quarta-feira, 18 de julho de 2012

[Gostámos] "Divergente", de Veronica Roth




Enquanto mera leitora de um blogue amigo, Tertúlias à Lareira e, na altura, sem qualquer afiliação com este blogue, pedi à Administradora do “Tertúlias” para colocar online a minha opinião, sob o pseudónimo Ray. Como tive bastante prazer em ler o livro, não podia deixar de compartilhar a minha opinião aqui. Ressalvo que está ligeiramente diferente e reduzida da que se encontra no “Tertúlias”.
Opinião

Tem sido bastante comparado com Os jogos da Fome. A verdade é que ambos se enquadram no género ficção científica para jovens e adultos. As únicas semelhanças são mesmo enquadrarem-se num futuro distópico, a opressão e as reviravoltas que vão surgindo.
A acção desenrola-se numa Chicago futurista que se encontra dividida em cinco facções que defendem uma virtude específica. Aos 16 anos, os jovens têm de escolher a facção a que irão pertencer para o resto das suas vidas. A personagem principal, Beatrice Prior vive com os seus pais e o irmão Caleb, na facção dos Abnegados (altruísmo), acabou de completar essa idade e a decisão que toma é mesmo surpreendente.
Beatrice, ou Tris, é forte de espírito e tem uma capacidade mental incomum. É determinada, lutadora e… Divergente. Esta última característica é a que originou o nome do livro. Óbvio. Mas só posso dizer que ficou brilhantemente explícito e explicado ao longo da história. Não vou explicar o significado de Divergente.
Neste livro, está também inerente uma história de amor. Mal damos por ela se desenvolver. Começa de forma tão… inocente e espontânea! E desenvolve-se de forma arrebatadora. É uma relação dada como proibida que enclausura pequenas discussões, humilhações e vários momentos carinhosos.
Veronica Roth mostra uma sociedade repartida que se proclama perfeita. Dizem eles (os que mandam) que as virtudes divididas ajudam a governar com sabedoria e paz. Dizem que com as facções, é impossível surgir corrupção no seio da sociedade e que todas elas se ajudam mutuamente. Quando tudo parece bem aos olhos dos seguidores das facções, são os jovens que transitam para outras, através da Escolha, que mais vêem a verdade como ela é. Nua e crua. Vêem a sociedade como ela sempre foi. Comandada por pessoas sedentas de poder e envolta numa espiral de conspirações. E é assim que o livro se desenrola e os minutos dão lugar às horas quase sem darmos por isso.
Apesar de jovem, a sua escrita é extraordinariamente fluída, as descrições bastante reais e movimentadas. É repleta de acção e suspense. E, principalmente, a história de amor não é repleta de muitas “clichés” que vemos em muitos filmes ou lemos nos outros livros.
Li-o num dia. Não houve uma única página que eu não ansiasse por virar. Talvez, com excepção da última, por saber que ao virá-la, terminaria o livro e não teria uma continuação (em português) para saciar a minha “fome”.

Ivonne







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