quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

[Passatempos] Resultados Passatempos Natal [3] e 1º passatempo Renda & Saltos Altos [Quinta Essência, Asa, Blog Os Livros Nossos]

   E sem mais delongas, após as tarefas académicas, aqui ficam, de uma assentada, os resultados dos passatempos pendentes aqui no blog.

[1] Passatempo Especial Natal / O Sabor da Tentação [Quinta Essência]


Vencedor(a):

[6] Melissa Piedade Nogueira [Tomar]


Tivemos 121 participações válidas.


[2] Passatempo Especial Natal/Um Verão Inesquecível [ASA]



Vencedor(a):

[65] Maria Teresa S. Gaspar [Amadora]

Tivemos 84 participações válidas


[3] Passatempo Especial Natal/A Teia de Aranha [ASA]




Vencedor(a):

[4] Andreia S. 

Tivemos 33 participações válidas (por comentário a post)


[4]1º Passatempo Renda & Saltos Altos/Blog Os Livros Nossos



Vencedor(a):

[10] Célia


Tivemos 13 participações válidas (por comentário a post)
_________________________________________________________________


Obrigada a todos pelas vossas participações. Parabéns aos nossos vencedores, e a todos os que ainda não venceram deixamos o nosso incentivo para que continuem a participar, que um dia a sorte sorri-vos.


- Os vencedores dos dois primeiros passatempos serão contactados via email e facebook, para envio para morada respectiva dos prémios.

- As nossas leitoras que venceram os dois passatempos de comentário a posts devem contactar por email a administração do blog [lovingbooks2012@gmail.com]  para nos darem os dados de envio dos prémios. Será deixado comentário de resposta para que sejam notificadas via blogger/gmail.


Estejam atentos, teremos passatempos de S. Valentim, e em Fevereiro, será o primeiro aniversário do Blog, e já começámos a preparar algumas surpresas.


quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

[Renda & Saltos Altos] "O Desejo", de Nicole Jordan [Quinta Essência]



Autora: Nicole Jordan

Título: " O Desejo" 

Edição: Janeiro de 2013

Tradução: Sónia Mota Maia

Páginas: 399

Sinopse:

  Amante lendário e chefe de espionagem, o sombriamente sensual conde de Wycliff evita o matrimónio até que um encontro próximo com a morte o faz ansiar por um filho que perpetue o seu nome. No momento em que Lucian avista a atraente Brynn Caldwell numa praia da Cornualha, sabe que encontrou a mulher que quer para sua esposa. 

   Brynn acredita que o fascínio daquele conhecido libertino por ela resulta de uma maldição com séculos que condena as mulheres da sua família a tentarem os homens - apenas para conduzirem aqueles que amam à morte. Obrigada por circunstâncias difíceis a casar com Lucian, Brynn entrega o corpo às suas carícias mas não se atreve a entregar-lhe o coração. 

   Preso numa batalha de vontades com a sua encantadora mulher, Lucian começa a suspeitar que Brynn é uma traidora. Não tarda a verse atraído para uma teia de perigo e traição, na qual o preço de conquistar o coração esquivo da esposa pode ser a sua própria vida.




Crítica por: Isabel Alexandra Almeida/Blog Os Livros Nossos

   “O Desejo”, de Nicole Jordan, traz-nos mais uma sensual narrativa de fundo histórico, cuja acção decorre na Inglaterra do Século XIX.

  Com início na belíssima região da Cornualha, terra de mistérios, maldições e contrabando, numa paisagem de sonho, encontramos aí a principal personagem feminina – Brynn Caldwell – uma beleza local, de flamejantes cabelos ruivos que irão enfeitiçar o belo, inteligente e obstinado Lord Lucian  Tremayne, Conde de Wycliff.

   Brynn vive julgando-se predestinada a ficar solteira, pois crê firmemente ser vítima de uma poderosa maldição cigana, lançada sobre as mulheres da sua família, porque uma sua antepassada teve a ousadia de roubar o amante a uma cigana.

 Devido a uma tragédia que assolou o seu passado, Brynn pensa não mais poder apaixonar-se, sob pena de arrastar para a morte quem com ela pretenda relacionar-se de forma apaixonada.

   Os Caldwell são uma família nobre em dificuldades financeiras, e à semelhança de outros  habitantes locais, dedicam-se ao comércio livre (contrabando), o que poderá trazer a Brynn alguns sérios dissabores, quando se tornar, a contragosto,  Condessa de Wycliff, acedendo ao pedido de casamento em troca de auxílio financeiro à sua família, e em especial, em troca de uma educação condigna para o seu pequeno irmão Theo, um jovem com especial apetência pelas curiosidades do mundo as ciências naturais, que sonha conhecer John Dalton (o famoso cientista Britânico).

   Grayson, o irmão mais velho de Brynn, é o chefe de família assolado pelas dificuldades de sustentar os irmãos e manter a casa, a questão é até onde irá ele arriscar em termos de legalidade? Será um traidor perigoso ou apenas um sobrevivente?

