segunda-feira, 27 de junho de 2016

[Renda & Saltos Altos] "Sonho de Cetim", de Loretta Chase [ Edições Chá das Cinco]


Ficha Técnica

Título: Sonho de Cetim


Série: Trilogia das Modistas #2


Autora: Loretta Chase


Edição: Janeiro de 2016


Editora: Chá das Cinco [Grupo Saída de Emergência]


Nº de Páginas: 304


P.V.P.: 17,76€


Género: Romance histórico sensual


Saiba mais detalhes sobre a obra AQUI


Crítica  por Isabel Alexandra Almeida para o Blog Os Livros Nossos:


Sonho de Cetim, de Loretta Chase, corresponde ao segundo romance da denominada trilogia das modistas, que acompanha as peripécias das três irmãs Noirot, na Londres de 1835, no momento em que as famosas e sofisticadas Modistas da Maison Noirot tentam, a todo o custo, derrotar a concorrência da desonesta Hortense Downes, enquanto a alta sociedade ainda se refaz da ascensão da Duquesa de Clevedon.

Neste romance assume especial protagonismo Sophia, a mais astuciosa das irmãs Noirot, responsável por fazer chegar à imprensa da época, por meio de estratagemas e disfarces, a descrição completa das toilettes preparadas no atelier da família, extremamente inteligente, disposta a sacrificar a vida amorosa em prol do negócio de família.

Quando a melhor cliente da Maison Noirot - Lady Clara Fairfax - ex-noiva do Duque de Clevedon e irmã de Lorde Longmore foge de Londres para escapar à humilhação pública, ao sentir-se presa a um casamento votado ao fracasso, é Sophia que assume as rédeas da situação e parte com Lorde Longmore em busca da jovem dama em fuga.

Lorde Longmore é um nobre libertino, tem fama de ser pouco inteligente, mas é antes alguém que procura abstrair-se de algumas regras sociais, e das pressões familiares impostas pela sua rígida e intrusiva mãe - Lady Warford, uma mulher que vive de aparências e do politicamente correcto, sofrendo perante a indisciplina dos filhos.

No meio de inúmeras aventuras verdadeiramente hilariantes, assistimos ao desenrolar da narrativa, e constatamos que começa a surgir entre Sophia e Longmore uma forte atracção que ambos procuram negar a si mesmos.  Esta possibilidade de romance assusta os protagonistas por razões diferentes, Sophia receia enfrentar a inimizade da mãe de Longmore, a autoritária e influente Lady Warford e o julgamento de toda a alta sociedade, ao passo que Longmore receia não saber descortinar o que é verdadeiro e o que é falso na astuciosa e bela Sophia, uma verdadeira rainha do disfarce.

Com um ritmo bastante rápido, um bom leque de personagens secundárias, muitas voltas e reviravoltas, e um perfeito exercício de sátira social, com personagens com as quais é impossível não se simpatizar, e que nos conquistam pelas suas muitas e deliciosas imperfeições, estamos perante uma leitura que irá cativar os adeptos deste género literário [romance histórico sensual], e que nos deixa com um permanente sorriso nos lábios, perante a comicidade de diversas peripécias da trama.






quinta-feira, 23 de junho de 2016

[Crítica Contemporânea] "Enrolados", de Emma Chase [Topseller]

Ficha Técnica:


Título: Enrolados


Autora: Emma Chase


Edição: Novembro de 2014


Editora: Topseller [Grupo 20/20]


Páginas: 224


Género: Romance contemporâneo






Crítica por Vanessa Martins para o Blog Os Livros Nossos:

Sabem meninas quando há um mal-entendido entre vocês e o vosso namorado? Pois bem, é o que se passa entre o Drew e a Kate, neste novo livro [ Enrolados] que a editora [Topseller] edita em Portugal, estes dois decidem que o “felizes para sempre” não é bem “para sempre”, mas sim “por alguns momentos”.

  Na verdade, eu estava toda empolgada com o “felizes para sempre” dos protagonistas, quando a Kate decide abandonar o seu emprego de sonho para voltar à sua cidade Natal - Greenville - e porquê???

