terça-feira, 30 de abril de 2013

[Opinião] " A Casa Vermelha", de Mark Haddon [Editorial Presença]


Título: A Casa Vermelha 

Autor: Mark Haddon

Colecção: Grandes Narrativas

Edição: Abril de 2013

Editora: Editorial Presença [aqui]

Para mais informações sobre a obra visite o site da Presença aqui

Crítica Por: Isabel Alexandra Almeida / Blog Os Livros Nossos:


   A Casa Vermelha, de Mark Haddon, é um romance contemporâneo bastante original e de inegável qualidade literária, que nos leva a conhecer bem de perto dois núcleos familiares interligados que se cruzam durante umas férias que duram apenas uma semana, mas que nos permitem conhecer toda a complexidade dos laços familiares.

   Richard, um médico bem sucedido, contrai novo casamento com Louise, uma mulher moderna, atraente, que traz para o novo núcleo familiar a irreverente Melissa, a sua filha adolescente, uma rebelde por natureza, que se revela arrogante, desafiadora e que é afinal uma adolescente marcada pela separação dos pais, vendo-se envolvida em contextos escolares de maus tratos entre jovens, também eles com percursos perturbados que os arrastam para a condição de vítimas e agressores entre pares.

    Procurando aproximar-se da irmã - Angela - de quem se encontrava afastado emocionalmente há largo tempo, Richard convida a irmã, o marido desta - Dominic, um homem que procura encontrar o seu lugar na família, lutando  por afastar o peso de uma relação extra-conjugal que lamenta - e os filhos do casal e sobrinhos de Richard: Benjy - um menino frágil, com problemas de dicção e indícios de perturbação psicológica, pelo facto de se isolar e de procurar a representação de violência habitual nas suas brincadeiras, revelando também interesses algo bizarros, por vezes; Alex - um adolescente já quase adulto, desportista, em nítida construção da sua identidade pessoal, com a necessidade premente de cortar o cordão umbilical, mas sem deixar de assumir o papel de protecção da família, ao sentir que a mãe está fragilizada, que o irmão mais novo precisa de protecção e apoio, e que tenta afirmar-se como chefe alternativo da família, ao ver no pai Dominic uma nítida inaptidão para tais responsabilidades; e a Jovem Daisy, que procura na religião a fuga para as suas dúvidas mais profundas sobre aquilo que realmente deseja em termos emocionais e sexuais, querendo negar a si mesma o seu interesse por membros do mesmo sexo, por considerar que tal vai contra os princípios religiosos que entretanto abraçou.

   Numa alusão que oscila entre o luto de Angela pela perda da filha recém nascida Kate, e a hipótese de uma presença sobrenatural, surgem também menções a Kate, com o aspecto físico que teria se fosse viva, mas com referências à sua presença fantasmagórica, e a verdade é que o fantasma de Kate assombra o núcleo familiar de Angela e Dominic, senão enquanto presença sobrenatural, ao menos metaforicamente e em termos psicológicos, pois a mãe não conseguiu ultrapassar ainda tão dura perda, não fez o luto, tendo descuidado o seu aspecto, perdido auto-estima, deitado a perder uma relação de envolvência relacional e familiar plena com o marido e com os filhos, e com o seu irmão Richard.

   É interessante assistir à evolução de conflitos familiares durante uma semana de férias em que cada uma das nossas personagens se confronta com as perdas, medos e angústias do passado e do presente, e acaba por ser fascinante para o leitor saborear os momentos de interacção das personagens, alternados com os seus trajectos íntimos, como se entrássemos nas suas mentes como que dotados de especiais poderes que nos permitissem desvendar sem limites a mente humana.

   Trata-se de uma obra literária, com uma linguagem cuidada, cuja leitura requer concentração, e que faz pensar sobre escolhas, decisões e como os mais variados contextos podem ter consequências na nossa vida.