   Wycliff, um aristocrata com fama de libertino, é na verdade, um fiel servidor dos interesses da Coroa Britânica, é funcionário do Ministério dos Negócios Estrangeiros, trabalha em missões secretas, e procura combater todos os traidores que auxiliam Napoleão, então o principal inimigo da Inglaterra e de boa parte da Europa. É um homem atormentado pela necessidade de fazer conciliar o dever da profissão, com a descendência da sua família que deve ser assegurada. Vive também atormentado por um remorso quase irracional, devido a uma fatalidade da qual não tem culpa, em termos morais.

  Deixando a casa familiar, Brynn inicia a sua vida no seio da alta sociedade Londrina, vendo mudar todo o estilo de vida a que, até esse momento, estava habituada.  Tem de enfrentar os familiares do marido [que preferiam que este se mantivesse solteiro e sem herdeiros], as novas exigências sociais [festas particulares, idas ao teatro, novo guarda roupa, e um particular cuidado com as aparências e o saber estar socialmente, tão próprio deste contexto histórico onde decorre a acção].

   Em Londres, Brynn lutará consigo mesma para não se apaixonar pelo sedutor marido, Lucian, o qual fica rendido aos encantos da mulher, tudo fazendo para a conquistar, já que se sente completamente enfeitiçado e obcecado por esta, e vai estando sempre presente a dúvida acerca da natureza deste encantamento do Conde pela esposa, tratar-se-á de pura química amorosa iniciada com uma forte e imediata atracção física desde a primeira vez que a avista, ou será isto obra da poderosa e assustadora maldição cigana de que Brynn se julga vítima, e que afecta as mulheres da sua família?

   A par dos conflitos psicológicos internos das duas personagens centrais, vamos também acompanhando a carreira de chefe de espionagem de Lucian, Conde de Wycliff, e a luta deste contra os traidores que teimam em roubar ouro para favorecer Napoleão, prejudicando a Inglaterra, deixando atrás de si um rasto de morte de funcionários leais à coroa. O grande mistério que nos vai alimentando o suspense e levando a suposições, é a identidade do chefe dos criminosos, o perigoso e astuto Lorde Caliban.

   Nicole Jordan consegue manter o interesse permanente dos leitores neste poderoso e fascinante romance [que bem poderia ser passado para a tela de um cinema], além da reconstituição de época bastante detalhada e com pormenores históricos de relevo como as Guerras Napoleónicas [que dão o mote à história de espionagem e traição intercalada na narrativa principal], somos ainda brindados com uma completa construção de duas personagens fascinantes [Brynn e Lucian], e com uma personagem feminina bastante forte e com personalidade vincada, que se assume claramente predisposta a lutar contra o papel secundarizante habitualmente atribuído ao sexo feminino nesta época histórica.

   E o que ganha em intriga, reviravoltas e mistério, a obra não perde, de modo algum, em sensualidade, com cenas eróticas bastante detalhadas e requintadas, embora descritas em linguagem bastante elegante [considerando-se o contexto], denota-se o cuidado na tradução pela coerência revelada nestas cenas mais sensíveis. 

   O romantismo não é esquecido, pois que, pelo meio da fortíssima tensão sexual, vai nascendo naturalmente um grande amor. Conseguirão os protagonistas superar as adversidades e conquistar, a final, a paz que tanto desejam? Ou terá Brynn de sacrificar-se em nome do amor que acaba por a invadir?  A maldição cigana será verdade ou mera lenda?

   Recomendo a leitura desta obra, a qual será certamente para reler, numa palavra, um livro fascinante e com um poder encantatório acima da média para quem gosta deste género literário.  Nicole Jordan não desaponta, que venham mais livros!



  




terça-feira, 29 de janeiro de 2013

[Novos Livros] Lançamentos de Fevereiro [Quinta Essência]

  Com o primeiro mês do ano a terminar, aproxima-se o mês mais curto do ano, mas Fevereiro promete manter-nos em permanente estado de entretenimento, e com vários géneros e autores.
  Ora espreitem só as novidades que nos trará em Fevereiro a nossa parceira editorial Quinta Essência :

[1] [De olhos Fechados, Eve Berlin]


Autora: Eve Berlin


 Ano da Edição / Impressão / 2013

 Número Páginas / 280

 ISBN / 9789897260452

Editora: Quinta Essência [Grupo LeYa]

Sinopse:

   Alec Walker é um escritor de thrillers psicológicos sombrios - e um homem que vive para as suas emoções. Desde motos a skidiving, passando por nadar com tubarões, a sua busca incessante de prazer e excitação não tem fim. Essa busca estende-se também às suas relações pessoais, onde nenhuma regra limita os seus desejos. A única coisa que Alec teme é o amor - e permitir que outra pessoa o conheça realmente. Enquanto faz investigação para um livro sobre extremos sexuais, Dylan entrevista Alec - e anseia por saborear a tentação que ele lhe oferece. No entanto, Alec é um dominador famoso e ela recusa entregar-lhe o controlo. Lenta e sedutoramente, Alec mostra-lhe que ao entregar-se-lhe de forma incondicional e submeter-se a todos os seus desejos, ela poderá experimentar o derradeiro prazer. Porém, para poder ficar com a mulher que pela primeira vez o faz ajoelhar, será Alec capaz de correr o maior de todos os riscos e entregar o seu coração? Embalados por um misto de prazer e apreensão, o casal vê-se numa situação tentadora enquanto evita entregar-se ao sentimento que nasce entre eles.

