Tomei
conhecimento da saga através do filme que saiu em Abril deste ano. Desconhecia
que tinha por detrás um livro. Aliás, três e, assim que soube, comprei-os. Apercebi-me de que a trilogia d’Os Jogos da Fome, de
Suzanne Collins, se inseria no género Ficção Científica, um género que me tem
cativado tão intensamente como o Fantástico.
A história
passa-se num futuro pós-apocalíptico, no qual Panem renasce do que foi a
América do Norte. É governada por um regime totalitário que gere doze distritos
através do Capitólio, a megalópole. Todos os anos, os distritos são forçados a
enviar dois tributos, entre os doze e os dezoito anos, para participarem nos
Jogos da Fome. Estes assemelham-se aos programas que vemos na
televisão, actualmente, cujo objectivo é entreter. A única diferença é que o espectáculo é
sangrento e o lema é “matar ou morrer”, pois apenas um pode sair vivo da arena.
Uma das
personagens principais é Katniss Everdeen, uma adolescente de dezasseis anos,
que vive no distrito doze com a sua mãe e sua irmã, Prim. É hábil com o arco e
flecha devido às horas que passa a caçar, ilegalmente, com o seu amigo Gale. Na
cerimónia de Selecção, oferece-se para substituir a irmã como tributo do distrito.
O outro tributo é Peeta, o filho do padeiro que revela estar apaixonado por
Katniss e com quem ela partilha um segredo desde a infância.
Após a selecção
dos tributos, Katniss e Peeta viajam com o mentor Haymitch e com a acompanhante do distrito, Effie, até ao
Capitólio. Face à declaração de amor de Peeta, Katniss convenceu-se de que não
passava de uma estratégia para conseguir ganhar patrocínios quando estivesse
sozinho na arena. Os patrocínios sempre ajudaram os tributos, sendo a diferença entre a sobrevivência e a morte (ou quando ficam feridos ou sem água). O truque é saber
comover as pessoas. A veracidade dos sentimentos de Peeta é posta em causa, por saber fazê-lo como ninguém através da palavra. Contudo, Katniss não deixa que isso a afecte e face
ao confronto na arena, tem apenas uma certeza: terá que ser ela a sair
com vida de lá. Pela promessa que fizera à irmã antes de partir. Durante o jogo, o seu comportamento é moldado por isso e faz tudo para sobreviver, inclusive
aliar-se a outros tributos.
A escrita é
simples, fluída e perceptível e asseguro-vos que nos envolve desde a primeira
até à última página. Os críticos não mentiram quando disseram que o ritmo de
leitura era frenético, pois li este primeiro livro em apenas um dia. As descrições ficaram bastante reais e não exageradas. Os personagens criados pela
autora, apesar de jovens, não revelaram os dramas típicos da adolescência. Notou-se,
pelo contrário, uma intensa maturidade devido ao ambiente de opressão imposto
pelo Capitólio. Por sua vez, este, juntamente com todo o cenário futurista,
ficou muito bem conseguido.
Adorei cada
palavra, cada minuto de leitura. Fica recomendado.
Ivonne
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