Deixo aqui o
meu sincero agradecimento à Autora. Só li Solstício de Verão, mas
tornei-me uma fã entusiástica, principalmente, quando recebi uma resposta tão
positiva e fresca! Apreciei muito a simpatia e disponibilidade de Tara Moore.
Sem dúvida, é uma inspiração para mim. E a foto
disponibilizada pela autora… Gostei muito, obrigada, Tara! Vocês não?
Aqui está a opinião
(Ainda não foi traduzida em inglês).
Espero que gostem
da entrevista, tanto como eu.
Primeiro,
coloquei a tradução em Português seguida pela Versão Original.
Note
I leave here my
sincere gratitude to the author. I only read RVSP but I became an enthusiastic
fan, mostly when I received such a positive and fresh response! I really
enjoyed the sympathy and availability of Tara Moore. No doubt, she is an
inspiration for me. And the photo provided by the author… I like it very much,
thank you, Tara! Don’t you?
The review is here (It wasn't translated into
English yet).
I hope you enjoy the interview as much as I do.
First, I put the
translation into Portuguese followed by the Original Version.
ENTREVISTA
Breve Introdução
Até agora, só li Solstício de Verão e escrevi a opinião no blogue. Assim que vi a sinopse, gostei muito e comparei-a com um “cocktail” de géneros porque a história tem mistério, um pouco de comédia com diálogos engraçados, romance (e, outros, claro, que não quero contar porque quero que seja uma surpresa para os futuros leitores. Estes aspectos são os mais importantes.).
Pode fazer um balanço sobre este romance (sobre a inspiração para escrevê-lo, o que gostou mais ao escrevê-lo, como foi publicado…)?
RSVP foi inspirado pela chegada de uma personagem, Coppelia, na minha
cabeça que simplesmente se recusou a ir embora até que eu tivesse escrito sobre
ela. O resto das personagens apareceu daí e, até certo ponto, escreveu a sua
própria história. Eu sou uma escritora um pouco orgânica. Nunca planeei um
romance na sua totalidade. Muitas vezes, vou simplesmente começar com uma ideia
ou, como neste caso, uma personagem e o romance parece construir-se a partir
daí. Não gosto de planear firmemente as
linhas de enredo. Acho deveras interessante deixar os personagens sem direcção e
ver onde eles me levam. Neste caso, encontrei-me a ir em todo o tipo de
direcções estranhamente maravilhosas. É uma estratégia que funciona para mim e,
espero, para os meus leitores também.
Quando vi o título Português (Summer Solstice,
em tradução literal inglesa), fiquei curiosa sobre o título original e
pesquisei na internet. Escrevi, na minha opinião, o que eu pensei sobre isso.
Para aqueles que não conhecem as suas histórias, como
escolhe o título dos seus livros (este, especialmente)?
Às vezes, um livro pode surgir por causa de um título que ficou escondido
na minha cabeça, muitas vezes, por anos. RSVP, claro, é francês - repondez s'il
vous plait - que significa "responder" a um convite formal de algum
tipo. Como um convite para uma festa de noivado é o catalisador para os eventos
que se desenrolam no RSVP, parecia um título adequado. O meu livro posterior,
Blue-Eyed Girl, acaba de ser publicado e, mais uma vez, o título é a chave para
o livro e o enredo que se desenrola. Ou, talvez, eu deveria dizer plural,
linhas de enredo, como há sempre um número de subparcelas nos meus livros.
RSVP só foi publicado em Junho de 2012 em Portugal, mas
já havia sido lançado em 2010. Já recebeu muitos feedbacks dos seus leitores sobre os seus livros (este, em
particular)?
Sim, é verdade, e a grande maioria dos feedbacks tem sido muito positiva, o
que é sempre agradável de ouvir. Também foi amplamente caracterizado e revisto
na comunicação social. Penso que, no início, as pessoas achavam que poderia ser
apenas mais um livro 'chick-lit', mas ficaram extremamente - e a maior parte -
agradavelmente surpreendidos ao descobrir que não são só corações e rosas, mas
um pacote de murros reais. Um casal de personagens em particular, Safira e
Indigo [casal de gémeos, netos de Honoria Granville], pareceu inflamar o debate
- um caso de amor ou ódio. Como escritora, até prefiro que os meus livros causem
impacto de algum tipo, em vez de tê-los agradáveis e totalmente esquecíveis.
Acredito que RSVP é um daqueles livros que as pessoas continuarão a lembrar-se
por um motivo ou por outro.