[2] [Letal, Sandra Brown]




 Autora: Sandra Brown

Título: "Letal"

Ano da Edição / Impressão / 2013

Número Páginas / 456

ISBN / 9789897260407

Editora: Quinta Essência [Grupo LeYa]

Sinopse:

   Quando a filha de quatro anos lhe diz que está um homem doente no seu jardim, Honor Gillette corre a ajudá-lo. Mas esse «doente» revela ser Lee Coburn, o homem acusado de assassinar sete pessoas na noite anterior. Perigoso, desesperado e armado, ele promete a Honor que ela e a filha não irão magoar-se se ela fizer tudo o que ele lhe pedir. Honor não tem alternativa a não ser aceitar a sua palavra. Em breve Honor descobre que nem as pessoas mais próximas de si são de confiança. Coburn afirma que o seu falecido marido possuía algo extremamente valioso que coloca Honor e a filha em perigo. Coburn está ali para levar consigo esse objeto - a qualquer custo. Dos escritórios do FBI em Washington, D.C. a um velho barco no litoral da Louisiana, Coburn e Honor fogem das pessoas que juraram protegê-los e desvendam uma teia de corrupção e depravação que os ameaça não só a eles, mas à própria sociedade.


[3] [Um, beijo Inesquecível, Teresa Medeiros]


Autora: Teresa Medeiros


Ano da Edição / Impressão / 2013

Número Páginas / 336

ISBN / 9789897260414

Editora: Quinta Essência [Grupo LeYa]

Sinopse:

   Laura Farleigh precisava de um marido. Se quisesse manter um teto sobre a cabeça dos irmãos, a orgulhosa filha do reitor teria de casar até ao dia do seu vigésimo primeiro aniversário. Ao encontrar inconsciente na floresta um misterioso desconhecido de rosto angelical e corpo de Adónis, que não se lembrava do nome e do passado, decide reclamá-lo como seu. Mal sabia ela que aquele anjo caído era afinal um demónio disfarçado. Sterling Harlow, o famoso devasso conhecido como o «Demónio de Devonbrooke», acorda com o beijo encantador de uma formosa jovem que lhe confessa ser ele o seu prometido. Com as faces beijadas pelo sol e sardentas, Laura é uma jovem inocente apesar do encanto feminino das suas curvas. Quando lhe garante ser ele um perfeito cavalheiro, Sterling pergunta a si próprio se, para além da memória, terá perdido o juízo. Juraria não ser homem para se satisfazer apenas com beijos - principalmente os da doce e sensual Laura. Tentando descobrir a verdade antes da noite de núpcias, um beijo inesquecível ateia a paixão que nenhum deles alguma vez esquecerá.


[4] [ Nas Asas do Amanhã, Sarah Sundin]



Autora: Sarah Sundin

Título: "Nas Asas do Amanhã"[Nas Asas da Glória – Livro 3]

Ano da Edição / Impressão / 2013

Número Páginas / 472

ISBN / 9789897260438

Editora: Quinta Essência [Grupo LeYa]

   Sinopse:

   Quando o marido morre na guerra do Pacífico, Helen Carlisle oferece-se como voluntária para o esforço de guerra, a fim de ocultar os seus sentimentos. No entanto, manter a aparência de viúva inconsolável de um herói local está a deixar a sua marca. Em breve algo irá ceder. O tenente Raymond Novak prefere o púlpito ao cockpit. O seu trabalho a treinar pilotos de B-17 permite-lhe ter uma vida pessoal... e dá-lhe uma desculpa conveniente para ignorar o seu maior medo. Quando a bela Helen conquista o seu coração, ele mostra-se decidido a merecê-la e a desposá- la. Ray e Helen veem-se então forçados a arriscar as suas reputações e as suas vidas; irão eles enfrentar e conquistar os desafios que têm pela frente? E poderá o seu jovem amor sobreviver até ao regresso da paz? Cheio de drama, coragem e romance, Nas Asas do Amanhã encerra de forma magistral a popular série «Asas de Glória».




sábado, 26 de janeiro de 2013

Perdida de Mo Hayder - Opinião

Autora: Mo Hayder
Edição/reimpressão: 2011 
Páginas: 396 
Editor: Europa-América
Coleção: Crime Perfeito


Sinopse:

Um novo caso para o inspector Jack Caffery.