  Muito interessante é a referência ao passado dos dois irmãos - Richard e Angela, ambos oriundos de uma família disfuncional, com pais alcoólicos, que tentaram cada um à sua maneira, reagir a tal obstáculo, Richard refugiando-se nos estudos e numa carreira de sucesso (que vê agora perigada por uma acusação de negligência médica) e Angela investindo na criação de uma família sua, que sonhava estável, feliz e unida, mas que tem de vencer bastantes dificuldades, tanto relacionais como até mesmo ao nível financeiro.

 Um retrato brilhante da mente humana, pintado com indiscutível mestria pelo punho de Mark Haddon.

Recomendamos sem reservas esta leitura. Nota Máxima!









terça-feira, 23 de abril de 2013

[Renda & Saltos Altos] "Vertigem de Paixão", de Elizabeth Hoyt [Quinta Essência]




Autora. Elizabeth Hoyt

Edição: Abril de 2013

Editora: Quinta Essência

Páginas: 372

Preço: 15,50 €


Crítica por: Isabel Alexandra Almeida /Blog Os Livros Nossos:

   Vertigem de Paixão é o segundo livro da Série " A Lenda dos Quatro Cavaleiros", de Elizabeth Hoyt, tendo já sido publicado o primeiro Livro  O Sabor da Tentação, também com chancela da Quinta Essência.

    Merecidamente, o romance histórico de Elizabeth Hoyt agora editado em Portugal, foi um dos finalistas do RITA awards de 2009, e não é caso para menos, já que se trata de uma obra que conjuga na perfeição tudo aquilo que as leitoras mais exigentes procuram numa obra deste género [romance histórico sensual].

   As personagens centrais deste romance são Melisande Fleming, uma jovem que ama em segredo o misterioso mas atormentado Jasper Renshaw - Visconde de Vale, e que, aproveitando a oportunidade, ousa pedir o seu amado em casamento, quando este acaba de se ver abandonado no altar pela noiva [Que o troca por um membro do Clero]. Vale aceita a atrevida e pouco convencional proposta da Jovem dama, e os protagonistas casam-se, dando assim início à intriga neste romance.

  A par da narração da história de amor entre os dois protagonistas, o leitor vai também assistindo ao desenrolar de uma complexa intriga política, já que Vale suspeita seriamente que há um traidor no seu regimento, responsável por um grave massacre entre as tropas Inglesas no Canadá.

  Profundamente marcado pela Guerra, com traumas que ainda hoje o perseguem, Vale viu morrer companheiros de armas, e tem como missão descobrir o responsável pelo massacre, será que vai ser bem sucedido?

   Melisande e Vale vão executando um divertido e complexo jogo de sedução [já após estarem casados, o que é algo inusitado], mas ambos escondem segredos dolorosos nos respectivos percursos de vida. O jovem casal vai querer, a todo o custo, esconder do parceiro tais segredos, consegui-lo-ão? 

  Se Vale deseja ocultar da esposa os terrores da Guerra, e os medos que ainda transporta consigo, Melisande não teme entregar ao marido o seu corpo, o vívido desejo que a consome [e que o marido se surpreende a descobrir e retribuir], mas receia revelar os seus profundos sentimentos para com Vale, procurando assim, evitar desilusões futuras.

  O Visconde vai assistindo, deslumbrado, ao desabrochar da sensualidade da sua esposa, de dia uma perfeita dama de sociedade, e à noite, no leito conjugal, uma mulher que se revela totalmente desinibida entre lençóis.

  Mas podem os dois apaixonados encontrar a paz que, no seu íntimo desejam? E quem será que está disposto a matar para impedir Vale de descobrir o que se passou no Canadá com as suas tropas?

  Será o cientista Sir Alistair, a residir em Edimburgo, a pessoa capaz de dar a Jasper a chave de tão trágico mistério?