Vive em Inglaterra, mas passou a sua infância no
Médio Oriente. Esta história acontece em muitos lugares de todo o mundo (eu não
quero revelar muito, mas um deles é a Tailândia). Como escolhe os lugares das
suas histórias?
Há um grande mundo lá fora, uma miscelânea de culturas e costumes. É uma
vergonha limitar-me apenas um pequeno canto. No caso da Tailândia e do carácter
de Priti [um dos interesses românticos do noivo], foi culturalmente correcto e
deu-me a oportunidade de jogar com a descrição daquele bonito país e, espero
eu, despertar a curiosidade dos meus leitores e, até mesmo, incentivá-los a
visitá-lo por si mesmos. O meu livro recém-publicado, Blue-Eyed Girl [Tradução literal portuguesa, “A Rapariga de Olhos
Azuis”, ainda não foi publicado em Portugal], é definido principalmente na
Irlanda, mas também, Austrália, Dubai e Argentina.
Pelo que eu li, só RSVP foi publicado em Portugal e li muitas opiniões positivas sobre
ele (inclusive a minha). Pode dizer-nos sobre o que está a trabalhar agora?
Antes de RSVP, eu tinha três
outros romances publicados Seducing Adam,
Poodles At Dawn and Sunshine & Shadows. Estes foram publicados por
editoras irlandesas que detiveram todos os direitos e não publicaram no
exterior. Esses direitos, estou muito feliz por dizer, já retornaram para mim e
vou publicá-los a todos no Kindle durante o próximo ano. Talvez, também os
terei em Português! Espero também que Blue-Eyed
Girl seja publicado em Portugal no ano seguinte. Vai depender muito das
vendas de RSVP. Por isso, vamos lá
Portugal, vão atrás de RSVP e deixem
as editoras saberem que gostariam que também publicassem Blue-Eyed Girl!
Sobre a sua rotina de escrita, tem uma? Pode
falar-nos sobre isso?
Adoraria dizer que me levanto às sete da manhã e escrevo até às seis da
tarde, mas simplesmente não é o caso. Alguns dias, poderia de facto, escrever
durante esse período de tempo e até mais. Tenho sido conhecida por levantar-me
nas primeiras horas da madrugada e escrever enquanto a “musa” está comigo. Em
outras ocasiões, posso escrever apenas por um breve período de tempo ou, às
vezes, não o faço, de todo. Não acredito que seja produtivo sentar-me à frente
de um monitor em branco e esperar que as palavras venham. É melhor, então,
levantar-me e ir dar um passeio ou algo mais. Na minha experiência, isso é o
que diminui a pressão, o que originará uma mente relaxada e a inspiração surge
a partir daí.
Tara, você é
mãe, esposa e escritora. Como consegue conjugar todos esses aspectos da sua
vida e, ainda assim, ter tempo para as obrigações diárias?
Tudo o que
posso dizer é que os escritores escrevem! É tão simples quanto isso. Tal como
preciso de respirar e comer, eu também preciso de escrever. É, digo eu, o meu
gene de escritor. Eu escrevi o meu primeiro livro enquanto trabalhava em tempo
inteiro, criava dois filhos, um com uma condição médica grave (Hemofilia), e
lidava com um marido alcoólico. Um dos meus ódios de estimação é quando as
pessoas vêm até mim e dizem, “Eu também escreveria um livro, se eu tivesse
tempo". Um escritor encontra tempo, quaisquer que sejam as pressões. Isso
não nos torna santos. Isso simplesmente torna-nos escritores.
Pelo que tenho lido, o seu marido parece ser "o amor de sua
vida", por isso ele é muito importante para si. Que papel tem o seu marido
na sua vida como escritora?
David é o meu
segundo marido - Eu brinco ao dizer que o comprei na internet por cerca de £
5,00 e que foi o melhor negócio que já fiz. Esta é a forma como isso aconteceu.
Eu estava a ir de Londres para outra parte do Reino Unido, uma pequena cidade
costeira chamada Ramsgate. Todos os meus amigos estavam muito preocupados
porque eu não conhecia ninguém lá e eles também sabiam que, depois do meu
primeiro casamento, eu não tinha intenção de jamais voltar a envolver-me com um
homem! No entanto, eles incomodavam-me e incomodavam-me e, eventualmente, para
"calá-los", eu concordei em deixá-los que me colocassem na internet.
David foi um dos homens que respondeu e o único com o qual eu concordei em
encontrar-me. O resto é história. Por isso, eu comprei a minha alma gémea por $
5,00. Bom, não é?!
