sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Coração Envenenado de S. B. Hayes



Sinopse:
Quem é Genevieve? Que segredos esconde? Por que razão está tão determinada a destruir a vida de Katy?
Para onde quer que Katy se vire, Genevieve está lá – na escola, com as amigas de Katy e, o pior de tudo, a tentar seduzir o novo e sexy namorado de Katy. Apesar de ser muito popular, Genevieve esconde uma faceta ameaçadora, uma faceta perigosa que só revela a Katy: Eu sou o teu pior pesadelo!
Será que Genevieve é simplesmente uma rapariga que teve uma infância difícil? Ou será que esconde debaixo do seu encantador sorriso algo sinistro, algo sobrenatural?
Um romance sobre as reviravoltas da amizade, do amor e da maldade que não vais conseguir parar de ler.

Opinião por Vera Carregueira:
 
Quando li a sinopse pensei "que bom outro livro de fantástico", então assim que ele chegou peguei logo nele mas depois de ler pouco mais de 100 páginas ainda estava sem saber se estava a gostar do livro ou não. Era bom mas demasiado simples, a história estava bastante morna o desenvolvimento fraco e simplesmente não havia nada de sobrenatural. Mas não desisti pois uma vez que a trama era bastante fácil e acessível a sua leitura fazia-se sem grande entraves. Entretanto comecei a envolver-me na história, a tentar perceber as motivações de ambas as personagens femininas e comecei realmente a gostar. A investigação levada a cabo por Katy para tentar perceber quem era Genevieve levou-a a um amadurecimento bastante visível ao longo do livro e a mudança súbita da antagonista já perto do final leva-nos a suspeitar que a sua saúde mental está realmente debilitada. Julgo ter havido uma quebra no ritmo dos acontecimentos que quase nos transporta para uma ação que deveria ter demorado mais a chegar.

De fantástico não tem nada é uma realidade por isso os amantes deste género não julguem que irão encontrar aqui algo de sobrenatural, há apenas referências a isso e de uma forma pouco aprofundada. A reviravolta final está muito bem conseguida, a busca de Katy pela verdade leva-a a descobrir mais sobre si própria do que achou possível contudo alguns acontecimentos foram desnecessários.

Um romance para adolescentes e jovens adultos que os leva a pensar que talvez andem a ler livros de fantástico a mais que o leva a imaginar coisas e a ver o que não existe. A personagem mais coerente ao longo de todo o livro é Luke e a mais fraca é sem dúvida a mãe de Katy, uma personagem apagada que devido aos acontecimentos do passado julgo que deveria ser forte e determinada mas acaba por se limitar a assistir a todos os acontecimentos à parte raramente interferindo.

Apesar dos aspectos negativos que saliento o livro é de facto uma leitura fácil e envolvente, vemo-nos muitas vezes a pensar o que faríamos no lugar de Katy, como resolveriamos a situação, de que maneira conseguiriamos ultrapassar os obstáculos que se atravessam no seu caminho e se de facto agiriamos como ela. No fundo gostei bastante e recomendo a sua leitura que sem grandes floreados nos leva a entrar na história.

Nota: Faltou acrescentar que a Civilização fez uma excelente aposta mantendo a capa original, o tamanho do livro menor que o normal mas maior que tamanho de bolso e um preço extremamente apelativo.


Esta e outras opiniões em Crónicas de uma Leitora

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

[Opinião] “A Chave” de Cláudia Valle Santos (Edições Vieira da Silva)



Ficha técnica:

Autor:  Cláudia Santos
Coleção: Ficção
ISBN: 978-989-8545-23-7
Depósito Legal: 336893/11
Número de páginas: 255

Sinopse:

Maria do Carmo Ferreira depara-se, acidentalmente, com um trabalho de investigação histórica que a leva a viver um delicado enredo familiar e a acordar a sua consciência para uma realidade oposta à sua vida rotineira e confortável.
Quando Letícia lhe diz “as coisas estão prestes a mudar. A Maria do Carmo está a viver um momento de esclarecimento. Não se esqueça que o mundo que pensamos que existe pode não ser bem aquilo que de facto é” e depois lhe pergunta “tem a certeza de que está acordada? Tem a certeza de que o seu sonho é mesmo um sonho?” Maria do Carmo sente a sua existência tremer e as suas certezas transformarem-se em dúvidas.
A evolução da investigação histórica e a procura de uma resposta para os pesadelos que a atormentam todas as noites, transportam Maria do Carmo para uma viagem de descoberta e de esclarecimento sobre a sua própria existência, que lhe irá revelar uma realidade, para si, impensável.