  Em paralelo, tomamos também contacto com a vivência dos criados pessoais dos Viscondes de Vale, num retrato social bastante bem conseguido, vemos o dia a dia e a fidelidade demonstrada por Mr. Pynch, e Sally [respectivamente, criados pessoais do Visconde e Viscondessa de Vale] para com os seus senhores, enquanto entre ambos os subordinados nasce também uma deliciosa e crescente cumplicidade que poderá transformar-se em algo mais profundo.

  Não faltam também, no espaço social da acção, os divertimentos próprios da alta sociedade Londrina - Bailes de Máscaras, saraus, Chás - eventos que constituem boas oportunidades para ver e ser visto em sociedade.

   Uma obra bastante elaborada, com história, amor, ternura, sensualidade, traição, intriga política, perigo e acção, que conta também com surpreendentes twists que conferem o desejado dinamismo à narrativa, numa linguagem acessível e fluída, mas que respeita os vários contextos e espaços narrativos das personagens. 

Gostei e recomendo esta leitura!




[Passatempo] Vertigem de Paixão - Dia Mundial do Livro 2013 [Quinta Essência]


   Para assinalar uma data especial e cara a todos os leitores, o Blog Os Livros Nossos, com o sempre prestável apoio da Quinta Essência, vai sortear um exemplar da obra Vertigem de Paixão, de Elizabeth Hoyt, entre os seus leitores e amigos.




[Passatempo Especial - Dia Mundial do Livro 2013]

Regras do passatempo

- O passatempo decorrerá entre 23.04.2013 e as 23 horas e 59 Minutos do dia  04.05.2013.
- Será sorteado um exemplar do livro entre todas as participações validadas, através do site random.org
- Passatempo Válido para todo o território Português.
- Para concorrer, basta preencher correctamente o formulário abaixo.
- O livro será remetido ao vencedor pela Editora, a editora e a a administração do blog Os Livros Nossos não se responsabilizam por eventuais atrasos ou extravios no sistema postal.






[Novos Livros] Novidades de Maio [Quinta Essência]

Olá a todos os nossos leitores!

Para prepararmos as nossas agendas literárias do próximo mês, e como forma de assinalar o Dia Mundial do Livro [hoje dia 23 de Abril], nada mais agradável do que espreitar que surpresas nos reserva a Quinta Essência para o mês de Maio.

Quem vai resistir a espreitar?

[1] Todos os Teus Beijos - Laura Lee Guhrke



Edição: Maio de 2013

Páginas: 336

Autora: Laura Lee Guhrke

Lançamento: 14 de Maio

Preço: 16,70 €

Preço C/ Desconto - Livraria Online Os Livros Nossos 15,03€


Sinopse:

   Todos conhecem Dylan Moore - o seu brilhante talento e a sua busca pelo prazer - mas ninguém sabe o tormento que esconde. Apenas uma mulher se apercebe da força que impele a alma de Dylan, uma mulher que o persegue em sonhos e desperta nele paixões que nenhuma outra despertou. Desgraçada e agora muito pobre, Grace Cheval nada quer ter com o sedutor que a deseja. Quando Dylan lhe oferece o emprego de precetora para a filha que há pouco encontrou, sabe que as suas intenções não são honradas. Porém, é-lhe difícil resistir a este homem tão carismático e devolve-lhe os beijos apaixonados com todo o ardor. Atrever-se-á Dylan a esperar que esta beldade orgulhosa e intrépida derreta o gelo que envolve o seu coração?


[2] Anna e o Beijo Francês - Stephanie Perkins




Edição: Maio de 2013

Páginas: 288

Autora: Stephanie Perkins

Lançamento: 7 de Maio

Preço: 14,90 €

Preço C/ Desconto - Livraria Leyaonline Os Livros Nossos 13,41€

Sinopse:

   Anna Oliphant tem grandes planos para o seu último ano em Atlanta: sair com a melhor amiga, Bridgette, e namoriscar com um colega no cinema onde trabalha. Por conseguinte, não fica muito contente quando o pai a envia para um colégio interno em Paris. As coisas começam a melhorar quando ela conhece Étienne St. Clair, um rapaz deslumbrante - que tem namorada. Ele e Anna tornam-se grandes amigos e as coisas ficam infinitamente mais complicadas. Irá Anna conseguir um beijo francês? Ou algumas coisas não estão destinadas a acontecer?