Pois … o Sr. Drew Evans decidiu “meter o pé na poça” outra vez. Kate recebe a noticia mais feliz da sua vida e está doida para a partilhar com o Drew, quando chega a casa e vê a coisa mais horrível que uma pessoa pode esperar da sua cara-metade, desesperada com o que vê pega nas suas coisas e decide regressar ao seu aconchego familiar. Será que ainda haverá um final feliz ??

A Kate é a mulher de armas, aquela que gostávamos de ser quando o nosso namorado decide magoar-nos, por sua vez, o Drew é aquele tipo de homem que não tem papas na língua e diz tudo aquilo que pensa, mesmo que magoe as pessoas, mas também tem aquele lado amável através do qual revela ser capaz de dar a vida por aqueles que ama.

Dando uma nova volta na trama, a autora mantém o espírito bem-humorado da obra, e as personalidades bem vincadas de Kate e Drew continuam a alimentar a dinâmica da narrativa. É impossível não querermos saber o fim da história.

Sim, posso dizer estou apaixonada por estes dois, mas melhor ainda, a história não acaba aqui, pois o terceiro livro vai trazer-nos duas personagens que já conhecemos muito bem, e posso dizer que uma delas sempre me despertou a atenção desde o primeiro livro.







segunda-feira, 20 de junho de 2016

[Renda & Saltos Altos] "Promessa de Casamento", de Jennifer Probst [Quinta Essência]


            Ficha Técnica:

Título: Promessa de Casamento


Título Original: The Marriage Trap


Série: Marriage to a billionaire #2


Autora: Jennifer Probst


Edição: Junho de 2016


Editora: Quinta Essência [Grupo LeYa]


Páginas: 240


Género: romance contemporâneo/erótico


Classificação atribuída no GoodReads: 5/5 Estrelas


Crítica por Isabel Alexandra Almeida para o Blog Os Livros Nossos:


Promessa de Casamento, de Jennifer Probst, é o segundo romance da autora publicado em Portugal, com chancela Quinta Essência

Estamos perante um romance feminino contemporâneo com cenários entre Nova Iorque e Bérgamo (Itália).

A protagonista feminina é Maggie Ryan, uma bem sucedida fotógrafa habituada a trabalhar em campanhas publicitárias internacionais. Maggie foi criada numa família abastada, tendo vivido uma infância e adolescência sem ser objecto da atenção dos pais, que não foram figuras significativas no seu desenvolvimento e que descuidaram o mundo afectivo da filha. Maggie é uma mulher independente, determinada, mas que esconde algumas inseguranças no que diz respeito a relacionamentos afectivos, usando uma espécie de "armadura" que a protege de se envolver emocionalmente.

Ao frequentar o núcleo familiar e social do irmão Nick e da cunhada Alexa, Maggie trava conhecimento com um dos parceiros de negócio do irmão, o Conde Italiano Michael Conte, que a cunhada Alexa julga ser o par ideal para Maggie.

Michael Conte é um milionário Italiano, natural de Bérgamo, é oriundo de uma ortodoxa família Italiana, onde preservar antigos rituais e  regras sociais e familiares continua a ser muito importante. Assim, perante a tensão familiar que surge da prentensão da irmã mais nova - Venezia - em casar-se com o namorado Dominick, Michael é pressionado a casar-se primeiro, no sentido de fazer cumprir a tradição local de ser o filho primogénito o primeiro a contrair casamento.

Quase por impulso, de ambas as partes, Maggie vê-se arrastada para uma farsa familiar, cabendo-lhe o duro papel de fingir ser a mulher de Michael, para que Venezia possa então casar-se, e viajando com este para Itália.

Acreditando que Michael está apaixonado pela sua cunhada Alexa, Maggie aceita o desafio, em troca de este se afastar da convivência com o sócio Nick e a esposa Alexa, sem pretensões românticas e sendo apenas um bom amigo de Alexa, Michael aceita as condições em desespero de causa.

A partir daqui vamos assistindo a uma verdadeira luta de gigantes, é delicioso assistir ao constante desafio e às provocações que Maggie e Michael lançam constantemente um ao outro. 

