mas não pode protegê-la de si mesmo. Como pode ele escolher
entre o desejo do seu coração e a segurança do seu irmão?
Opinião:
"Na
Noite" de Kathryn Smith, é o quarto volume da série Ryland. Já tinha ouvido falar da autora mas conhecia apenas
a série sobrenatural dela. Não percebo o porquê de terem começado a publicar
esta série em português (se é que vão continuar a publicar) começando pelo 4º volume. Fenómeno inexplicável da
editora Livros d'Hoje para juntar a
um rol de tantos outros (como por exemplo a série salteada da Laura Lee Gurhke).
Este livro, apresenta-nos um dos membros da
família Ryland, uma família conhecida por ser pouco aristocrata e pelos seus membros
masculinos que têm uma única fraqueza:
as mulheres.
Wynthrope
Ryland é um homem
misterioso que esconde um grande segredo que está prestes a ser revelado. Moira Tryndale é uma jovem insegura,
que sempre foi desprezada pela mãe por não se inserir nos padrões de beleza
desta. Sendo assim, a sua infância foi bastante complicada, e a sua auto-estima
é mais baixa que as temperaturas do Pólo Norte. E nada vem ajudar ao facto de
se ter casado, quase por obrigação com o gentil Anthony, que só queria que
Moira saísse da pressão que vivia. O que muitos não sabem é que Anthony é homossexual, e este casamento
é perfeito para esconder o seu romance com Nathaniel.
O casamento é dado mas não consumado e quando Anthony adoece e acaba por
morrer, Moira vê-se viúva e virgem.
Moira é relutante, embora viúva e por isso
merecedora de uma certa tolerância da sociedade em relação a seus casos
amorosos, o segredo da sua virgindade é algo que a envergonha e a assusta, pois
se for descoberto, ela é obrigada a viver com a mãe, uma pessoa detestável que nunca contribuiu para a felicidade
da filha.
Wynthrope Ryland é um dos solteiros mais cobiçados da sociedade e desde o primeiro
encontro entre os dois que Ryland deseja apenas um beijo mas consegui-lo irá
ser bem mais difícil do que pensava. A juntar à audácia e à resistência de
Moira, Wynthrope também esconde um
segredo (muito misteriosas eram estas pessoas do século XIX!), um segredo
que já esteve mais longe de ser revelado.
Chantageado por William Daniels, Ryland vê-se entre a espada e a parede. Trair a sua família ou perder o grande amor
da sua vida? Esta decisão vai preencher toda a trama do livro, dando um toque de mistério ao enredo, o que foi
uma boa aposta por parte da autora, trouxe mais emoção à leitura.
O plano de Ryland seria perfeito, aproximar-se de
Moira, conseguir o que queria e livrar-se dela como fez com tantas outras. O
único problema que encontrou foi a sensualidade e delicadeza desta que faz com
que Wyn se apaixone perdidamente.
Como podem ver não há muito mais detalhes a
revelar, receando contar toda a história. O romance é fofo, leve, daqueles que
deixam as meninas a suspirar por mais, uma história típica de contos de fada. Desde
que Ryland leva a cabo o seu plano de seduzir
Moira, não faltam provocações e
apostas, como a das partidas de xadrez, onde quem perde tem o direito de
servir o opositor da forma que este desejar. Estão a ver no que vai dar não é?
Mas dando algum crédito ao livro, diria que o que
mais gostei foi a relação entre a Moira
e Nathaniel, o amante do seu falecido marido. Ora aqui está algo diferente
que nunca tinha lido, foi muito engraçado ver a amizade entre a Lady Aubourn e
o gay e fiquei com o coração apertadinho com o desejo que Moira tinha: ver o
seu amigo feliz e de novo apaixonado, mesmo que não pudesse expressar o seu
amor publicamente, como tinha feito com Anthony.
Contudo e dentro do género, “Na Noite” não será
das leituras mais prazerosas, a escrita é fluída mas as personagens pecam por serem estereotipadas,
primeiro Moira é tímida, roliça, virgem (!!!) oprimida pelos comentários da mãe
e da sociedade, Ryland é o comum libertino, amante de muitas mulheres e heart breaker de tantas outras. Ou seja,
não há nem uma característica que realce os protagonistas, o que é uma pena.
Outro momento que me irritou e que me chateia
mesmo são as inseguranças, o “vai e não vai” entre as personagens. Aqui, o que
aconteceu foi que Ryland foi atacado pelo síndrome do amor pela primeira vez e
como qualquer engatatão fica na dúvida se ama Moira ou não. E o mesmo acontece
com ela pois claro, convencida que nenhum homem lhe quer, Aubourn também se
sente insegura em à relação aos sentimentos de Wynthrope. Estas indecisões
fizeram-me revirar os olhos diversas vezes.
Concluindo, “Na Noite” é um livro que vale a pena
mas que claramente não acrescenta nada de novo a este género, é um livro
agradável com um romance cor-de-rosa, uma escrita fluída e fácil de ler. O livro foi lido com um sorriso nos lábios
e com um nó na garganta face a algumas partes do livro. É realmente uma
pena que não tenhamos oportunidade de conhecer os restantes membros da família,
de modo a perceber melhor esta união e os segredos da família Ryland, mas aqui
fica a minha recomendação.
Até para a semana!
Ainda não o terminei devido à falta de páginas do meu livro, mas confesso que tive alguma dificuldade a ler no inicio.
ResponderEliminarObrigada pelo comentário Lia ^^
EliminarSim ao princípio não me estava a cativar muito mas no geral foi uma leitura muito agradável, não me agarrou completamente mas lê-se bem!
"a sua auto-estima é mais baixa que as temperaturas do Pólo Norte" - loool esta frase e tua?
ResponderEliminarAquilo do casamento em que um e homo faz me lembrar o ultimo que li da Pearce, mas ai ela não era virgem, era violada!
"trouxe mais emoção à leitura." - trazendo mais...
Bem, pelo que percebi este tem algumas coisas em comum com a Pearce, como já disse, e com o Um Verão Inesquecível, naquele tipo de aposta! de qualquer forma fiquei curiosa. A capa já me tinha conquistado e a parte das personagens estereotipadas não me causa mossa por isso vai continuar na lista dos livro a ler.
sim é minha, quer dizer é uma expressão que eu uso frequentemente, até no dia a dia :P mas pq? ;)
EliminarSim!!! tmb me lembrei logo do da Pearce, esse livro persegue-me
ok apontado, vou corrigir obrigada ;)
sim, sabes que nestes romance históricos não há mtas diferenças de uns para os outros.Como disse, não é um livro que se destaque de tantos outros mas foi agradável de se ler.
Porque gostei. Posso te citar quando quiser dizer o mesmo ou cobras direitos de autor? eheh.
EliminarNão estava mal, só acho que fica melhor.
Ehehe podes-me citar mas tem de ser: "como diz a grande e maravilhosa historiadora da Arte Mafalda Férias a sua auto-estima é mais baixa que as temperaturas do Pólo Norte" muahaha :P
EliminarO facto de começarmos a ler estas sagas já pelo meio contribui para o desinteresse... Se editassem o 1º acho que era mais fácil decidirmos se continuavamos a seguir ou não, assim acabamos sempre por ficar a pensar se o facto de não acharmos muita graça ao livro é porque não é o 1º!! Isto passa-se comigo.
ResponderEliminarEstou à espera que este livro chegue...
Obrigada pelo comentário Carla ^^
Eliminaré verdade, infelizmente a livros d'hoje parece que é perita nisso, enfim. Felizmente o livro em si pode ser lido individualmente!
beijinhos