[3]  Perfume de Jasmim - Jude Deveraux








Edição: Maio de 2013

Páginas: 364

Autora: Jude Deveraux

Lançamento: 7 de Maio

Preço: 16,90 €

Preço C/ Desconto - Livraria Leyaonline Os Livros Nossos - 15,21 €


Sinopse:

   Charleston, 1799: Catherine Edilean Harcourt não tem falta de pretendentes na Virginia, e espera realizar o seu sonho de casar e ter uma família. Mas o espírito aventureiro do Cay é despertado ao visitar o seu padrinho na Carolina do Sul. Acamado com uma perna partida, ele pede a Cay que o substitua numa missão urgente: a caminho de um baile de máscaras, ela deve entregar um cavalo selado ao filho de um velho amigo... que por acaso também é um fugitivo acusado de assassinar a mulher! Cay concorda com o plano, que não corre nada como planeado... e encontra-se em fuga com Alexander McDowell. Embora devesse temê-lo, Cay sente-se atraída para Alex e convence-se da sua inocência enquanto procuram refúgio nos Everglades da Florida. Será que confiar nele vai ser o pior erro da sua vida? Ou apaixonarem-se será a salvação que ambos procuravam?








sexta-feira, 19 de abril de 2013

[Opinião] "Assuntos domésticos", Eileen Goudge




Autora: Eileen Goudge

Título: "Assuntos domésticos"

Editora: Contraponto [Grupo Bertrand-Círculo]
1ª Edição: Novembro de 2009
Páginas: 415


Crítica por: Cátia Correia /Blog Os Livros Nossos

    Estreia com a autora Eileen Goudge, de quem já tinha ouvido falar muito bem.. esta é mais uma grande autora de sucesso de best-sellers do New York Times, sendo bastante querida entre milhões de leitores em mais de 25 paises. Assuntos domésticos é o seu último livro lançado em Portugal.

   Bom agora que o terminei, limpo a lágrima ao canto do olho, é realmente um livro muito bonito e ternurento, com uma vez que pode ser bastante verídica. A escritora escreve de forma a prender-nos às palavras e nem damos conta das páginas a passar, apesar da ultrapassar as 400 páginas é um livro que se lê facilmente e confortavelmente, bastante leve e até divertido em algumas partes.

  A história inicia-se com um episódio em prólogo datado de 1982, uma mansão na Geórgia, um casal socialmente feliz com dois filhos gémeos - Lila e Vaughn, a juntar à história temos uma governanta dedicada que praticamente é mãe das crianças e zela pelo bem estar de todos, esta tem também uma filha - Abigail. As crianças crescem juntas como irmãos, felizes e unidos, até ao dia em que o casamento supostamente feliz se desmorona com uma descoberta por parte da patroa, e a governanta e a sua filha Abigail com 16 anos, são expulsas da propriedade, acusadas de roubo, sem se poderem defender. Abigail implorou à sua grande amiga Lila que as ajudasse, mas tal não aconteceu.

   Viajamos então até à acção presente, cidade de Nova Iorque, tanto Lila como Abigail são duas personagens da alta sociedade, Lila porque fez um bom casamento e foi circulando nos mesmos meios sociais que os pais, e Abigail porque conquistou tudo e todos com muito esforço e trabalho, sendo actualmente proprietária da sua empresa. Vaughn, esse dedicou-se às viagens à volta do globo, trabalhando na realização de documentários, ao longo dos primeiros anos foi ele o único a manter um ténue contacto com Abby durante uma adolescência sofrida por ela, através de cartas, coisa que não aconteceu entre Lila e Abigail.

