Título: Entre o Agora e o Nunca
Autor: J. A. Redmerski
Editora: Presença
Colecção: Grandes Narrativas [nº 565]
Edição: Janeiro de 2014
Páginas: 464
P.V.P.: 18,80€
Saiba mais detalhes sobre esta obra AQUI
Crítica por Isabel Alexandra Almeida para o Blog Os Livros Nossos:
Entre o Agora e o Nunca, de J. A. Redmerski, é um romance contemporâneo que suscita aos leitores algumas reflexões acerca da forma como decidimos conduzir as nossas vidas, de forma mais ou menos conformista, em relação ao que impõem as regras do "politicamente correcto".
Os protagonistas são dois jovens - Camryn Bennett e Andrew Parrish - que travam conhecimento durante uma viagem sem destino concreto, por várias Estados dos Estados Unidos, em autocarros de longo curso.
Camryn é uma jovem de vinte anos que atravessa uma depressão, estando ainda muito presente a perda num trágico acidente do seu primeiro namorado. A mãe da jovem tenta também reconstruir a vida amorosa, após um divórcio.
A protagonista feminina do romance está, de algum modo, ainda em processo de construção da sua própria identidade, em busca de qual o melhor caminho que decidirá percorrer no futuro próximo e da estabilidade amorosa que também não se cruzou ainda no seu caminho, por força do destino.
Um conflito com a melhor amiga - Natalie - no qual se sente injustiçada, o facto de não sentir o recente emprego num grande armazém como fonte de realização pessoal, faz com que Camryn se sinta desenquadrada, e decide, num impulso, empreender uma viagem pelos Estados Unidos, sem destino certo.
A dado passo do caminho, Andrew Parrish cruza-se com Camryn. Andrew é um jovem atraente, divertido, um espírito livre, mas ao mesmo tempo, mantém uma certa aura de mistério. Cedo ambos começam a aproximar-se, e em pouco tempo surge entre ambos uma cumplicidade inesperada, que levará cada um deles a quebrar barreiras psicológicas e a avançar, ainda que a medo, para auto-revelações.
Algo de muito forte ao nível emocional e físico desponta entre o casal, e Camryn descobre toda uma nova perspectiva de vivência da vida de forma livre, flexível, e deixando para trás alguns temores e preconceitos em relação à intimidade e ao sexo.
As personagens mostram-se bastante densas, e conseguimos ter acesso ao seu mundo interno através de deliciosos diálogos que nos fazem sentir estarmos a invadir a esfera privada dos dois, como se também nós leitores tivéssemos o pleno direito de nos assumirmos como espectadores das suas vidas.
As emoções atravessam as páginas do livro, e são de molde a fazer-nos rir, sorrir, ou mesmo ficar à beira das lágrimas.
De um modo particularmente sensível, e no ritmo certo, é visível o nascimento de uma relação amorosa entre os protagonistas.
Também a sensualidade e o erotismo não estão, de todo, arredados da trama, ainda que de modo natural, cúmplice e até mesmo divertido. O romantismo também reina. E a leitura flui rapidamente, até que, quase sem darmos por isso, chegamos ao final, não imunes ao peso de alguns twists e revelações bombásticas que podem mesmo deitar a perder a hipótese de um futuro em comum para Camryn e Andrew, duas pessoas longe da perfeição, mas que talvez por isso mesmo, geram forte empatia junto do leitor.
Uma excelente escolha editorial, cuja leitura recomendamos sem qualquer hesitação.
Os protagonistas são dois jovens - Camryn Bennett e Andrew Parrish - que travam conhecimento durante uma viagem sem destino concreto, por várias Estados dos Estados Unidos, em autocarros de longo curso.
Camryn é uma jovem de vinte anos que atravessa uma depressão, estando ainda muito presente a perda num trágico acidente do seu primeiro namorado. A mãe da jovem tenta também reconstruir a vida amorosa, após um divórcio.
A protagonista feminina do romance está, de algum modo, ainda em processo de construção da sua própria identidade, em busca de qual o melhor caminho que decidirá percorrer no futuro próximo e da estabilidade amorosa que também não se cruzou ainda no seu caminho, por força do destino.
Um conflito com a melhor amiga - Natalie - no qual se sente injustiçada, o facto de não sentir o recente emprego num grande armazém como fonte de realização pessoal, faz com que Camryn se sinta desenquadrada, e decide, num impulso, empreender uma viagem pelos Estados Unidos, sem destino certo.
A dado passo do caminho, Andrew Parrish cruza-se com Camryn. Andrew é um jovem atraente, divertido, um espírito livre, mas ao mesmo tempo, mantém uma certa aura de mistério. Cedo ambos começam a aproximar-se, e em pouco tempo surge entre ambos uma cumplicidade inesperada, que levará cada um deles a quebrar barreiras psicológicas e a avançar, ainda que a medo, para auto-revelações.
Algo de muito forte ao nível emocional e físico desponta entre o casal, e Camryn descobre toda uma nova perspectiva de vivência da vida de forma livre, flexível, e deixando para trás alguns temores e preconceitos em relação à intimidade e ao sexo.
As personagens mostram-se bastante densas, e conseguimos ter acesso ao seu mundo interno através de deliciosos diálogos que nos fazem sentir estarmos a invadir a esfera privada dos dois, como se também nós leitores tivéssemos o pleno direito de nos assumirmos como espectadores das suas vidas.
As emoções atravessam as páginas do livro, e são de molde a fazer-nos rir, sorrir, ou mesmo ficar à beira das lágrimas.
De um modo particularmente sensível, e no ritmo certo, é visível o nascimento de uma relação amorosa entre os protagonistas.
Também a sensualidade e o erotismo não estão, de todo, arredados da trama, ainda que de modo natural, cúmplice e até mesmo divertido. O romantismo também reina. E a leitura flui rapidamente, até que, quase sem darmos por isso, chegamos ao final, não imunes ao peso de alguns twists e revelações bombásticas que podem mesmo deitar a perder a hipótese de um futuro em comum para Camryn e Andrew, duas pessoas longe da perfeição, mas que talvez por isso mesmo, geram forte empatia junto do leitor.
Uma excelente escolha editorial, cuja leitura recomendamos sem qualquer hesitação.
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