Autora: Cheryl Holt
Título: Ligações Proibidas
Título Original: Love Lessons
Editora: Quinta Essência [Grupo Leya]
Edição: Agosto de 2011
Preço: 15,50 €
Páginas: 383
Sinopse:
Uma solteirona resoluta de vinte e cinco anos, Abigail Weston, está determinada
em ver a irmã mais nova casada com um homem Bem. Contudo, a sua falta de
experiência com o sexo oposto impede-a de apaziguar os medos da irmã em relação
à noite de núpcias, a não ser que se atreva a dar um passo arriscado de forma a
aprender o que a intimidade entre um homem e uma mulher implica. No entanto, o
único homem em Londres qualificado para ensiná-la, desperta-lhe uma atenção que
ela nunca esperou experimentar todos os suspiros de prazer por si própria...
James Stevens rico, imoral e tremendamente aborrecido com a sociedade londrina
acredita que nada é capaz de chocá-lo. Apesar de o pedido de Abigail pela
explicação verbal dos prazeres da carne ser um pouco surpreendente, o que o
deixa realmente espantado é a sua reacção poderosa em relação à inocência e
beleza dela. Uma química sexual entre eles faz com que surja um êxtase carnal, e
nada mais arruinaria para sempre Abigail. Pela primeira vez na vida, James
suspeita que o simples contacto físico empalidece o amor verdadeiro...
Crítica/Opinião por: Isabel Alexandra Almeida/Blog Os Livros Nossos:
Ligações Proibidas é o segundo romance histórico sensual da autora Cheryl Holt publicado em Portugal pela Quinta Essência.
Mais uma vez, Cheryl Holt não desaponta, trazendo-nos uma narrativa bem atrevida num estilo fluído e envolvente a que já nos havia habituado com Noites de Paixão, sendo obras de leitura compulsiva, que deixam leitor sempre expectante e ansioso por ir avançando pelas páginas, até ao desenlace final.
A acção passa-se em Londres, no ano de 1812, e temos como personagens centrais a bela, ingénua e determinada Abigail Weston, e o sedutor e devasso James Stevens, que irão cruzar-se por iniciativa de Abigail, a qual pretende ter com este lições teóricas dos prazeres carnais, com vista a ficar apta a transmitir tais conhecimentos à sua irmã mais nova Caroline, que irá ser apresentada à sociedade com o propósito de encontrar um marido e que muito receia o início da vida matrimonial e o que tal implica em termos de intimidade homem/mulher.
James Stevens, e o irmão Michael Stevens, são proprietários de um próspero salão de jogos, por onde desfilam as vidas trágicas de muitos aristocratas viciados em jogo, que ali se arruinam, ironicamente, a mesma alta sociedade Londrina que alimenta, com o vício do jogo, o negócio dos irmãos Stevens, é a mesma a colocar barreiras sociais aos mesmos, por serem filhos ilegítimos de Lorde Edward Stevens, sendo o resultado de uma ligação ilícita entre este nobre e a bela atriz Angela Ford, que abandonada, criou sozinha os dois filhos. Como filhos ilegítimos James e Michael têm com o pai uma relação pouco próxima e de profunda mágoa, sendo-lhes mesmo vedado o relacionamento com os irmãos da linha legítima de parentesco (nascidos do casamento de seu pai), sendo Charles o filho Varão legítimo de Edward quem assume socialmente o papel de destaque entre os descendentes.
Abigail Weston, virgem e solteira aos 25 anos, ficou incumbida de zelar pela educação da irmã mais nova Caroline, a quem adora, estando apostada em que a mesma encontre a felicidade que ela mesma não teve ainda oportunidade de encontrar. Abigail conhece James a pretexto de que este lhe transmita conhecimentos essenciais acerca do relacionamento carnal entre um homem e uma mulher, a fim de os transmitir oportunamente a Caroline, para evitar à jovem casadoira sofrimentos e embaraços decorrentes da sua efectiva ignorância desses aspectos da vivência humana, então considerados imorais. Abigal e Caroline vivem na companhia do antipático, nada afectuoso e snob irmão de ambas - Jerald (Lorde Marbleton), casado com a não menos antipática e deveras intrometida Margaret.
A trama conta também com a presença de uma vilã - Barbara Ritter (Lady Newton), que tudo fará para conquistar para si a atenção exclusiva do libertino e sedutor James Stevens.
O espaço social desta narrativa contempla as relações conturbadas entre a alta sociedade Londrina e a camada menos privilegiada da sociedade (comerciantes de negócios menos bem vistos como o jogo, actores e actrizes, arrivistas sociais de moralidade duvidosa que ascenderam socialmente pelo casamento com aristocratas entretanto falecidos). Os códigos sociais rigorosos e hipócritas, tão próprios da sociedade Londrina do Século XIX, estão bem patentes na obra, sendo utilizados pela autora para condimentar a história e alimentar o clima de intriga, com diversas reviravoltas até ao desenlace final.