A atracção física entre o falso casal vai aumentando, à medida que ambos se vêem a braços com o medo de ver descoberto o seu engodo, cujo propósito é, afinal, proteger e ajudar as respectivas famílias.

O romance apresenta, além de protagonistas fortes, uma excelente caracterização dos princípios e rituais de uma família tradicional Italiana, onde a gastronomia local e a sua confecção caseira assume particular relevância. Toda a teia de dinâmica familiar e os seus pequenos dramas mostra-se descrita de forma cativante, transportando-nos, de facto, para o seio da família Conte, sendo o negócio de pastelaria familiar - La Dolce Famiglia - uma belíssima metáfora de todo este ambiente familiar.

As personagens secundárias como Mama Conte, Venezia, Julietta e Carina, dão um importante contributo para o desenrolar da trama.

A química entre Michael e Maggie, a tensão sexual, e o quebrar de barreiras culturais e emocionais entre ambos é algo que foi sendo  construído de forma muito equilibrada pela autora, ao longo da obra, numa história que nos prende até à última página. Uma das leituras ideais para este Verão!





sábado, 18 de junho de 2016

[Secção Criminal] "As Raparigas Esquecidas", de Sara Blædel [Topseller]

               Ficha Técnica:


Título: As Raparigas Esquecidas

Título Original: De Glemte Piger

Autora: Sara Blæ
del

Edição: 20 de Junho de 2016

Editora: Topseller [Grupo 20/20]

Páginas: 304

P.V.P.: 17,69€ (IVA incluído)

Classificação Atribuída no GoodReads: 4/5 estrelas

Género: Thriller Nórdico


NAS LIVRARIAS A PARTIR DE 20/06/2016

Crítica por Isabel Alexandra Almeida para o Blog Os Livros Nossos:


As Raparigas Esquecidas  corresponde à chegada de uma nova autora do thriller nórdico a Portugal, sendo Sara Blædel considerada a "Rainha Dinamarquesa do Crime", a verdade é que este promete conquistar muitos leitores entre os adeptos deste género literário com especificidades que já o distinguem entre outros do mesmo segmento.

O livro transporta-nos a uma região da Dinamarca, onde vamos encontrar uma equipa de investigação a braços com um denso mistério que rodeia a identidade  de uma mulher que foi encontrada morta na Floresta.

Louise Rick é a investigadora que se encontra numa fase de transição profissional, sendo a recente directora técnica de uma nova unidade de investigação cujo trabalho será avaliado de perto pelas chefias, determinando-se a sua manutenção ou possível extinção - a Agência Especial de Busca. Eik Nordstrom ser+a o parceiro de investigação de Louise, a protagonista da trama. Com uma postura pessoal algo descuidada e nada regrada, Eik irá revelar-se um profissional extremamente determinado e competente, para espanto da colega que, para iniciar o trabalho de equipa, vê-se forçada a ir buscar Eik a um estabelecimento que mais parece um antro de perdição, imerso numa nuvem de fumo e de odores etílicos.

Cruzando-se com uma investigação de violação e homicídio na Floresta perto de onde Louise residiu na sua infância e adolescência, caberá a Eik e a Louise descobrir a identidade de uma mulher que aparece morta na floresta, perto do local do primeiro crime, mas que parece ter sido vítima de acidente. Ao ser publicada a foto da desconhecida um telefonema dará as primeiras pistas para a descoberta da verdade, e muitos segredos começam a vir à tona.

A autora apresenta-nos protagonistas fortes, determinados mas encontramos em Louise Rick uma pessoa que transporta consigo o duro peso de um passado perturbador que ainda não conseguiu ultrapassar, apesar de ser dedicada ao filho adoptivo Jonas (um jovem com talento musical) e de contar com o apoio de um simpático vizinho e da melhor amiga - Camilla - jornalista em vias de contrair casamento com um milionário Norte-Americano, uma mulher impulsiva que se debate com alguma ansiedade perante a ideia de deixar de trabalhar, sendo viciada na adrenalina de um bom furo jornalístico.