   A par da acção na actualidade, o livro divide-se ainda em outra história, esta passada em Las Cruces, no México, onde está situada uma fábrica de produção da empresa de Abby, que dá lugar a dezenas de trabalhadoras, nomeadamente a Concépcion e à sua filha Milagros, que ambiona ir para os EUA, encontrar o marido que já lá se encontra e ter uma vida melhor.

Este livro mostra-nos e é um exemplo perfeito do sentimento de amargura, desejo de vingança, humildade e enfim, sobre as voltas que a vida dá.. Lila, sofre acontecimentos na sua vida que a levam a ficar sem nada, recorrendo a tudo e todos e esgotando todos os recursos, recorre à última pessoa que imaginou: Abigail. Esta, revoltada com o passado, aceita a amiga, mas humilha-a e rebaixa-a, julgando que isso a fará sentir-se melhor, reforçando a sua frieza e amargura de um coração frio.

Cabe a Vaughn, que volta com uma doença julgada terminal, dar consolo à irmã Lila, e despertar o calor dos sentimentos e emoções esquecidas em Abigail. Junta-se a isto os filhos de Lila e Abigail, um marido infiel, um jardineiro afegão e uma mãe mexicana desolada por perder a sua filha num incêndio na fábrica.

Como disse no inicio, é um livro muito bom, em que no fim prevalecem os sentimentos genuínos  como o amor, amizade e partilha. É dificil de dizer mais sem revelar a história, portanto, aconselho a lerem, prometo que gostar é garantido!






sábado, 13 de abril de 2013

[Traveling Abroad] Interview with Author Grace Burrowes

   And the section Traveling Abroad is about to start, our first special guest will be Grace Burrowes. Author of seldom Historical Novels, but also a former Technical writer and editor, and still a Lawyer working in the conflict management area.
A passionate reader, and a very passionate writer. Come and met Grace Burrowes.
 
 
Visit Grace´s website [Visite o site]
 
 
 

INTERVIEW  With Author Grace Burrowes
Interviewer: Isabel Alexandra Almeida - Blog Our Books [Portugal]

[Our Books]:Grace, you write historical novels, what lead you to choose this specific literary genre?

[Grace Burrowes]:I started reading romance novels when I was a teenager, and back then (35 years ago), historical romance was all that was available. It’s what I know best, and what I love most.

[Our Books] :You started as technical writer and editor, and later you took a law degree and worked at private law practice in the conflict management area, what made you do such a transition in your career, what motivated you to become a writer?

[Grace Burrowes]:Writing was something I always enjoyed, and before I could write cursive I kept a journal. Right out of college, I wrote music reviews for The Washington Post, and occasionally, I’d have an article or letter to the editor published in a magazine. I gradually became aware that writing was hard for some people, but by contrast, something I needed to do. The idea of writing a novel was a frolic, a lark, something do for fun, and it’s still fun.

[Our Books]: Do you believe that before becoming a writer it is important to be a good reader? What can we learn from reading good authors?

[Grace Burrowes]:I don’t know how one could love to write, and not also be a passionate reader. Nora Roberts says you must read books to write books, and I think reading gave me a lot of passive knowledge. I’d clarify though: In the best books, it’s hard to figure out how all the craft and art are blending to create a wonderful story. In the bad books, it’s easier to see how the author missed the mark, and that’s helpful.

[Our Books]:What are some of your favourite authors, as a reader?

[Grace Burrowes]: Mary Balogh, Joanna Bourne, Carolyn Jewel, Meredith Duran, Judith Ivory, Julie Anne Long, JR Ward. Loretta Chase, Eloisa James… so many good writers!

[Our Books]:Do you have a strict writing routine?

[Grace Burrowes]: No, I do not. I prefer to write new material first thing in the day, but some days I must go tend to lawyer tasks, and writing isn’t an option. Often, I have big plans to write, but then I open a document in revisions, and I end up tending to that instead. My routine is very flexible.                         