A propósito,
ele sabia tanto sobre Jane Austen como eu, que é quando eu penso que realmente
me apaixonei por ele. Ele é o meu maior suporte, sempre amável, nunca julga, sempre
lá! Sim, sem vergonha, digo ao mundo que eu amo-o com todo o meu coração.
Estamos juntos há sete anos e simplesmente fica cada vez melhor.
Disse, uma vez, que sempre quis visitar Portugal. O que gostaria de visitar
neste país?
Eu não posso
dizer-vos por que razão exactamente sempre quis visitar Portugal - é mais uma
coisa instintiva. O povo Português lembra-me do meu próprio povo, o Irlandês,
em que eles são muito acolhedores e hospitaleiros e têm uma grande cultura e
história. Na verdade, eu gostaria de explorar todo o país de lado a lado e de
ponta a ponta. Eu sei que o meu marido, que é uma espécie de historiador
militar, gostaria muito de visitar os campos de batalha da Segunda Guerra
Mundial. Estamos seriamente a pensar em alugar um sítio em Portugal no próximo
ano, por vários meses, onde eu possa terminar o meu próximo livro e encontrar
inspiração para outro.
Gostaria de deixar uma mensagem especial para os seus leitores portugueses
e aspirantes a escritores?
Sim. Eu não
consigo dizer-vos o quão estou satisfeita por o meu livro ter sido traduzido em
Português. A capa é, de longe, a minha versão favorita. Espero que gostem
realmente e que Blue-Eyed Girl também
seja publicado no vosso país.
Para quaisquer
aspirantes a escritores, eu diria, sonhem em grande. É muito fácil perderem o
coração e ficarem desanimados se os vossos trabalhos forem rejeitados, mas
lembrem-se, há centenas de novos livros de novos escritores que estão a ser
publicados a cada ano e, supondo que vocês têm feito o vosso melhor, o vosso
pode ser um deles. Muito amor para todos. Tara x
INTERVIEW
Original Version
Brief Introduction
So far, I only read RSVP and I wrote a review about it on the blog. As
long as I see the Portuguese synopsis, I like it very much and I compared it to
a “cocktail” of genres because the story has mystery, a little bit of comedy
with funny dialogues, romance (and others, of course, which I don’t want to
tell because I want to be a surprise for the future readers. These aspects are
the most important).
Can you make a balance about this novel (about the inspiration for
writing it, what you like the most in writing it, how it was published…)?
RSVP was
inspired by the arrival of a character, Coppelia, in my head who simply refused
to go away until I had written about her. The rest of the characters followed
from there and, to an extent, wrote their own story. I am a somewhat organic
writer. I never plot a novel in its entirety. Often I will start with simply an
idea or, as in this instance, a character, and the novel seems to build from
there. I do not like tightly orchestrated plot lines. I find it far more
interesting to let the characters off the leash and see where they lead me. In
this case, I found myself heading off in all sorts of weirdly wonderful
directions. It’s a strategy that works for me and, hopefully, for my readers.
When I saw the Portuguese title (“Summer
Solstice” in literal
translation), I was curious about the original title and I researched on the
internet. I wrote in my review what I thought about it. For those do not know
your stories, how do you choose the title of your books, in this one
particularly?
Sometimes
a book may come about because of a title that’s been lurking in my head, often
for years. RSVP, of course, is French – repondez s’il vous plait – meaning
‘reply please’ to a formal invitation of some type. As an invitation to an engagement party is
the catalyst for the events that unfold in RSVP, it seemed a fitting title. My
subsequent book, Blue-Eyed Girl, has just been published and, again, the title
is key to the book and the plot line that unfolds. Or, perhaps, I should say
plot lines plural, as there are always a number of subplots in my books.
RVSP was only published in June, 2012 in Portugal but it had already been
released in 2010. Have you received many feedbacks from your readers about your
books (this one, particularly)?
Yes,
indeed, and the vast majority of feedback has been incredibly positive, which
is always nice to hear. It has also been widely featured and reviewed in the
media. I think, at first, people thought it might be just another ‘chick-lit’
book, but were hugely – and for the most part – pleasantly surprised to find
that it is not all hearts and roses, but packs a real punch. A couple of
characters in particular, Sapphire and Indigo, seemed to ignite debate – a case
of either loving them or hating them. As a writer, I far prefer my books to
make an impact of some sort, rather than have them bland and totally
forgettable. I believe RSVP is one of those books people will continue to
remember for one reason or another.
You live in England but you spent your childhood in the Middle East.
This story happens in many places all over the world (I don’t want to reveal
too much, but one of these is Thailand). How do you choose the places of your
stories?