Análise realizada por Liliana Novais/Os Livros Nossos.

“A Chave” é um livro que nos prende desde o início, imediatamente nas primeiras palavras. Cláudia Valle Santos conseguiu criar um livro surpreendente.
Começamos logo a pensar: Quem aquele rapaz que corre à chuva? Como é que ele está ligado à Investigadora Maria do Carmo? O que tanto procura o Gonçalo?
Até às últimas páginas a autora mantém o suspense e revela aos poucos as respostas às perguntas. A linguagem da autora é acessível e refrescante. Lê-se facilmente.
Quanto às personagens, estas estão bem desenvolvidas e maduras, até as secundárias têm profundidade. Temos um vislumbre de uma outra realidade para além da que a autora conta como principal.
Maria do Carmo é uma mulher forte que enfrenta um problema de saúde, insónias, mas apesar disso consegue manter-se no activo e desenvolver a sua pesquisa.
Gonçalo é caracterizado como um homem fraco, como a própria Tia o define. No decorrer da acção vemos que as suas atitudes são influenciadas por terceiros.
Um ponto negativo é o tempo que se arrasta a doença e como esta não é explicada a Gonçalo devidamente.
Outro ponto negativo é que existe tensão entre os dois mas nunca passa disso. Nem um nem outro avança em relação ao que sentem.
O suspense e o twist final dão um alento ao leitor e é surpreendido pela revelação final. Um livro a ler.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

[Opinião] “O Anjo das Trevas – Os cânticos do Serafim” de Anne Rice (Publicações Europa-América)



Ficha Técnica:

Título original: Of Love and Devil - The Songs of the Seraphim
Tradução: Paula Antunes
Colecção: Obras de Anne Rice
Pp.: 144
Formato: 15,5 cm x 23 cm
ISBN: 978-972-1-06179-8
Data de edição: Setembro de 2012

Sinopse:

«Sonhei com anjos. Vi-os e ouvi-os numa enorme e interminável noite galáctica. Vi as luzes que simbolizavam estes anjos, voando aqui e ali, em laivos de um brilho irresistível […] Senti amor em redor de mim neste vasto e contínuo domínio de som e luz […] E algo semelhante a tristeza apoderou-se de mim e confundiu toda a minha essência com as vozes que cantavam, porque as vozes cantavam sobre mim.»
Assim começa o novo romance assombroso de Anne Rice, um thriller sobre anjos e assassinos, que nos conduz novamente aos mundos obscuros e perigosos de tempos passados. Anne Rice leva-nos para outros domínios, desta vez para o mundo de Roma no século XV, uma cidade de cúpulas e jardins suspensos, torres altas e cruzes por debaixo de nuvens sempre em mudança; colinas familiares e pinheiros altos… de Miguel Ângelo e Rafael, da Sagrada Inquisição e de Leão X, segundo filho de um Medici, dissertando sobre o trono papal…
E nesta época, neste século, Toby O’Dare, antigo assassino por ordem do governo, é convocado pelo anjo Malquias para resolver um terrível crime de envenenamento e para procurar a verdade sobre a aparição de um espírito irrequieto — um diabólico dybbuk. O’Dare em breve se vê envolvido no seio de conspirações negras e contra-conspirações, rodeadas por uma ameaça sombria e ainda mais perigosa, porque o véu do terror eclesiástico a cobre.
Enquanto embarca numa viagem de expiação, O’Dare é ligado ao seu próprio passado, com assuntos claros e obscuros, ferozes e ternos, com a promessa de salvação, e com uma visão mais profunda e rica do amor.
Anne Rice é uma autora consagrada de diversos best-sellers na área da literatura de fantasia e gótica. Entre êxitos como A Rainha dos Malditos e A Hora das Bruxas, alcançou a notoriedade com Entrevista com o Vampiro, um clássico que redefiniu a literatura de vampiros e foi adaptado ao cinema por Neil Jordan.
Na capa: Dark Paladin, ilustração de Grzegorz Rutkowski.

Análise realizada por Liliana Novais/Os Livros Nossos.