[Our Books]Can you tell us how do you start your writing process? Do you outline the story and the characters at first? Has your previous experience as editor helped you in this “adventure” of writing?

[Grace Burrowes]: I’m not sure the way I write even qualifies as a “process.” I get an opening line, an image of a character in my head, and often, that’s all I have when I start the first scene. If I can grab onto what that character’s defining wound is, more of the drama comes to me, and pretty soon, more characters show up, and they have issues to resolve as well. Writing a romance, the scene where the hero and heroine meet is always interesting, and sometimes—if I’m lucky—that’s what my imagination comes up with first. I’m grateful for any little nibble, because it all contributes to creating a book.

[Our Books]: How long do you take to complete  a novel? How do you do the research work? What do you like the most in your work?

[Grace Burrowes]: I have written a rough draft in as little as six weeks, but it’s a ROUGH draft, and requires many iterations before it’s worth presenting to an editor. Ideally, I need another six months at least to polish that draft before I’m becoming happy with it.

[Our Books]:As an author, what do you consider to be the main challenges in this occupation?

[Grace Burrowes]: I’d say there are two. First, an creative endeavour is subjective, and that means there are many people whom my books will not satisfy. That’s hard, but one accepts this. What’s harder is how mean some people are in their judgment of a book that doesn’t work for them. Instead of accepting that personal preference is at work, they must attack the author, and find fault, when little fault (or sometimes no fault) exists. It’s fine to not like a book—I’m a very fussy reader myself—but it is not fine at all to attack an author personally, ridicule, make fun, and disparage a work simply because it lacks appeal to one person.

[Our Books]: Among all the books you have written so far, which one do you prefer and why is it so?

[Grace Burrowes]:  I’m always most involved with whatever book I’m working on now, and it’s impossible to chose a favourite. Every book has a piece of my heart.

[Our Books]:What messages and/or values do you try to convey through your writing?

[Grace Burrowes]: I think the abiding theme of the romance genre is that love will make us whole, and when we’re whole, we live a life of courage, from the heart, rather than a life of fear and limitation.

[Our Books]: What  would you say to someone who asked you some advice about becoming a published author nowadays?

[Grace Burrowes]: Go for it! There have never been more ways to get published, more ways to reach readers, more ways to present your material. Literacy is on the increase, and the world will never have enough good, well told stories.
 
Grace´s newest novel - Darius
 
 

Some of Grace Burrowes Novels - Gift from the author


We thank Grace Burrowes for accpeting our invitation to celebrate our first anniversary, she kindly helped us with two books for a giveaway, and eight new books for the blog library. Thank you so much to show your work to Portuguese readers.
 
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Entrevista Traduzida com a autora Grace Burrowes:
 