Numa linguagem fluída e num estilo de narrativa dinâmico, a autora retrata magistralmente os conflitos sociais da época, e também os conflitos internos das principais personagens, não faltando lugar de destaque para a sexualidade e desejo vividos ao rubro, numa inicial componente meramente física que acaba por evoluir para uma relação emocional bastante profunda, mas que contará com poderosos oponentes.
Mais uma vez Cheryl Holt traz-nos uma história plena de intriga, romance e muita sensualidade (estando a mesma bastante bem contextualizada e descrita de forma elegante e envolvente), fazendo o leitor criar uma natural empatia com as personagens principais e os espartilhos sociais que tentam limitar o seu percurso legítimo e desejável em direcção à felicidade.
Conseguirão Abigail e James, vindos de meios tão opostos e contrastantes socialmente, enfrentar todas as adversidades e ficar juntos e felizes? e os jovens Caroline e Charles conseguirão encontrar a respectiva cara-metade sem ser por imposição familiar?
Trata-se de uma obra cuja leitura se recomenda a quem seja já apreciador do romance histórico sensual, ou ainda a quem queira aventurar-se neste género de leitura pela primeira vez.
Um livro ousado e romântico q.b. Holt no seu melhor, e com toda a dinâmica e estilo bem próprios das suas obras! A não perder.
James Stevens, e o irmão Michael Stevens, são proprietários de um próspero salão de jogos, por onde desfilam as vidas trágicas de muitos aristocratas viciados em jogo, que ali se arruinam, ironicamente, a mesma alta sociedade Londrina que alimenta, com o vício do jogo, o negócio dos irmãos Stevens, é a mesma a colocar barreiras sociais aos mesmos, por serem filhos ilegítimos de Lorde Edward Stevens, sendo o resultado de uma ligação ilícita entre este nobre e a bela atriz Angela Ford, que abandonada, criou sozinha os dois filhos. Como filhos ilegítimos James e Michael têm com o pai uma relação pouco próxima e de profunda mágoa, sendo-lhes mesmo vedado o relacionamento com os irmãos da linha legítima de parentesco (nascidos do casamento de seu pai), sendo Charles o filho Varão legítimo de Edward quem assume socialmente o papel de destaque entre os descendentes.
Abigail Weston, virgem e solteira aos 25 anos, ficou incumbida de zelar pela educação da irmã mais nova Caroline, a quem adora, estando apostada em que a mesma encontre a felicidade que ela mesma não teve ainda oportunidade de encontrar. Abigail conhece James a pretexto de que este lhe transmita conhecimentos essenciais acerca do relacionamento carnal entre um homem e uma mulher, a fim de os transmitir oportunamente a Caroline, para evitar à jovem casadoira sofrimentos e embaraços decorrentes da sua efectiva ignorância desses aspectos da vivência humana, então considerados imorais. Abigal e Caroline vivem na companhia do antipático, nada afectuoso e snob irmão de ambas - Jerald (Lorde Marbleton), casado com a não menos antipática e deveras intrometida Margaret.
A trama conta também com a presença de uma vilã - Barbara Ritter (Lady Newton), que tudo fará para conquistar para si a atenção exclusiva do libertino e sedutor James Stevens.
O espaço social desta narrativa contempla as relações conturbadas entre a alta sociedade Londrina e a camada menos privilegiada da sociedade (comerciantes de negócios menos bem vistos como o jogo, actores e actrizes, arrivistas sociais de moralidade duvidosa que ascenderam socialmente pelo casamento com aristocratas entretanto falecidos). Os códigos sociais rigorosos e hipócritas, tão próprios da sociedade Londrina do Século XIX, estão bem patentes na obra, sendo utilizados pela autora para condimentar a história e alimentar o clima de intriga, com diversas reviravoltas até ao desenlace final.
Numa linguagem fluída e num estilo de narrativa dinâmico, a autora retrata magistralmente os conflitos sociais da época, e também os conflitos internos das principais personagens, não faltando lugar de destaque para a sexualidade e desejo vividos ao rubro, numa inicial componente meramente física que acaba por evoluir para uma relação emocional bastante profunda, mas que contará com poderosos oponentes.
Mais uma vez Cheryl Holt traz-nos uma história plena de intriga, romance e muita sensualidade (estando a mesma bastante bem contextualizada e descrita de forma elegante e envolvente), fazendo o leitor criar uma natural empatia com as personagens principais e os espartilhos sociais que tentam limitar o seu percurso legítimo e desejável em direcção à felicidade.
Conseguirão Abigail e James, vindos de meios tão opostos e contrastantes socialmente, enfrentar todas as adversidades e ficar juntos e felizes? e os jovens Caroline e Charles conseguirão encontrar a respectiva cara-metade sem ser por imposição familiar?
Trata-se de uma obra cuja leitura se recomenda a quem seja já apreciador do romance histórico sensual, ou ainda a quem queira aventurar-se neste género de leitura pela primeira vez.
Um livro ousado e romântico q.b. Holt no seu melhor, e com toda a dinâmica e estilo bem próprios das suas obras! A não perder.
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