Autor: Francisco Moita Flores
Género: Policial
Título: "A fúria das vinhas"
Editora: Casa das letras
Páginas: 318
Sinopse:
"Uma história emocionante passada nos socalcos do Douro no tempo em que se abriam as portas da ciência e do conhecimento.
Este romance recupera factos e histórias que Francisco Moita Flores não incluiu na série que escreveu para a RTP com o título A Ferreirinha. Narra a epopeia da luta contra a filoxera, uma praga que, na segunda metade do século XIX, ia destruindo definitivamente as vinhas do Douro. Na mesma altura em que, por toda a Europa, surgiam as primeiras técnicas e tentativas de criação de um método para a investigação criminal.
Moita Flores criou um bacharel detective - Vespúcio Ortigão - que, na Régua, persegue um serial killer, confrontando-se com o medo, com as superstições, com as crenças do Portugal Antigo que, temente a Deus e ao Demónio, estremecia perante o flagelo da praga e dos crimes. É uma ficção, é certo, mas também um retalho de vida feita de muitos caminhos que a memória vai aconchegando conforme pode."
Este romance recupera factos e histórias que Francisco Moita Flores não incluiu na série que escreveu para a RTP com o título A Ferreirinha. Narra a epopeia da luta contra a filoxera, uma praga que, na segunda metade do século XIX, ia destruindo definitivamente as vinhas do Douro. Na mesma altura em que, por toda a Europa, surgiam as primeiras técnicas e tentativas de criação de um método para a investigação criminal.
Moita Flores criou um bacharel detective - Vespúcio Ortigão - que, na Régua, persegue um serial killer, confrontando-se com o medo, com as superstições, com as crenças do Portugal Antigo que, temente a Deus e ao Demónio, estremecia perante o flagelo da praga e dos crimes. É uma ficção, é certo, mas também um retalho de vida feita de muitos caminhos que a memória vai aconchegando conforme pode."
Mais uma estreia para mim, do
bastante conhecido Francisco Moita Flores, especialista em criminologia,
assíduo comentador televiso e com muitas obras de sucesso, quer em livros quer
em televisão. Na minha opinião uma personalidade muito interessante e de quem
estimo as suas ideias, portanto foi com muita vontade e expectativa que acolhi
esta leitura.
E passo a citar a informação que
vem na contracapa do livro que achei curiosa: “ Pese o facto de ter dedicado a
sua vida ao estudo da violência, da polícia e à ficção, é a primeira vez que
escreve um romance policial.”
A ação deste livro é decorrida em
tempos longínquos, na segunda metade do século XIX (portanto 1800 e tal),
quando ainda não se sabia bem o que era a investigação criminal ou a ciência
forense como hoje a conhecemos, muito menos claro, neste nosso pequeno país na
altura completamente rural.
Descrevo este livro como bastante
interessante, direi até engraçado e caricato.. para quem conhece a história da
Ferreirinha (séria já passada na tv) encontra aqui as mesmas personagens,
embora sob outros factos e histórias, como refere a sinopse.
Viajamos então até às vinhas do
Douro, mais precisamente até Régua e aldeias circundantes, onde toda a área era
composta por Quintas e Quintinhas dedicadas exclusivamente à produção de vinhos.
Temos presente a D. Antónia Ferreirinha, personagem de grande importância e
respeito na zona e no negócio, e o perspicaz e talvez um pouco louco, Vespúcio
Ortigão, bacharel em direito, mas com um intuito danado para o crime e
mistério. E é assim que começa a nossa história, uma rapariga adolescente
aparece morta num vinhedo/ monte longínquo após uma tempestade diluvial, e
quando todos dão por certo que terá sido atacada por lobos, Vespúcio questiona
vários elementos que a ele lhe parecem óbvios e comuns num assassinato. Mas as
gentes da terra, tementes a Deus e ao Demónio, acham-no louco e despropositado,
e dão a morte por certo castigo de Deus.
Ao mesmo tempo que isto acontece
as vinhas estão a ser atacadas por uma praga chamada filoxera, que
veridicamente nesta altura ia destruindo por completo as vinhas do Douro..
gerou destruição em certo casos por completo e por sua vez desemprego e miséria
total nestas terras de interior, onde todos trabalhavam nesta fonte de negócio.
E eis que acontece a segunda
morte, ao mesmo tempo que Vespúcio vem a descobrir que em anos anteriores já
tinham havido outras raparigas com a mesma descrição mortas.. portanto enquanto
o bacharel é perseguido por este mistério, a D. Ferreirinha vê as suas vinhas destruídas
pela praga.. ao mesmo tempo que a população anda numa caça desalmada aos lobos
e diz que todos estes terríveis acontecimentos são obra de bruxas e do diabo.
As mortes continuam a suceder-se
e os campos a ficarem devastados, ninguém quer ouvir Vespúcio, apenas a velha
Ferreirinha, amiga e alma bondosa que lhe pagou os estudos. Até que Vespúcio
inspirado em Sherlock Holmes, percebe a raiz do problema e começa a delinear
uma estratégia de resolução dos dois problemas que não passam apenas de um.
Confusos? Curiosos? Leiam o livro
e descubram tudo nesta viagem ao passado!! Adorei.
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