Anoitece quando o inspector Jack Caffery chega para falar com a desesperada vítima de car-jacking.
O que lhe é dito deixa-o horrorizado. O automóvel foi levado à força. E no banco traseiro havia um passageiro. Uma menina de onze anos que ainda não foi encontrada. O assaltante não demora muito a entrar em contacto com a Polícia. E Caffery tem cada vez mais a certeza de que ele está a planear roubar outro automóvel. E outra criança.
Quem é o assaltante? Como é que ele escolhe as suas vítimas? E — mais importante que tudo — conseguirá Caffery encontrar a criança? Antes que seja tarde de mais…




Opinião por Vera Carregueira:
Esta e outras opiniões em Crónicas de uma Leitora

O primeiro livro que li desta autora e devo dizer que amei. Embora tenha percebido que há uma história precedente o mesmo não incomodou a minha leitura desta vez (tive esse problema com o Booth). Fiquei completamente envolvida e a maior parte das vezes sentia como se estivesse a ver um episódio do CSI ou um filme de acção. Mo Hayder tinha-me sido recomendada pelos seus livros com descrições de assassínios violentos e passagens fortes e perturbadoras, contudo esta obra debruça-se mais numa vertente psicológica igualmente forte e poderosa mas sem a violência que a caracteriza. Ao invés de termos um policiais deparamo-nos com um thriller.
A história gira à volta de um carjacking, em que o assaltante supostamente rapta uma criança sem se aperceber que ela está no carro. É aqui que entra Caffery e a sua equipa que fazem de tudo para encontrar a menina antes de se passar as primeiras 24h tão importantes para a encontrar viva, contudo o raptor envia uma carta, perturbadora e que mostra um lado bastante obsessivo e que leva a polícia num caminho diferente do inicial.
Temos um narrador omnisciente que se transporta entre todos os acontecimentos excepto do raptor. Mais ou menos a meio do livro eu já tinha a minha desconfiança e que se provou certa, até porque a acção entra numa espiral crescente de ação mas não tem uma reviravolta final, atingindo o seu climax pouco antes do fim.
A relação de Caffery e Flea Marley é intensa e percebemos que temos mesmo de ler os livros anteriores desta série para perceber o que se passa entre eles porque até a sua história é demasiado interessante para ser deixada de lado.
A escrita de Mo Hayder é tão fluída que a sua leitura é extremamente fácil e envolvente. Todos os acontecimentos têm motivos e conseguimos ir aos poucos ligando todos os pontos. Confesso que fiquei fã desta autora e quero mesmo ler os outros livros.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

[Renda & Saltos Altos] "Jardim de Alfazema", de Jude Deveraux [Quinta Essência]




Autora: Jude Deveraux

Título: "Jardim de Alfazema"[Edilian 1]

Editora: Quinta Essência [Grupo LeYa]

1ª Edição: Junho de 2010

6ª Edição: Maio de 2012

Páginas 352


Sinopse:

Jocelyne Minton é uma mulher dividida entre dois mundos. A mãe estudou em colégios particulares e frequentava as melhores salas de chá, mas acabou por casar com o biscateiro local. 
Joce tinha apenas cinco anos quando a mãe morreu e, quando o pai volta a casar, a criança sente-se mais só do que nunca - até que conhece Edilean Harcourt que, apesar de já não ser uma jovem, compreende Joce melhor que ninguém. 
Quando Miss Edi morre, deixa à amiga todos os seus bens, incluindo uma histórica mansão do século XVIII e uma carta com pistas para a jovem decifrar um mistério que remonta a 1941. Na carta, Miss Edi também revela que encontrou o homem perfeito para Joce, um jovem advogado. Joce fica chocada ao saber que a mansão e o futuro amor da sua vida se encontram em Edilean, de que nunca ouvira falar. Curiosa perante esta reviravolta do destino, Joce muda-se para a pequena cidade , decidida a dar um novo rumo à sua vida. 
Em Edilean, todos conhecem a história da jovem e já delinearam o seu futuro, incluindo o homem com quem se deverá casar. Acontece, porém, que Joce tem as suas próprias ideias acerca do homem que terá de conquistar o seu coração e o que fazer aos segredos que ninguém quer ver divulgados. Mas, quando estes lhe revelam parte da sua história, o certo é que a vida parece ganhar uma nova cor… 
Em Jardim de Alfazema, Jude Deveraux retrata as paixões, as intrigas e os segredos de uma pequena cidade e dá início a uma extraordinária série centrada em Edilean.


Crítica por: Isabel Alexandra Almeida/Os Livros Nossos:

   "Jardim de Alfazema" correspondeu a mais uma das minhas estreias literárias, e devo dizer que fiquei encantada com a escrita de Jude Deveraux, se serei, certamente, seguidora desta série que conta já com oito livros publicados, no original em língua Inglesa.