Num artigo anterior trouxemos-vos o primeiro volume desta série de livros.
Este volume é mais pequeno que o anterior. Com as apresentações já feitas, Anne Rice avança mais rapidamente para a história. Ficamos a conhecer o lado mais humano de Toby O’Dare.  A sua mestria em narradores na primeira pessoa continua a ser demostrada neste livro. A autora continua com a índole religiosa como principal tema. Mas, este livro tem mais ritmo que o anterior o que o torna interessante.
Em “O Anjo das Trevas” vemos um Toby mais calmo, mais seguro das suas opções, de seguir Malquias. A sua dependência do anjo torna-se mais notória. Anne Rice revela-nos mais coisas acerca do passado desta personagem.
Quatro novas personagens são apresentadas, Shmarya e Ankanoc, o primeiro anjo, o segundo poderá ser aquilo que chama-nos de demónios, a autora não define bem esta personagem, aumentando assim a curiosidade do leitor. Conhecemos também, duas personagens relacionadas com o passado de Toby, o seu filho Toby e a sua ex-namorada Liona. Será que no futuro todos poderão ser uma família feliz? O anjo Malquias deixa essa pergunta sem resposta directa.
Toby é novamente levado ao passado e colocado numa situação ainda mais complicada que a anterior.
Uma sequela excelente, com um bom ritmo e um tema interessante. Viciante e vibrante deixa-nos com um sabor agridoce na boca uma vez que queremos saber mais, o final deixa o leitor ansioso pelo próximo volume. Nós ficaremos à espera.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

[Opinião] "Ligações Proibidas", de Cheryl Holt [Quinta Essência]


Autora: Cheryl Holt


Título Original: Love Lessons


Edição: Agosto de 2011

Preço: 15,50 €

Páginas: 383


 


Sinopse:


   Uma solteirona resoluta de vinte e cinco anos, Abigail Weston, está determinada em ver a irmã mais nova casada com um homem Bem. Contudo, a sua falta de experiência com o sexo oposto impede-a de apaziguar os medos da irmã em relação à noite de núpcias, a não ser que se atreva a dar um passo arriscado de forma a aprender o que a intimidade entre um homem e uma mulher implica. No entanto, o único homem em Londres qualificado para ensiná-la, desperta-lhe uma atenção que ela nunca esperou experimentar todos os suspiros de prazer por si própria... James Stevens rico, imoral e tremendamente aborrecido com a sociedade londrina acredita que nada é capaz de chocá-lo. Apesar de o pedido de Abigail pela explicação verbal dos prazeres da carne ser um pouco surpreendente, o que o deixa realmente espantado é a sua reacção poderosa em relação à inocência e beleza dela. Uma química sexual entre eles faz com que surja um êxtase carnal, e nada mais arruinaria para sempre Abigail. Pela primeira vez na vida, James suspeita que o simples contacto físico empalidece o amor verdadeiro...
 
 
Crítica/Opinião por: Isabel Alexandra Almeida/Blog Os Livros Nossos:
 
   Ligações Proibidas é o segundo romance histórico sensual da autora Cheryl Holt publicado em Portugal pela Quinta Essência.
   Mais uma vez, Cheryl Holt não desaponta, trazendo-nos uma narrativa bem atrevida num estilo fluído e envolvente a que já nos havia habituado com Noites de Paixão, sendo obras de leitura compulsiva, que deixam  leitor sempre expectante e ansioso por ir avançando pelas páginas, até ao desenlace final.
 
   A acção passa-se em Londres, no ano de 1812, e temos como personagens centrais a bela, ingénua e determinada Abigail Weston, e o sedutor  e devasso James Stevens, que irão cruzar-se por iniciativa de Abigail, a qual pretende ter com este lições teóricas dos prazeres carnais, com vista a ficar apta a transmitir tais conhecimentos à sua irmã mais nova Caroline, que irá ser apresentada à sociedade com o propósito de encontrar um marido e que muito receia o início da vida matrimonial e o que tal implica em termos de intimidade homem/mulher.

   James Stevens, e o irmão Michael Stevens, são proprietários de um próspero salão de jogos, por onde desfilam as vidas trágicas de muitos aristocratas viciados em jogo, que ali se arruinam, ironicamente, a mesma alta sociedade Londrina que alimenta, com o vício do jogo, o negócio dos irmãos Stevens, é a mesma a colocar barreiras sociais aos mesmos, por serem filhos ilegítimos de Lorde Edward Stevens, sendo o resultado de uma ligação ilícita entre este nobre e a bela atriz Angela Ford, que abandonada, criou sozinha os dois filhos. Como filhos ilegítimos James e Michael têm com o pai uma relação pouco próxima e de profunda mágoa, sendo-lhes mesmo vedado o relacionamento com os irmãos da linha legítima de parentesco (nascidos do casamento de seu pai), sendo Charles o filho Varão legítimo de Edward quem assume socialmente o papel de destaque entre os descendentes.