Eik é também uma personagem densa, há alguma aura de mistério à sua volta (e teremos direito a algumas revelações interessantes), mas tolera na perfeição algum mau humor de Louise, mostrando-se compreensivo perante a pressão em que ambos se vêem forçados a trabalhar.

Nota-se uma química de atracção entre os parceiros de investigação, o que vem conferir um colorido adicional à trama.

Está muito bem conseguida a descrição do tratamento cruel e discriminatório que era dispensado a pessoas portadoras de deficiência ou doença mental que eram totalmente retiradas da vida em sociedade e de família e presas em instituições com contornos, no mínimo, obscuros e sinistros, este contexto é plasmado pela autora no imaginária Eliselund, isto num passado não assim tão distante, que na narrativa se situa nos anos entre os anos 80 a 90.

A violência das descrições das cenas de crime e do modus operandi do assassino, a dúvida quanto à identidade deste que baralha o leitor ao longo de todo o livro até ao desenlace final. A crueza de algumas cenas e do próprio enredo satisfaz os leitores mais exigentes quanto a este género literário.

Uma história verosímil, cruel, narrada num ritmo trepidante e que concilia a investigação criminal com os dramas pessoais de forte pendor emocional dos protagonistas tem tudo para nos agarrar, e a verdade é que... será crime não ler este livro!


Nota: o Blog Os Livros Nossos agradece à Topseller a disponibilização de exemplar de avanço para a leitura e analise crítica desta obra.



quarta-feira, 15 de junho de 2016

[Renda & Saltos Altos] "O Segredo de Violet", de Monica Murphy [Topseller]



Ficha Técnica:


Título: O Segredo de Violet


Autora: Monica Murphy


Editora: Topseller [Grupo 20/20]


Edição: Junho de 2016


Páginas: 384


P.V.P: 18,79 €

Classificação Atribuída no GoodReads: 4/5 estrelas


Género: erótico/contemporâneo


Crítica por Isabel Alexandra Almeida para o Blog Os Livros Nossos:

O Segredo de Violet, corresponde ao primeiro romance de uma trilogia erótica da autora Norte-Americana Monica Murphy que nos apresenta as irmãs Fowler, herdeiras de uma poderosa Dinastia que detém a Fleur Cosmeticos - uma conceituada empresa no sector da beleza.

Violet Fowler é a protagonista deste primeiro romance, é a irmã do meio e embora esconda alguns segredos no seu passado, que muito a marcaram, surge perante o leitor como uma pessoa responsável, perfeccionista, contida e controlada e que, de algum modo, gosta de passar despercebida. Empresária de sucesso e empenhada, tem um cargo executivo de topo na empresa familiar, e está prestes a casar com o namorado - Zachary - também este funcionário da empresa.

Educada, elegante, inteligente, Violet esconde algumas fragilidades sob a capa de mulher de sucesso, pois sente-se responsável pelas irmãs e pelo pai, a quem faz tudo para agradar, e acredita que o casamento iminente fará mudar o comportamento infiel de Zachary. 

Criada no seio de uma família da classe alta, onde as aparências, por vezes, contam mais do que as essências, Violet vive como que presa numa gaiola dourada, e faz-nos alguma confusão, nesta personagem, que a mesma, sendo uma mulher bonita, inteligente e abastada, feche os olhos às infidelidades do namorado. Mas tudo está prestes a mudar!

Quando o namorado lhe comunica que aceitou uma promoção num local distante, sem antes a haver sequer consultado, e protela o pedido de casamento, Violet ganha coragem e termina a relação, ao mesmo tempo que se cruza com Ryder McKay, um executivo da Fleur Cosmetics que vai abalar todo o mundo certinho, previsível e rotineiro de Violet.

Ryder é uma força da natureza, criado nas ruas de Nova Iorque, cedo aprendeu a desenvencilhar-se por si mesmo, ainda que tendo de quebrar regras. É hoje um executivo de sucesso, bonito, elegante, competente e sedutor mas imensamente misterioso. Viveu uma descida aos infernos, na sua adolescência, e foi "salvo" pela pérfida Pilar, uma mulher perversa, calculista e manipuladora, com a qual mantém uma estranha e disfuncional relação que nem o próprio consegue qualificar.

