domingo, 22 de julho de 2012

[Gostámos] "Os Jogos da Fomes", de Suzanne Collins



Tomei conhecimento da saga através do filme que saiu em Abril deste ano. Desconhecia que tinha por detrás um livro. Aliás, três e, assim que soube, comprei-os. Apercebi-me de que a trilogia d’Os Jogos da Fome, de Suzanne Collins, se inseria no género Ficção Científica, um género que me tem cativado tão intensamente como o Fantástico. 

A história passa-se num futuro pós-apocalíptico, no qual Panem renasce do que foi a América do Norte. É governada por um regime totalitário que gere doze distritos através do Capitólio, a megalópole. Todos os anos, os distritos são forçados a enviar dois tributos, entre os doze e os dezoito anos, para participarem nos Jogos da Fome. Estes assemelham-se aos programas que vemos na televisão, actualmente,  cujo objectivo é entreter. A única diferença é que o espectáculo é sangrento e o lema é “matar ou morrer”, pois apenas um pode sair vivo da arena. 

Uma das personagens principais é Katniss Everdeen, uma adolescente de dezasseis anos, que vive no distrito doze com a sua mãe e sua irmã, Prim. É hábil com o arco e flecha devido às horas que passa a caçar, ilegalmente, com o seu amigo Gale. Na cerimónia de Selecção, oferece-se para substituir a irmã como tributo do distrito. O outro tributo é Peeta, o filho do padeiro que revela estar apaixonado por Katniss e com quem ela partilha um segredo desde a infância.

Após a selecção dos tributos, Katniss e Peeta viajam com o mentor Haymitch e com a acompanhante do distrito, Effie, até ao Capitólio. Face à declaração de amor de Peeta, Katniss convenceu-se de que não passava de uma estratégia para conseguir ganhar patrocínios quando estivesse sozinho na arena. Os patrocínios sempre ajudaram os tributos, sendo a diferença entre a sobrevivência e a morte (ou quando ficam feridos ou sem água). O truque é saber comover as pessoas. A veracidade dos sentimentos de Peeta é posta em causa, por saber fazê-lo como ninguém através da palavra. Contudo, Katniss não deixa que isso a afecte e face ao confronto na arena, tem apenas uma certeza: terá que ser ela a sair com vida de lá. Pela promessa que fizera à irmã antes de partir. Durante o jogo, o seu comportamento é moldado por isso e faz tudo para sobreviver, inclusive aliar-se a outros tributos. 

A escrita é simples, fluída e perceptível e asseguro-vos que nos envolve desde a primeira até à última página. Os críticos não mentiram quando disseram que o ritmo de leitura era frenético, pois li este primeiro livro em apenas um dia. As descrições ficaram bastante reais e não exageradas. Os personagens criados pela autora, apesar de jovens, não revelaram os dramas típicos da adolescência. Notou-se, pelo contrário, uma intensa maturidade devido ao ambiente de opressão imposto pelo Capitólio. Por sua vez, este, juntamente com todo o cenário futurista, ficou muito bem conseguido. 

Adorei cada palavra, cada minuto de leitura. Fica recomendado. 

Ivonne

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