   Abigail Weston, virgem e solteira aos 25 anos, ficou incumbida de zelar pela educação da irmã mais nova Caroline, a quem adora, estando apostada em que a mesma encontre a felicidade que ela mesma não teve ainda oportunidade de encontrar. Abigail conhece James a pretexto de que este lhe transmita conhecimentos essenciais acerca do relacionamento carnal entre um homem e uma mulher, a fim de os transmitir oportunamente a Caroline, para evitar à jovem casadoira sofrimentos e embaraços decorrentes da sua efectiva ignorância desses aspectos da vivência humana, então considerados imorais. Abigal e Caroline vivem na companhia do antipático, nada afectuoso e snob irmão de ambas - Jerald (Lorde Marbleton), casado com a não menos antipática e deveras intrometida Margaret.
   A trama conta também com a presença de uma vilã - Barbara Ritter (Lady Newton), que tudo fará para conquistar para si a atenção exclusiva do libertino e sedutor James Stevens.

   O espaço social desta narrativa contempla as relações conturbadas entre a alta sociedade Londrina e a camada menos privilegiada da sociedade (comerciantes de negócios menos bem vistos como o jogo, actores e actrizes, arrivistas sociais de moralidade duvidosa que ascenderam socialmente pelo casamento com aristocratas entretanto falecidos). Os códigos sociais rigorosos e hipócritas, tão próprios da sociedade Londrina do Século XIX,  estão bem patentes na obra, sendo utilizados pela autora para condimentar a história e alimentar o clima de intriga, com diversas reviravoltas até ao desenlace final.

   Numa linguagem fluída e num estilo de narrativa dinâmico,  a autora retrata magistralmente os conflitos sociais da época, e também os conflitos internos das principais personagens, não faltando lugar de destaque para a sexualidade e desejo vividos ao rubro, numa inicial componente meramente física que acaba por evoluir para uma relação emocional bastante profunda, mas que contará com poderosos oponentes.

   Mais uma vez Cheryl Holt traz-nos uma história plena de intriga, romance e muita sensualidade (estando a mesma bastante bem contextualizada e descrita de forma elegante e envolvente), fazendo o leitor criar uma natural empatia com as personagens principais e os espartilhos sociais que tentam limitar o seu percurso legítimo e desejável em direcção à felicidade.

   Conseguirão Abigail e James, vindos de meios tão opostos e contrastantes socialmente, enfrentar todas as adversidades e ficar juntos e felizes? e os jovens Caroline e Charles conseguirão encontrar a respectiva cara-metade sem ser por imposição familiar?

  Trata-se de uma obra cuja leitura se recomenda a quem seja já apreciador do romance histórico sensual, ou ainda a quem queira aventurar-se neste género de leitura pela primeira vez.

 Um livro ousado e romântico q.b. Holt no seu melhor, e com toda a dinâmica e estilo bem próprios das suas obras!  A não perder.

  


 

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

[Gostámos] "Trilogia Arquitectos", de Nora Roberts [Harlequin]


Ficha Técnica:

Livro 1 - O Homem dos seus sonhos
Livro 2 - Construir um amor
Livro 3 - Sem Lei

O Homem dos seus sonhos

Sinopse:
Afinal, a ficção podia tornar-se realidade… pelo menos para ela!
Para conseguir acabar de escrever o seu primeiro livro e assim iniciar uma carreira como escritora de novelas românticas, Jackie MacNamara fora para uma casa emprestada. O que, obviamente, não esperava era que o seu herói imaginário aparecesse por lá.
Ele era, na verdade, Nathan Powell, o proprietário da casa, e procurava paz e tranquilidade.
A única coisa que Jackie tinha de fazer era convencer o teimoso Nathan Powell de que podiam partilhar o mesmo tecto e de que os finais felizes começavam em casa, entre os seus braços...