No contexto de um plano maquiavélico para ascender ainda mais na empresa, instigado por Pilar (que também pretende vir a dominar a Fleur Cosméticos), Ryder aproxima-se de Violet, e ambos vão entrar numa relação secreta, extremamente intensa e sensual, deixando-se levar por sensações e emoções sem quaisquer tabus, sendo evidente a química sexual entre os dois.

Enquanto Violet encontra em si sensações que nunca imaginou vivenciar, e traça um caminho de auto-descoberta ao nível sexual e emocional, Ryder vai, a contragosto, deixando-se envolver e encantar pela doçura e inteligência da bela herdeira, e receia não ser capaz de gerir algo que é totalmente novo para si, estará a apaixonar-se?

A narrativa decorre em capítulos alternados na perspectiva de cada um dos dois protagonistas - Violet e Ryder - sendo este um dos traços do estilo de escrita habitual de Monica Murphy que, também neste livro, resulta muito bem, pois vamos assistindo à evolução psicológica das personagens ao nível emotivo. Um dos grandes trunfos deste livro é, precisamente, a intensa carga emocional que apresenta, sem deixar de se assumir como um romance ostensivamente erótico, com descrições explícitas de teor sexual perfeitamente contextualizadas.

Outro aspecto curioso é assistirmos à cumplicidade de Violet com as irmãs - Lili e Rose, das quais é confidente e um dos principais pilares de apoio, já que perderam a mãe, e o pai é uma figura de autoridade algo severa e pouco dada a afectos.

O contexto em que Ryder cresceu surge também muito bem caracterizado no livro, e a verdade é que, cada um à sua maneira e embora provenham de meios sociais tão dispares, Violet e Ryder  sentem necessidade de uma mudança de curso nas suas vidas, que têm sido tudo menos funcionais.

Os protagonistas contarão com os obstáculos que lhes vão sendo lançados por diversos oponentes, estarão eles dispostos a mudar? Será a felicidade possível?

Sexy, emotivo, íntimo e dotado de um excelente ritmo narrativo. Uma série a acompanhar, pois queremos desvendar as histórias das restantes irmãs Fowlet.





terça-feira, 14 de junho de 2016

[Secção Criminal] "A Viúva", de Fiona Barton [Planeta]

Ficha Técnica:


Título: A Viúva


Autora: Fiona Barton


Editora: Planeta


Edição: Junho de 2016


Páginas: 360


Género: Thriller/Contemporâneo


Classificação atribuída no GoodReads: 5/5 estrelas


Crítica por Isabel Alexandra Almeida para o Blog Os Livros Nossos:

A Viúva é o romance de estreia de Fiona Barton, uma experiente e conceituada Jornalista Britânica que foi já nomeada Jornalista do ano pela British Press Awards.

Este thriller que agora chega ao público Português tem tudo o que é necessário para ser bem acolhido pelos leitores mais exigentes deste género literário que parece agora estar novamente bastante em voga.

A autora assume ter-se inspirado na sua experiência enquanto "observadora de formação", como a si própria de descreve na nota introdutória do livro, confessando que, na sua vida profissional, sempre se interessou pelo ângulo menos usual das histórias, nomeadamente, ponderando qual a perspectiva de quem convive com quem é acusado da pratica de um crime. Ora, a premissa inicial da narrativa é, precisamente, o que saberia a viúva de Glen Taylor, acusado de ser um monstro responsável pelo desaparecimento de uma criança.

Numa narrativa emocionante que se desenrola ao longo de cinquenta e quatro curtos capítulos, as personagens vão desfilando perante o leitor, num ritmo frenético, fazendo-o oscilar em permanente clima de tensão e de dúvida. 

A acção decorre entre 2006, data do início da investigação criminal pelo desaparecimento de uma criança - Bella Elliot - e 2010, no momento em que o seu alegado raptor e assassino - Glen Taylor - morre deixando a sua viúva - Jean Taylor, a braços com o torvelinho da imprensa gerado por este desaparecimento precoce. Todavia, a narrativa vai oscilando temporalmente, tendo início em 2010, mas ocorrendo diversas analepses que nos vão mostrando a evolução das personagens ao longo de quatro anos.