    O livro transporta-nos até Edilean, uma bela e pitoresca cidadezinha no Sul dos Estados Unidos, com uma análise bem detalhada do ambiente social que ali se vivencia: a curiosidade popular, os mistérios e intrigas, o clima de partilha e entre-ajuda, tudo isto sabiamente articulado com um mistério que remonta a 1941, em plena II Guerra Mundial.

     As personagens são ricas e bem construídas  sendo feita a sua descrição quer de forma directa, quer indirecta (pelas suas decisões e atitudes). Jocelyne Minton é uma jovem de classe média, filha de uma mulher sofisticada e culta que se prendeu de amores por um homem simples e de condição social inferior à sua. Após o falecimento da mãe o pai de Joce contraiu novo casamento, do qual nasceram duas gémeas  que me nada se identificam com a irmã mais velha, sendo fúteis, invejosas e muito ambiciosas mas no sentido negativo do termo.

   Joce trava então conhecimento com Miss Edi Harcourt, uma senhora já de idade avançada, mas que será para ela como uma segunda mãe, ambas convivem, passeiam, e Joce tem assim acesso a um admirável mundo novo de requinte,sabedoria e cultura, sem esquecer o sentir-se compreendida e querida.

   Ao falecer, a idosa Miss Edi deixa em legado a Jocelyne uma vida nova no Sul dos Estados Unidos, numa mansão histórica que é agora a sua herança, e que consigo traz uma aura de mistério.

   Numa vida totalmente diferente daquela a que sempre estivera habituada, Jocelyn vai viver para Edilean, e ali travará novas amizades, com a insondável e aparentemente Fria Tess, ou a doce , ingénua e bondosa Sara, e com os dois homens que irão a breve trecho tentar conquistar os seu coração: o atraente advogado Ramsey e o honesto e trabalhador Luke, primo do primeiro e Jardineiro na mansão de Joce.

   Pelo meio, Jocelyn irá defrontar-se com histórias e mistérios há muito esquecidos, e ocultados, que envolvem a sua falecida amiga. Seria Miss Edi a Pessoa que Jocelyn sempre acreditou? Que segredos escondia a velha senhora? Que consequências podem tais segredos ter na vida de Joce e no seu futuro? Qual dos dois apaixonados irá conquistar em definitivo a jovem?

   Numa escrita fluente e envolvente, Deveraux revela-se uma contadora de histórias exímia, doseando na perfeição mistério, tradição, ternura e amor.

   Uma História doce, capaz de divertir e animar as nossas  noites de Inverno, ideal para descontrair e para nem darmos pelo tempo passar, enquanto vamos virando as páginas deste livro com um suave aroma a flores campestres!



sábado, 19 de janeiro de 2013

[Secção Criminal] "O Império dos Lobos", de Jean Christophe Grangé [ASA]




O Império dos Lobos
Autor: Jean Christophe Grangé
Título: "O Império dos Lobos"
Género: Policial
Editora: Edições ASA
Páginas: 448
Edição: 2005


Sinopse:

No seio da máfia turca de Paris, um empolgante romance do mestre do suspense francês...

Anna Heymes é casada com um alto funcionário do Ministério do Interior. Há mais de um mês que sofre de alucinações terríveis e de crises de amnésia, ao ponto de já não reconhecer o próprio marido e de duvidar da sua honestidade.

Entretanto, o inspector Paul Nerteaux é encarregado de um inquérito respeitante à morte de três mulheres de origem turca que trabalhavam em ateliers clandestinos e cujos corpos foram encontrados atrozmente mutilados. Para se infiltrar no bairro turco, Nerteaux recorre a Jean-Louis Schiffer, um dos seus antigos colegas, conhecido pela sua reputação de polícia implacável.

No decurso do inquérito, eles vão cruzar o caminho de Anna, que recupera pouco a pouco a memória com a ajuda de um psicólogo, descobrindo verdades inacreditáveis sobre o seu próprio passado...


Opinião/Critica por Ângela Costa/Livros Nossos

"O Império dos Lobos", foi a minha estreia com o autor Jean Christophe Grangé. Aconselhado por um amigo, aventurei-me a ler este livro e não fiquei nada arrependida, o livro é muito bom.

A história do livro está dividida em duas partes, escritas alternadamente, que no final se irão cruzar.

Uma das partes, refere-se ao sofrimento vivido por uma mulher - Anna Heymes, que sofre fortes crises de amnésia esporádicas, não reconhecendo rostos de pessoas que supostamente fazem parte do seu dia a dia, por outro lado, existem rostos que lhe são familiares de pessoas que não deveria conhecer. O rosto do seu marido é o que lhe causa mais desconforto, por vezes ela quase tem a certeza que ele é um completo estranho. Preocupado com o seu estado de saúde o marido um alto funcionário do Ministério do Interior, submete-a a um tratamento inovador com um neurologista seu amigo. Mas Anna começa a duvidar do diagnóstico e passa-lhe pela cabeça que possa existir uma conspiração entre os dois e não conformada procura uma psicóloga. Juntas começam uma jornada, no sentido de desvendar o passado de Anna, que cada vez se torna mais esbatido na sua memória, mas nenhuma delas estava à espera daquilo que iriam descobrir.