[Os Livros Nossos]: Grace, escreve romances históricos, o que a levou a escolher este género literário específico?
[Grace Burrowes]: Comecei a ler romances, quando  era adolescente, e naquela época (há 35 anos atrás), o romance histórico era o que estava disponível. É o que eu melhor  conheço, e o género de que mais gosto.
[Os Livros Nossos]: Começou como escritora técnica e editora, depois formou-se em Direito e trabalhou nesta área por conta própria, na área de gestão de conflitos, como se deu esta  transição na sua carreira, o que a motivou a tornar-se escritora?
[Grace Burrowes]: A escrita é algo  de que sempre gostei, e ainda antes de  conseguir escrever em cursivo correctamente eu ​​mantinha um diário. Após terminar os estudos Universitários, escrevi opiniões sobre  música para o Washington Post, e, ocasionalmente, eu tinha um artigo ou carta ao editor publicados numa revista. Gradualmente, tornei-me consciente de que a escrita era algo difícil para algumas pessoas, mas era para mim uma necessidade. A ideia de escrever um romance era uma brincadeira, um passatempo, algo a fazer por divertimento, e ainda é divertido.
[Os Livros Nossos]: Você acredita que antes de se tornar um escritor é importante ser um bom leitor? O que podemos aprender com a leitura de bons autores?
[Grace Burrowes]: Eu não sei como alguém poderia adorar escrever, e não ser também um leitor apaixonado. Nora Roberts diz que se deve ler livros para escrever livros, e eu acho que a leitura me transmitiu um imenso conhecimento passivo.Clarificando melhor: Nos melhores livros é difícil difícil descortinar como a arte e o trabalho são conjugados para criar uma história maravilhosa. Nos livros maus, é fácil ver onde o autor falhou o alvo, e isso é útil.
[Os Livros Nossos]: Quais são alguns dos seus autores favoritos, enquanto leitora?
[Grace Burrowes]: Mary Balogh, Joanna Bourne, Carolyn Jewel, Meredith Duran, Judith Marfim, Julie Anne Long, JR Ward. Loretta Chase, Eloisa James ... tantos bons escritores!
[Os Livros Nossos]: Você tem uma rotina rígida de escrita?
[Grace Burrowes]:  Não, não tenho. Eu prefiro escrever material novo logo pela manhã, mas em alguns dias tenho de realizar as minha tarefas enquanto Advogada, e escrever não é opção. Muitas vezes eu tenho grandes planos para escrever, e então abro um documento em revisão e acabo por ficar a trabalhar nesse documento. A minha rotina é muito flexível.
[Os Livros Nossos]: Pode dizer-nos como inicia  o seu processo de escrita? Começa por delinear a história e os personagens em primeiro lugar? A sua experiência anterior como editora ajudou-a nesta "aventura" da escrita?
[Grace Burrowes]: Eu nem tenho a certeza de que a forma como eu escrevo pode ser qualificada como um “processo”. Obtenho uma linha inicial, uma imagem ou uma personagem na minha mente, e muitas vezes é tudo o que eu tenho quando começo a primeira cena. Se eu consigo captar a ferida definidora da personagem, mais detalhes da história me ocorrem, e muito em breve, mais personagens aparecem, e também elas terão assuntos a resolver. Escrever um romance, uma cena onde herói e heroína se conhecem é sempre interessante, e por vezes, se eu estiver com sorte, é isto que a imaginação começa por me trazer. Fico grata por qualquer pormenor, porque tudo contribui para a criação de um livro.
[Os Livros Nossos]: Quanto tempo você leva para concluir um romance? Como é que  faz o trabalho de pesquisa? O que mais gosta no seu trabalho?
[Grace Burrowes]: Já escrevi um rascunho num curto espaço de seis semanas, mas é um rascunho em bruto , e requer muitas alterações antes que mereça a pena apresentá-lo  a um editor. Idealmente, eu preciso de mais seis meses, no mínimo, para afinar o rascunho, antes que fique feliz com o mesmo.
[Os Livros Nossos]:  Como autora, quais considera  os principais desafios nesta ocupação?
[Grace Burrowes]: Eu diria que há dois. Primeiro, um esforço criativo é subjetivo, e isso significa que há muitas pessoas às quais os meus livros não vão agradar. Isso é complicado, mas aceita-se. O que é mais duro é quão maldosas as pessoas conseguem ser ao fazerem julgamentos sobre um livro do qual não tenham gostado. Em vez de aceitarem que se trata de uma situação de gosto pessoal ou preferência, têm de atacar o autor, e encontrar uma falta, quando por vezes há pouca ou nenhuma falha. Está certo não gostar de um livro – eu própria sou uma leitora exigente – mas não é, de todo, correcto atacar pessoalmente um autor, ridicularizar, fazer troça ou menosprezar um trabalho, simplesmente porque este não é apelativo para alguém.
[Os Livros Nossos]: De entre todo os livros que  escreveu até agora, qual deles é o que prefere, e porquê?
[Grace Burrowes]:  Eu estou sempre mais envolvida com qualquer livro  em que esteja a trabalhar no momento presente. É impossível escolher um favorito. Cada livro tem um pedaço do meu coração.
[Os Livros Nossos]: Que mensagens e / ou valores tenta transmitir através de sua escrita?
[Grace Burrowes]: Acho que o tema chave do género romance é o de que o amor nos fará um todo, e quando nos transformamos num todo, vivemos uma vida de coragem, com o coração, em vez de uma vida de medo e limitação.
[Os Livros Nossos]: O que diria a alguém que solicitasse alguns conselhos sobre como se tornar um autor publicado nos dias de hoje?
[Grace Burrowes]: Vá em frente! Nunca houve tantas formas de se ser publicado, mais formas de alcançar os leitores, mais formas de apresentar o seu material. A alfabetização está a aumentar, e o mundo nunca terá histórias boas e bem contadas em quantidade suficiente.


