Autor: Nicolas Barreau
Título: " O Sorriso das Mulheres"
Editora: Quinta Essência
Edição: 2012
Sinopse:
Para Aurélie Bredin, as coincidências não existem. Jovem, sensível e atraente, é a proprietária de um pequeno e romântico restaurante, Le Temps des Cerises, situado no coração de Paris, a dois passos do Boulevard Saint-Germain.
Naquele pequeno restaurante forrado a madeira, com toalhas aos quadradinhos vermelhos e brancos, o seu pai conquistou o coração da sua mãe graças ao menu d’amour. E foi ali, rodeada pelo aroma do chocolate e da canela, que Aurélie cresceu e onde encontra consolo nos momentos difíceis da sua vida.
Mas agora, magoada pelo abandono de Claude, nem sequer a calidez acolhedora da cozinha é capaz de consolá-la.
Uma tarde, mais triste que nunca, Aurélie refugia-se numa livraria. Um romance, O Sorriso das Mulheres, chama a sua atenção. Quando o folheia, descobre que a protagonista é inspirada nela e que Le Temps des Cerises é um dos cenários principais.
Graças a esta prenda inesperada, volta a sentir-se animada. Decide entrar em contacto com o autor, Robert Miller, para lhe agradecer. Mas isso não é fácil. Qualquer tentativa de conhecer o escritor – um misterioso e esquivo inglês – morre na secretária de André Chabanais, o editor que publicou o romance.
Porém, Aurélie não desiste e quando um dia surge efectivamente uma carta do autor na sua caixa de correio, acaba por daí resultar um encontro bem diferente daquele que tinha imaginado…
Crítica por Ana Ferreira - Blog Illusionary Pleasure :
Na capa do livro tem um selo a dizer
“Este livro vai deixá-lo feliz”. Eu acho que a editora podia fazer melhor.
“Este livro vai deixá-lo feliz, se não o deixar devolvemos o seu dinheiro.” Mas
não se preocupem, a mim deixou-me certamente com um sorriso, ainda que as
primeiras páginas sejam uma dor de cabeça. Tudo porque Aurélie é uma personagem
muito pouco feminina e chata. É enganada pelo namorado, chora baba e ranho,
depois deixa-se enganar e mesmo assim só sabe chorar. Estas atitudes levam a
que o leitor não entenda muito bem se Aurélie é infeliz por ser ingénua e se
deixar enganar, ou se os constantes enganos a levaram a este tipo de personalidade
apagada. Nas primeiras páginas a acção acontece de forma lenta, levando a que o
leitor se sinta sugado para a conclusão de uma relação que estava desde o
início destinada a terminar. Barreau sabe bem que depois de vermos uma heroína
a ser traída e abandonada terá toda a simpatia das leitoras que a querem ver
feliz com o amor da sua vida. Nisso Barreau não desilude.
A figura de André Charabais é o que
irá fazer as leitoras sorrir. Desastrado, mete-se em várias embrulhadas, é um
editor bastante humano que comete bastantes erros. Ao contrário de Aurélie, os
erros de André são provocados por ele (ao passo que os da Aurélie parecem ser
sempre outra pessoa) e a sua pseudo-bipolaridade dá um charme à personagem, que
é credível.
Ainda que a história se repita um
pouco no início, a meio entramos a todo o gás nela e julgo que o selo aponta
mais para o fim. Não sei se este livro fará todas as mulheres felizes (duvido
que os homens peguem no livro, devido ao título e ao deixá-la e não deixá-lo), mesmo assim é um livro light que dá para ler tanto numa noite
de Inverno junto à lareira ou no Verão na praia.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Obrigada pela sua opinião. Os comentários serão previamente sujeitos à moderação da administração da página e dos autores do artigo a que digam respeito, antes de publicação.