Opinião:
Este primeiro livro da trilogia, apresenta-nos Jackie MacNamara, uma mulher adulta, que apesar da sua experiência em várias áreas, nunca conseguiu levar nenhum projecto até ao fim, acabando por nunca se ter sentido realizada. Sentindo que agora é de vez, aluga um apartamento por três meses, com o intuito de escrever o seu primeiro romance. Para sua surpresa, logo na primeira noite o dono desse apartamento  Nathan, regressa de uma longa viagem de trabalho e claro que não sabia do aluguer de Jackie, pois tudo foi tratado entre o amigo que ambos tem em comum, Fred. 
Isto é a premissa do livro e não vale a pena dizer que Jackie e Nathan vão-se apaixonar e viver um belo romance.
Sendo grande fã da autora, fiquei um pouco desapontada com este livro. O livro foi publicado originalmente em 1989, sendo um dos primeiros livros de Nora Roberts e naquela altura a escrita ainda era muito verde e a história muito básica. Sabendo que a autora inclui sempre um toque de mistério ou drama familiar, é com pena que aqui não vemos nada disso. A Jackie irritou-me um bocadinho, achei-a muito intrometida nos assuntos do Nathan, logo nas primeiras 50 páginas, quando ainda se estavam a conhecer! O romance em si também não acrescentou nada de novo e sei que a autora consegue fazer bem melhor. De notar que a tradução também ajuda para o meu desgosto com o livro, no início quando o casal se conhece, tratam-se por você, como é natural mas passado 5(!) páginas, ainda na mesma acção já se estão a tratar por tu! Para mim é um erro grave e que me chateou, pois nota-se falta de concordância no texto, o que torna a leitura difícil. 
É um livro pequeno que se lê rapidamente e que não exige muito esforço, a típica história de amor lamechas que fará as delícias das leitoras mais românticas.

Construir um Amor

Sinopse:
Tinha de conquistar aquela mulher...
Era a mulher mais sexy que o arquitecto Cody Johnson alguma vez vira na sua vida. Contudo, a engenheira Abra Wilson tinha uma personalidade tão forte como uma viga de aço... e estava disposta a enfrentar quem quer que fosse para atingir os seus objectivos. Todavia, Cody tinha planos... aos quais nem sequer a impetuosa e bela Abra conseguiria resistir...

Opinião:
Se o primeiro livro soube a pouco, este segundo encheu-me as medidas! Adorei ler este livrinho e a verdade é que li-o num dia! Comecei de manhã e depois peguei-o à noite e não descansei enquanto não acabei. A ligação que este livro tem com o primeiro é Cody, o sócio de Nathan. Cody, também arquitecto, bonito e atraente, que irá encantar-se pela bela ruiva, Abra!
Tanto o arquitecto como esta engenheira de cabelos de cor de fogo, dirigem um projecto em conjunto, uma construção no Arizona que irá dar alguns problemas, visto que como qualquer arquitecto, Cody tem alguns caprichos que quer incluir na obra mas que na opinião da Abra, não são possíveis e são dispendiosos. Não é só no mundo da literatura, mas mesmo na vida real, é do conhecimento geral que arquitectos e engenheiros são duas profissões que não se ligam, e aqui também irá haver muitos conflitos entre Cody e Abra.
A par destas divergências, a atracção é mútua mas ambos detestam ceder e vai ser muito difícil caírem nos braços um do outro. Claro que acabam por não resistir a toda esta química sexual e para bem da obra e deles próprios, os pombinhos lá se entendem.
Adorei o Cody! Muito descontraído, relaxado, via-se que gostava mesmo da Abra e que ia ser difícil domá-la mas lá conseguiu. Claro que adorei a protagonista, não só pela sua força e forte personalidade mas também pelo seu lado sensível que foi mostrando ao longo do livro, percebia-se bem o porquê de ela resistir a Cody! 
A história em si, da construção do Hotel foi bem enquadrada, e gostei muito das descrições de arquitectura, não achei nada maçador e foi bom imaginar como seria este edifício no meio do deserto do Arizona!
Mesmo no fim temos um toque de suspense que dá um novo fôlego à história, algo que faltou no primeiro livro.
Sem dúvida que gostei muito mais deste segundo livro, e aqui sim, Nora Roberts mostra que mesmo estando no início da sua carreira, já era uma grande contador de histórias.

Sem Lei

Sinopse:
Não sabia porquê, mas o instinto dizia-lhe para proteger aquela mulher!
O território do Arizona era um lugar perigoso, contudo, Jake Redman estava bem preparado para viver no Oeste. Sarah Conway era diferente dele: uma mulher do Este, decidia a instalar-se naquele local. Então, Jake descobriu com uma certa angústia que adoptara o papel de anjo da guarda dela. E ela ficou ainda mais angustiada ao aperceber-se que a atitude de Jake lhe agradava muito.