A outra parte, narra-nos a investigação da morte de três mulheres turcas, que pelo facto de serem trabalhadoras ilegais em França, não é fácil descobrir as suas identidades. Todas elas têm em comum para além da sua nacionalidade, a forma como são brutalmente torturadas e a sua fisionomia. Paul Nerteaux e Jean-Louis Schiffer, os dois detectives encarregados da investigação, vão ter que se infiltrarem no sub-mundo da máfia turca em Paris, para descobrirem a identidade das vitimas, bem como do criminoso.

A uma determinada altura as duas histórias cruzam-se para nos deliciar com um final surpreendente.

Este livro provocou-me uma leitura compulsiva, não tendo vontade de o largar. Passava de uma história para a outra entusiasticamente, sempre ansiosa pelo momento em que ambas se unissem, pois desde o início ficamos com a certeza de que vamos ser surpreendidos.

Adorei "Império dos Lobos" e não vou perder de ler os restantes livros de Jean Christophe Grangé.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

[Opinião] "Predestinado - A Ordem das Trevas 1", de Philippa Gregory [Civilização]



Autora: Philippa Gregory
Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 312
Editor: Livraria Civilização Editora
Coleção: A Ordem das Trevas


Sinopse:

Estamos em 1453 e todos os sinais apontam para que o fim do mundo esteja iminente. Acusado de heresia e expulso do seu mosteiro, Luca Vero, um atraente jovem de 17 anos, é recrutado por um misterioso estranho para registar o fim dos tempos por toda a Europa.
Obedecendo a ordens seladas, Luca é enviado a cartografar os medos da Cristandade e a viajar até à fronteira do bem e do mal. Isolde, de 17 anos, abadessa, está presa num convento para impedir que reclame a sua enorme herança. Quando as freiras ao seu cuidado enlouquecem com estranhas visões, sonambulismo e exibindo estigmas, Luca é enviado para investigar e todas as provas incriminam Isolde.
No pátio do convento constrói-se uma pira para a queimar por bruxaria. Forçados a enfrentar os maiores medos do mundo medieval – magia negra, lobisomens, loucura – Luca e Isolde embarcam numa busca pela verdade, pelo seu próprio destino e até pelo amor, enquanto percorrem os caminhos desconhecidos até à personagem histórica real que defende as fronteiras da Cristandade e detém os segredos da Ordem das Trevas.



Opinião por Vera Carregueira:

Esta e outras opiniões em Crónicas de uma Leitora

Quando comecei a ler este livro ia com as expectativas muito altas, Philippa Gregory é uma referência em romances históricos e apesar de não ter lido nada dela antes já me tinha sido recomendada várias vezes. As expectativas que tinha criado não saíram defraudadas. Recriando na perfeição a época medieval somos arrastados para uma fascinante aula de história. Recordei mais que uma vez o que estudei, chocando-me com as verdades nele contido. O facto de nessa altura haver um caminho tão grande a percorrer para o conhecimento (ainda somos tão ignorante hoje) fazia das pessoas verdadeiras fanáticas religiosas. As personagens e acontecimentos são ligeiramente previsíveis mas ainda assim fascinantes. Tanto Luca como Isolde são pessoas bastante cultas para a época e conseguem ter o discernimento que querer averiguar todas as situações antes de falar em bruxaria, demónios ou fogueiras.


O primeiro livro de uma saga que conta as peripécias de um casal que ainda não o é. Aliás nesta obra temos apenas uma vaga referência ao interesse deles um no outro. Claramente virado para um público jovem julgo que poderá ser lido a partir dos 13 anos até qualquer idade que o deseje pois a historia vale bastante a pena. Muito ficou por dizer, muito ficou em aberto e espero que o segundo livro seja editado rapidamente.


A escrita cativante e envolvente de Philippa Gregory leva-nos a querer ler só mais uma página e confesso que a minha personagem preferida é Freize o criado de Luca pela sua coragem, frontalidade e modos despachados que o levam a resolver as situações à sua maneira sem meias medidas.


Recomendo sem dúvida a sua leitura.

domingo, 13 de janeiro de 2013

[Renda & Saltos Altos] "Rendida", de Sylvia Day [Cinco sentidos/Porto Editora]


Autora: Sylvia Day

Título: Rendida [Crossfire #1]

Edição: 2012

Editora: 5 Sentidos [Porto Editora]

Sinopse:

Gideon Cross apareceu na minha vida como uma luz na escuridão.
Um homem lindo, fascinante, um pouco louco e muito sedutor.
A atração que sentia por ele era diferente de tudo o que tinha experimentado na minha vida até então.
 Eu desejava-o como a uma droga que me enfraquecia dia após dia.
Gideon encontrou-me fragilizada e carente e entrou facilmente na minha vida.
Descobri que também ele tinha os seus próprios demónios. Tornámo-nos o espelho um do outro; éramos o reflexo das nossas mais profundas cicatrizes e… desejos.
Este amor transformou-me, mesmo que ainda hoje continue a rezar para que os pesadelos do passado não voltem para nos atormentar.

