sábado, 18 de agosto de 2012

[Gostámos] "Solstício de Verão", de Tara Moore




Sinopse

Quando Ashling Morrison fica noiva do amor da sua vida, Rossa Granville, põe em movimento uma cadeia de acontecimentos que farão duas famílias irlandesas ricas e poderosas chocar como nunca antes. Apesar de sua educação privilegiada, Ashling Morrison passou a vida a desejar poder fugir da sombra da sua bela carismática e madrasta, Coppelia. Agora, na véspera da sua festa de noivado, pode finalmente conseguir realizar o seu maior desejo. Afinal, Rossa é o parceiro perfeito, e os Granville a família perfeita... Honoria: Para Honoria Granville, o noivado do neto com Ashling Morrison representa o culminar de anos de esquemas, manipulações e logros. Mas agora a armadilha foi montada – e tudo o que ela tem de fazer é esperar pela presa... Carrick: como herdeiro do espólio Granville, Carrick tem-se esforçado para equilibrar as exigências do dever com a liberdade. Mas, quando Carrick percebe que está prestes a ser deserdado em favor do irmão, Rossa, decide agir... Coppelia: sensual, cruel e avarenta, Coppelia Morrison consegue sempre o que quer. Mas quando descobre que a enteada, Ashling, ficou noiva do neto da sua arqui-inimiga, sabe que tem de fazer tudo ao seu alcance para impedir o casamento...
O Baile do Solstício de Verão dos Granville é sempre inesquecível. Todas as pessoas importantes da sociedade irlandesa reúnem-se em Carrickcross House - a propriedade rural da família - para uma noite de folia. Mas este ano a noite é muito especial: a matriarca Honoria vai anunciar o noivado do seu neto Rossa com Ashling Morrison. Ashling está delirante. Alto, moreno e bonito, Rossa é o partido perfeito, mas será demasiado bom para ser verdade? Por que motivo está Honoria tão interessada em fazer Ashling - enteada da sua arqui-inimiga Coppelia - parte do clã Granville? Poderá Carrick, o irmão de Rossa, manter a sua posição como herdeiro legítimo? E o que fará a implacável Coppelia? Com a promessa de convidados distintos, bebidas, danças e assassínio... será um solstício de verão inesquecível!

Opinião

Quando vi o título, pensei “Ora aí está um livro que se adequa ao Verão. Não posso deixá-lo escapar!”. A capa veio confirmar o meu pensamento. Transmitiu-me um sem número de emoções. É vibrante, quente e fresca, ao mesmo tempo, como só podia ser numa época em que se quer apenas praia, sol, diversão e paixão. Quanto à sinopse, lembro-me de compará-la com um verdadeiro cocktail… de géneros. Suspense, mistério e romance, misturado com muitos outros ingredientes que tornam a trama absolutamente intrigante.
A acção decorre, principalmente, na Irlanda e começa com o anúncio do noivado entre Ashling Morrison e Rossa Granville, provenientes de duas famílias irlandesas muito ricas. Os convites são enviados pela matriarca da família, a avó de Rossa, Honoria Granville, a pessoas estrategicamente escolhidas, espalhadas por todo o mundo. Uma das convidadas é Copelia Morrison, a madrasta de Ashling e arqui-inimiga de Honoria, que revela ser muito mais do que isso. Neste ponto, não nos é indiferente que Honoria gosta de controlar a vida dos que a rodeia e o quão calculista é.
Antes de continuar a minha opinião, quero só realçar um aspecto: o título original da obra. Tive uma certa curiosidade em sabe-lo, que é “RSVP”, cuja capa, podem ver em cima. Para quem não sabe, “RSVP” significa, em francês, “répondez s`il vous plait”; em português, “responda, por favor”. A pessoa que envia o convite espera uma resposta do convidado, seja positiva ou negativa. Do ponto de vista prático, torna-se eficiente saber quantos convidados o evento terá, na totalidade, tanto mais não seja para tomarem conhecimento dos recursos que se deverão despender para a sua preparação. Ora, as regras de etiqueta dizem que a pessoa convidada deve responder imediatamente, se possível no mesmo dia, nem que seja só para agradecer a gentileza do convite. Com esta breve explicação, considerei o convite de Honoria uma afiada provocação a Copelia.
Adorei o enredo e as personagens que o compõem. Não faltou nada, neste aspecto. Temos uma noiva ingénua e apaixonada, um noivo egoísta que não se interessa pelos bens da Família e só pensa numa pessoa, um herdeiro solteiro e simples que se move unicamente pelos seus ideais, uns gémeos depravados que agem pela calada, uma matriarca movida pelo ódio de uma traição e corroída pela culpa e uma mulher que tenta proteger a pessoa que mais ama de dois poderosos segredos. E estas são apenas as que têm um papel mais relevante na história.
A cada página, existe uma nova informação e vários segredos são desenterrados. Pela mistura de ingredientes que compõem a narrativa, a autora conseguiu criar uma história caracterizada por uma imprevisibilidade galopante. Faz-nos querer mais e mais, a nossa imaginação voa e tenta criar os próximos acontecimentos. Ficamos completamente viciados, sem saber o que vai acontecer a seguir.
Tara Moore guia-nos por uma leitura ávida e é absolutamente arrebatador! O final foi surpreendente. Só houve um momento em que pus em causa a verdadeira identidade do assassino e depressa esqueci os motivos que me levaram a pensar nisso. Quando descobri… fiquei rendida com a imaginação da autora!

Ivonne

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