Os capítulos apresentam como título a personagem que, respectivamente, os protagoniza, nomeadamente, não referida pelo nome, mas com alguma ironia, pelo papel social desempenhado na história - " A viúva "(Jean Taylor); "A Jornalista" (Kate Waters); " O Detective" (Bob Sparkles) - que se assumem enquanto protagonistas, e no último terço da obra merecem cada um deles um capítulo "O marido" (Glen Taylor) e "A Mãe" (Dawn Elliot), correspondendo a narração, em cada capítulo, ao ângulo muito particular que cada personagem assume na economia da narrativa.

Dando especial destaque à Viúva, todos os capítulos em que Jean Taylor assume maior protagonismo são narrados na primeira pessoa, o que corresponde a uma inteligente forma de a autora conferir maior relevância a esta personagem que, aliás, dá o nome ao romance, mesmo no título da edição original que é precisamente The Widow e pode ser traduzido à letra, nada aqui se perdendo com a tradução.

Jean Taylor é uma mulher simples, da classe média, bonita, sem pretensões intelectuais, dona de casa e cabeleireira num pequeno salão de bairro, procurou realizar-se no casamento, tendo encontrado em Glen, o sedutor bancário bem vestido e bem falante, o que de mais próximo poderia sonhar em termos de príncipe encantado. Mas seria Glen um marido assim tão perfeito? E Jean será uma vítima ou uma cúmplice? Estamos perante uma mulher sofrida que se vê a braços com a pressão mediática e que esteve ao lado do marido enquanto este foi injustamente acusado de raptar a pequena Bella? Ou será Jean uma mulher perversa que premedita casa passo que dá neste drama?

Glen Taylor, inocente e injustiçado, ou um monstro sem coração?

Kate Waters, a jornalista encarregue de firmar um contrato com Jean, para conseguir vencer a concorrência obtendo as primeiras declarações da viúva que podem revelar-se bombásticas, representa toda a imprensa britânica e a sua competitividade na busca pelo furo jornalístico que pode marcar a diferença na acesa disputa entre concorrentes. Faz-nos pensar também no quão pouco inocente pode ser o papel da imprensa na cobertura de casos sensacionalistas e muito mediáticos, e faz-nos pensar sobre a ética dos media.

Bob Sparkles, o detective responsável pela investigação, mantém-se fiel ao seu objectivo, apenas poderá sentir-se bem consigo mesmo se descobrir toda a verdade sobre Bella, mas este propósito é por mero espírito de missão, ou por alguma vaidade pessoal?

Dawn Elliot, uma jovem mãe vulnerável e vítima das circunstâncias ou negligente?

Estas dúvidas, e muitas outras assaltam o leitor. Uma estrutura narrativa hábil, fascinante, com um perfeito retrato psicológico, social e sociológico tendo por base um caso mediático que, no fundo, é a soma de tantos e tantos casos reais com os quais a autora se deparou na sua vida de jornalista.

Realista, engenhoso, inteligente, escrito numa prosa madura e de leitura absolutamente compulsiva, um thriller que será, sem dúvida, um dos livros do ano! Só vai conseguir respirar fundo e descontrair quando virar a última página.





segunda-feira, 13 de junho de 2016

[Crítica contemporânea] "Envolvidos", de Emma Chase [Topseller]

Ficha Técnica:


Título: Envolvidos


Autora: Emma Chase


Editora: Topseller [Grupo 20/20]


Edição: Julho de 2014


Páginas: 256


Género: Romance contemporâneo/erótico





Crítica por Vanessa Martins para o Blog Os Livros Nossos:

Meninas corram já para a livraria mais próxima da vossa casa, porque este livro [Envolvidos] editado em Portugal pela Topseller foi um dos melhores que já li até hoje, sendo merecido o prémio RITA 2014 para Melhor Romance Erótico, atribuído à obra pela Associação Americana de Escritores de Romance.