There is
a big wide world out there, a smorgasbord of cultures and customs. What a shame
to confine oneself to just one small corner. In the case of Thailand and the
character of Priti, it was culturally correct and gave me the opportunity to
play with the description of that beautiful country and, hopefully, to arouse my
reader’s curiosity and, even, spur them into visiting it for themselves. My
newly published book, Blue-Eyed Girl, is set mainly in Ireland, but also
features, Australia, Dubai and Argentina.
For all I read, only RVSP was published in Portugal and I have
read many positive reviews about it (including mine). Can you tell us about
what are you working on now?
Prior to
RSVP, I had three other novels published, Seducing Adam, Poodles At Dawn and
Sunshine & Shadows. These were published by an Irish publishers who held
onto all the rights and did not publish them abroad. Those rights, I’m very
happy to say, have now reverted to me and I will be publishing all of these on
Kindle over the coming year. Perhaps, I will have them translated into
Portuguese too! I also hope Blue-Eyed Girl will be published in Portugal next
year. It will very much depend on what sales of RSVP are like. So, come on
Portugal, get behind RSVP and let the publishers know you would also like them
to offer for Blue-Eyed Girl!
About your writing routine, do you have one? Can you tell us about it?
I would
love to say I get up at 7.00 am. and write until 6.00 pm, but that is simply
not the case. Some days I could, indeed, write for that period of time and even
longer. I have been known to get up in the small hours of the morning and write
when the ‘muse’ is with me. On other occasions, I may write just for a short
while or, sometimes, not at all. I don’t believe it’s productive to sit in
front of a blank screen and hope the words will come. Better then, to get up
and go for a walk or do something else. In my experience that takes the
pressure off, which is more likely to lead to a relaxed mind and inspiration
follows from there.
Tara, you are a mother, a wife and a writer. How can you come through
all of these aspects of your life and even though have time to daily
obligations?
All I can tell you is that writers write! It’s as simple as that. Just
as I need to breathe and eat, I need also to write. It is, I say, my writer’s
gene. I wrote my very first book whilst working full-time, raising two
children, one with a severe medical condition, (Haemophilia), and coping with
an alcoholic husband. One of my pet hatreds is when people come up to me and
say, ‘I’d write a book too, if only I had the time’. A writer finds the time,
whatever the pressures. It doesn’t make us saints. It simply makes us writers.
From what I have read, your
husband seems to be "the love of your life", so he is very important
to you. What role has your husband in your life as a writer?
David is
my second husband – I joke that I bought him on the internet for around £5.00
and he was the best bargain I ever made. This is how it happened. I was moving
from London to another part of the UK, a small seaside town called Ramsgate. All
my friends were very concerned because I knew nobody there and they also knew,
after my first marriage, I had no intention of ever getting involved with a man
again!!! However, they nagged and nagged me and, eventually, to ‘shut them up’,
I agreed to let them put me on the internet. David was one of the men who
responded and the only one I agreed to meet. The rest is history. So, I bought
my soul mate for £5.00. Good, eh?!
By the
way, he knew as much about Jane Austen as me, which is when I think I really
fell in love with him. He is my greatest supporter, always kind, never
judgmental, always there! Yes,
unashamedly, I tell the world I love him with all my heart. We have been
together for seven years now and it just gets better and better.
You once said that you have always wanted to visit Portugal. What would
you like to visit in this country?
I can’t
tell you why exactly I have always wanted to visit Portugal – it is more an
instinctive thing. The Portuguese, remind me of my own people, the Irish, in
that they are very welcoming and hospitable and have a great culture and
history. Truly, I would love to explore the whole country from side to side and
end to end. I know my husband, who is something of a military historian, would
dearly love to visit the battlefields of World War II. We are seriously
considering renting somewhere in Portugal next year for several months, where I
can finish my next book and find inspiration for another.
Would you like to leave a special message to your Portuguese readers and
aspiring writers?
Yes. I cannot tell you all how pleased I am that my book has been
translated into Portuguese. The cover is, by far, my favourite version. I
really hope you enjoy it and that Blue-Eyed Girl is also published in your
country.
To any aspiring writers, I would say, dream big. It’s very easy to lose
heart and become discouraged if your work is rejected, but remember, there are
hundreds of new books by new writers being published every year and, assuming
you have done your very best, yours could be one of them. Much love to you all.
Tara x
Adorei a entrevista e o coração aberto da autora!
ResponderEliminarQue simpática e encorajadora!
Continua a entrevistar e a publicar!
Beijinhos
Ana Rendas
Muito mesmo =)
ResponderEliminarNos email's ainda foi mais =) fiquei babada completamente!
Obrigada pela força, querida =)