 
 

quarta-feira, 10 de abril de 2013

[Passatempo] " A Casa Vermelha", de Mark Haddon [Editorial Presença]


RESULTADO - PASSATEMPO "A CASA VERMELHA"


Com o apoio da Editorial Presença sorteamos entre os nossos leitores um exemplar da obra "A Casa Vermelha", de Mark Haddon.

Tivemos 74 participações válidas, e sem mais delongas, anunciemos o vencedor:

* Ana Barbosa [...] Carvalhosa [nº 60]

O livro será remetido pela Editora para esta nossa leitora. Parabéns à vencedora e o nosso obrigado a todos os participantes e à Editorial Presença.

terça-feira, 9 de abril de 2013

[Novos Livros] " A Casa Vermelha", de Mark Haddon [Editorial Presença]


[Divulgação - Editorial Presença-Abril]

Título: A Casa Vermelha

Autor: Mark Haddon

Título Original: The  Red House

Tradução: Maria João Freire de Andrade

Páginas: 288

Colecção: Grandes Narrativas, n.º 546

Data de Publicação: 2 de Abril de 2013

Preço: 16,90€



NOVO LIVRO DO AUTOR DO BESTSELLER MUNDIAL
O ESTRANHO CASO DO CÃO MORTO

Livro traduzido em 11 países

[Sinopse]:

Este novo romance de Mark Haddon é a evocação magistral de uma família problemática que tenta reatar os laços que o tempo foi afrouxando. Richard, recém-casado em segundas núpcias, decide reaproximar-se da irmã, Angela, e convida-a, e à família, a passar uma semana de férias numa casa que alugou junto da fronteira galesa. Mas, quando os oito elementos da família se reúnem na tranquila paisagem de campo, as inquietações, os segredos e as crises latentes em cada um deles irrompem com inesperada violência a superfície da normalidade. Uma abordagem única da vida familiar e das relações humanas.

[O Autor]:

Mark Haddon nasceu em Northampton, em 1962. É escritor, argumentista, ilustrador e cartoonista, e foi distinguido com dois BAFTAs e um prémio atribuído pela Royal Television Society pela coautoria de uma série infantil. Começou por escrever livros infanto-juvenis, com 15 títulos publicados.  O seu romance de estreia na literatura para adultos - O Estranho Caso do Cão Morto foi um bestseller em todo o mundo e recebeu 17 prémios literários, entre os quais o Whitbread Book of the Year Award (atualmente designado Costa Book Award) e o British Book Award. A Presença publicou dois outros títulos de Mark Haddon – Um Pequeno Inconveniente e Bum!

GÉNERO: Ficção e Literatura/Romance Contemporâneo


[A OBRA NA IMPRENSA ESTRANGEIRA]:

«A Casa Vermelha mostra que Haddon é um autor capaz de alcançar mais do que apenas um sucesso estrondoso: é um verdadeiro romancista, e veio para ficar.»
Spectator

«Mark Haddon é assombrosamente talentoso.»
Times (UK)

«Um romance particularmente revigorante e genuíno.»
The Oprah Magazine 


Para mais informações, consulte  o site da Editorial Presença aqui





Fonte: Editorial Presença