Crítica por : Isabel Alexandra Almeida / Blog Os Livros Nossos:
      
 "Rendida", de Sylvia Day, corresponde ao primeiro volume da Trilogia Crossfire, cuja edição Portuguesa se encontra a cargo da Porto Editora, através da sua chancela "5 sentidos" , dedicada aos romances sensuais.

   As personagens centrais desta narrativa fluída, envolvente e bastante ousada, contendo descrições de cariz sexual bastante explícitas, são: a jovem Eva Tramell, que inicia a sua carreira enquanto Assistente numa importante Agência Publicitária em Nova Iorque, e o milionário Gideon Cross, misterioso, sensual e poderoso q.b. um autêntico Deus Sexual que tudo fará para conquistar Eva.


   Como personagens secundárias, ficamos a conhecer também Mónica, a perturbada e obsessiva mãe de Eva, casada com o poderoso Richard Stanton, que tudo faz para satisfazer as exigências e caprichos da sua temperamental esposa. Na narrativa tomamos também contacto com Cary [o melhor amigo de Eva] e com o chefe desta Mark Garrity [um simpático e competente Criativo Publicitário].


   O espaço social acaba por envolver o leitor numa atmosfera de glamour da alta sociedade de Nova Iorque, e da vida agitada mas também luxuosa dos Executivos de topo desta cidade que nunca dorme, numa tónica que faz lembrar a atmosfera de "O sexo e a cidade", de Candace Bushnell. A autora perde algum tempo a descrever os detalhes completos deste cenário físico e social, como as configurações arquitectónicas dos edifícios [em especial do complexo Crossfire], a decoração, e a atitude, aparência e vestuário das personagens, não sendo negligenciado o seu mundo interno, decorrente também das suas atitudes e tomadas de decisão, que vão dando rumo à história. 


   Tudo isto Sylvia Day consegue através de uma escrita acessível, dinâmica, mas correcta sob o ponto de vista sintáctico e que transmite ao leitor uma perfeita imagem mental do que vai sucedendo, como se de um espectador de cinema ou televisão este se tratasse.

   Eva afirma-se como uma jovem do século XXI, ambiciosa profissionalmente, honesta, trabalhadora, e não propriamente inexperiente em termos sexuais, bem sabendo o que deseja para alcançar plena realização neste campo. 


   Gideon Cross, um homem habituado a exercícios de poder, a conquistas fáceis, encontra em Eva uma adversária à altura, e  ambos terão de pôr em confronto as suas fortes personalidades. O grande desafio colocado aos leitores é alimentar a curiosidade destes quanto ao futuro do relacionamento de Eva e Gideon, manter-se-á uma mera atracção física concretizada pela via sexual? ou tenderá a evoluir para um envolvimento emocional? Saberão ambos adaptar-se a uma relação estável ou irão apenas manter uma mera relação diriamos que "coisificada"?

   Comparado com a trilogia de E. L. James - As cinquenta Sombras de Grey - indubitavelmente temos de reconhecer a Sylvia Day, se não a originalidade do tema e o despudor, pelo menos a indubitável qualidade na escrita que E. L. James [ainda ?] não alcançou.


    Um livro quente, ousado, sensual e de fácil e envolvente leitura, "Rendida" não sendo uma obra prima da literatura, é uma escolha bastante agradável para os adeptos do género erótico tão em voga. 


   Vale a pena sentar-se no seu cantinho preferido e descobrir o universo "Crossfire", despindo-se de preconceitos!




sábado, 12 de janeiro de 2013

[Secção Criminal] "A Teia de Aranha", de Agatha Christie [ASA]




A Teia de Aranha



Autor: Agatha Christie

Género: Policial

Título: "A Teia de Aranha"

Editora: Edições ASA

Páginas: 192


Sinopse:

Clarissa, mulher de um diplomata, gosta de sonhar acordada. "Imagina que um dia eu encontrava um cadáver na biblioteca, qual seria a minha reação?", diz num devaneio. 


O que ela não podia prever é que vai ter oportunidade de descobrir precisamente isso quando tropeça num corpo… na sua própria sala! Desesperada, convence os seus amigos a ajudá-la a livrar-se do morto, sabendo que, entre eles, está o assassino. E se um inspetor da polícia chegasse de repente…?

Escrito originalmente por Agatha Christie em 1954 como uma peça de teatro, A Teia de Aranha (Sipder’s Web) foi adaptada para romance por Charles Osborne em 2000.