Quando o comecei a ler nunca mais consegui parar, é um livro bastante divertido em que um homem descreve cada “pensamento e opinião” que tem sobre as mulheres que conquista nas suas noites de sábado (aquelas noites em que eles dizem que vão sair para descomprimir depois de horas e horas de trabalho durante os 5 dias da semana) e nada melhor que ler o que o Sr. Andrew Evans pensa.

É verdade com tanta conversa esqueci-me de vos apresentar o Sr. Drew Evans (ele não gosta que o tratem por Andrew, prefere que lhe chamem Drew, que é o diminutivo do seu  primeiro nome) é um homem que venceu no ramo dos investimentos financeiros, sempre vestido com o seu melhor fato e com o seu cabelo preto puxado para trás, o que lhe dá aquele ar profissional e ao mesmo tempo perigoso. Está habituado a ter todas as mulheres aos seus pés.

Num sábado à noite na melhor discoteca de Nova Iorque - “REM” - ele conhece uma mulher morena com cabelo cumprido, que veste um vestido preto de alças que lhe dá um ar bastante sexy e com classe. A mulher “misteriosa”, como ele lhe chama, desperta-lhe o interesse de imediato, mas mal sabe que esta lhe vai dar a volta à cabeça.

A mulher misteriosa é Katherine Brooks que foi contrata para trabalhar com Drew Evans na empresa de investimentos financeiros do seu pai, é um osso duro de roer, terminou o seu MBA recentemente e está disposta a dar o seu melhor no novo emprego, é determinada e ambiciosa.

A disputa entre estes dois por um cliente torna a parceria ainda mais picante. Será que Drew vai resistir ao charme e à inteligência desta mulher ou vai ser mais uma das suas conquistas de sábado à noite???

 Sabemos só que tudo começa quando Drew está em casa com “gripe” há sete dias. Será mesmo gripe ou é mais “mal de amores” ???

Hilariante e original, o livro leva-nos ao interior de uma mente masculina, permite-nos ver a evolução de uma interacção e possível relacionamento amoroso pelos olhos de um homem nada habituado a compromissos ou a quaisquer ligações que não sejam por si controladas.

Pois é meninas, este primeiro livro da série de Emma Chase conquistou-me, e vou querer seguir atentamente esta série. 





quinta-feira, 9 de junho de 2016

[Blog Blast & Giveaway] "Impredictable Love, by Jean Joachin [Book Obsessed Chicks - Media Partnership]

Would unpredictable love break Jory Walker’s heart?

[Book Blurb]:

Uh oh. Amber signed her sister’s name on a pen pal letter to a Marine. As usual, Jory Walker was stuck fixing her sister’s little white lie.   

When letters poured in from SSGT Trent Stevens in Afghanistan, Jory had no choice but to correspond. Sure he’d be drooling over Amber’s bikini photo, thinking it was Jory. Since they’d never meet, what harm could it do if she sent him a few letters?

Would her charade boomerang replacing happiness with pain? What started off as an innocent ruse, morphed into a monstrous web of deceit. Maybe unpredictable love was destined to break her heart.  

[Where to buy]:

AMAZON / BARNES & NOBLE / GOOGLEPLAY / ITUNES/APPLE /  KOBO

SMASHWORDS / AMAZON PAPERBACK / AMAZON CANADA / AMAZON U. K.

AMAZON AUSTRALIA

[Excerpt]:

With patience, she’d fitted them together to form the image of a man she could almost touch.
Sometimes, she’d reread three or four before turning out the light. She’d tacked his picture on the wall next to her bed. He was the last thing she saw before falling asleep and the first thing in the morning. Jory had planned to wind down the correspondence, but every day she eagerly awaited mail delivery, and a new peek into the mystery man who had inched his way into her heart.
Admitting she had feelings for SSGT Trent Stevens wouldn’t happen. Jory wasn’t some foolish schoolgirl with a crush on a handsome Marine. She was a grown woman, who had been shouldering the responsibilities of an adult since she was seventeen. Her head wouldn’t be turned by a few letters and some fancy words. She was above that. Or so she thought.

[The Author - Jean Joachin]:













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