Critica/Opinião por: Ângela Costa/ Os Livros Nossos

Agatha Christie foi uma grande escritora de romances policiais, uma palavra apenas para descrever os seus livros "intemporais". Foram a minha companhia nas horas de lazer, durante a minha adolescência, foi com eles que desenvolvi a paixão que ainda hoje tenho pela literatura policial.

Os seus mistérios são intensos e bem elaborados, ao longo da sua leitura, somos ludibriados, confundidos e desafiados a desvendar esses mistérios, como se de um jogo se tratasse. Quando leio os seus livros é como se fosse convidada a entrar nesse jogo mental, onde assumo o papel de investigadora. 

Todas as personagens que dão vida à história são criadas com requinte e de forma muito inteligente. 

É para mim ao fim de todos estes anos, um grande prazer e privilégio reler Agatha Christie. "A Teia de  Aranha" é mais um exemplo da sua escrita de excelência. Irei sem dúvida continuar a ler e reler os livros desta grande mestra do policial, agradecendo à Edições ASA, o facto de nos proporcionar a possibilidade de voltarmos a ter acesso aos seus livros. 

Para aqueles que ainda não tiveram oportunidade de conhecer as suas obras, aqui fica um conselho:  Não tenham medo de arriscar, vão ver que vale  mesmo a pena adquirir a sua colecção.



quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

[Opinião] " O Sorriso das Mulheres", de Nicolas Barreau [Quinta Essência]


Autor: Nicolas Barreau
Título: " O Sorriso das Mulheres"
Editora: Quinta Essência
Edição: 2012

Sinopse:

   Para Aurélie Bredin, as coincidências não existem. Jovem, sensível e atraente, é a proprietária de um pequeno e romântico restaurante, Le Temps des Cerises, situado no coração de Paris, a dois passos do Boulevard Saint-Germain.
Naquele pequeno restaurante forrado a madeira, com toalhas aos quadradinhos vermelhos e brancos, o seu pai conquistou o coração da sua mãe graças ao menu d’amour. E foi ali, rodeada pelo aroma do chocolate e da canela, que Aurélie cresceu e onde encontra consolo nos momentos difíceis da sua vida.
   Mas agora, magoada pelo abandono de Claude, nem sequer a calidez acolhedora da cozinha é capaz de consolá-la.
   Uma tarde, mais triste que nunca, Aurélie refugia-se numa livraria. Um romance, O Sorriso das Mulheres, chama a sua atenção. Quando o folheia, descobre que a protagonista é inspirada nela e que Le Temps des Cerises é um dos cenários principais.
   Graças a esta prenda inesperada, volta a sentir-se animada. Decide entrar em contacto com o autor, Robert Miller, para lhe agradecer. Mas isso não é fácil. Qualquer tentativa de conhecer o escritor – um misterioso e esquivo inglês – morre na secretária de André Chabanais, o editor que publicou o romance.
   Porém, Aurélie não desiste e quando um dia surge efectivamente uma carta do autor na sua caixa de correio, acaba por daí resultar um encontro bem diferente daquele que tinha imaginado…

Crítica  por Ana Ferreira - Blog Illusionary Pleasure :




    Na capa do livro tem um selo a dizer “Este livro vai deixá-lo feliz”. Eu acho que a editora podia fazer melhor. “Este livro vai deixá-lo feliz, se não o deixar devolvemos o seu dinheiro.” Mas não se preocupem, a mim deixou-me certamente com um sorriso, ainda que as primeiras páginas sejam uma dor de cabeça. Tudo porque Aurélie é uma personagem muito pouco feminina e chata. É enganada pelo namorado, chora baba e ranho, depois deixa-se enganar e mesmo assim só sabe chorar. Estas atitudes levam a que o leitor não entenda muito bem se Aurélie é infeliz por ser ingénua e se deixar enganar, ou se os constantes enganos a levaram a este tipo de personalidade apagada. Nas primeiras páginas a acção acontece de forma lenta, levando a que o leitor se sinta sugado para a conclusão de uma relação que estava desde o início destinada a terminar. Barreau sabe bem que depois de vermos uma heroína a ser traída e abandonada terá toda a simpatia das leitoras que a querem ver feliz com o amor da sua vida. Nisso Barreau não desilude.

   A figura de André Charabais é o que irá fazer as leitoras sorrir. Desastrado, mete-se em várias embrulhadas, é um editor bastante humano que comete bastantes erros. Ao contrário de Aurélie, os erros de André são provocados por ele (ao passo que os da Aurélie parecem ser sempre outra pessoa) e a sua pseudo-bipolaridade dá um charme à personagem, que é credível.

   Ainda que a história se repita um pouco no início, a meio entramos a todo o gás nela e julgo que o selo aponta mais para o fim. Não sei se este livro fará todas as mulheres felizes (duvido que os homens peguem no livro, devido ao título e ao deixá-la e não deixá-lo), mesmo assim é um livro light que dá para ler tanto numa noite de Inverno junto à lareira ou no Verão na praia.