Opinião:
Depois da boa surpresa que foi o segundo livro, estava com receio de não gostar deste terceiro, pois as expectativas eram bastante altas. Felizmente, o nível de qualidade manteve-se e mais um livro aprovado.
Para quem não sabe, apesar deste livro estar enquadrado nesta trilogia, "Sem Lei" não tem nenhum arquitecto e nem é um romance contemporâneo. Logo na primeira opinião, em "O Homem dos seus sonhos" disse que a protagonista, Jackie, está a escrever um livro. Pois bem, este é o livro escrito por Jackie, e por isso pertence a esta trilogia. 
Gostei deste detalhe, é sem dúvida engraçado, sabemos que uma personagem está a escrever um livro e depois temos a oportunidade de ler esse livro! 
É um romance histórico, passado no faroeste americano. Que me lembre, acho que foi o primeiro histórico que li da Nora e tanto como nos romances actuais, a autora saiu-se bem. Conseguiu enquadrar a época, e gostei do enredo da rivalidade entre pistoleiros e índios, muito giro.
Neste livro o casal protagonista é Sarah Conway, uma dama vinda de Este que após muitos anos, está ansiosa pelo reencontro com o seu pai. Infelizmente ao chegar à terra de sonhos que ele prometeu, descobre que o seu pai faleceu, num desmoronamento da mina onde trabalhava, e que agora pertence a Sarah, assim como o pequeno casebre onde vivia.
Apesar destes bens serem dela, a população tenta convencer Sarah a abandonar a casa, pois não é seguro para um jovem viver sozinha, perto de uma mina, onde se encontra ouro. Decidida a honrar o pai, Sarah fica por conta própria e faz o melhor que pode para se sustentar. O que ela não sabe é que tem Jake Reedman como seu protector e por muitas divergências que ambos tenha, afinal tiveram educações e vidas diferentes, os dois não resistem à paixão que os une.
Adorei a Sarah, e mais uma vez o choque de personalidades entre os protagonistas animou a leitura, e aqui o par romântico não poderia ser mais diferente, um cowboy e uma dama! O Jake é um pedaço de mau caminho sempre a salvar a sua amada, de revólver em punho! De todas as cenas, as minhas preferidas são quando ele ensina-lhe a disparar. Tão imaginar uma dama a agarrar uma arma com duas mãos que teimavam em tremer? Muito engraçado.
Este livro acabou por ser um excelente fecho para esta trilogia e de agora em diante, só me resta ler todas as séries desta autora, editadas pela Harlequin.


           Parceria - Harlequin

domingo, 25 de novembro de 2012

[Ponto M.] "As cinquenta sombras Livre", de E.L.James



Sinopse:

Quando a jovem e inocente Anastasia Steele encontrou pela primeira vez o impetuoso e fascinante milionário Christian Grey, começou entre eles um affair sensual que lhes mudou a vida para sempre. Assustada e intrigada pelas singulares inclinações eróticas de Grey, Anastasia exige um compromisso total na relação. Com medo de a perder, ele aceita. Agora Anastasia e Grey têm finalmente tudo o que desejavam - o amor, a paixão, a intimidade, uma riqueza incalculável - e todo um mundo de possibilidades à sua espera. Mas ela sabe que amá-lo não será fácil, e que estarem juntos vai implicar ultrapassar barreiras que nenhum deles poderia prever. Anastasia vai ter de aprender a partilhar o estilo de vida de Grey sem sacrificar a sua identidade. E ele terá de aprender a superar o seu obsessivo impulso de tudo controlar, enquanto se debate com os demónios do seu terrível passado. E quando tudo parece estar conjugado para que ambos consigam finalmente ultrapassar os maiores obstáculos, o destino conspira para tornar dolorosamente reais os maiores medos de Anastasia.


AVISO: o artigo contém SPOILERS!

Opinião:

Quem já leu a minha opinião sobre o segundo volume, sabe que esta trilogia passou de amor a ódio. Ok, ódio talvez seja uma palavra forte, mas sinceramente já não suporto ouvir falar nem dos livros, nem do Grey, nem da deusa interior, nem de nada que relacione com esta trilogia! E tudo por culpa da febre que anda por aí com estes livros e que fazem com que as pessoas que já tinham lido o livro a fanfic há mais tempo, se sintam envergonhadas e embaraçadas por terem gostado. Por favor, é uma loucura ridícula e que perde todo o sentido quando se começa com o fanatismo. E por isso, actualmente digo que desprezo tudo relacionado com esta trilogia!

Chegamos ao terceiro (felizmente) livro da tão famosa série de BDSM. Ora bem. Ao contrário dos outros livros, eu não sabia o que ia acontecer neste porque quando a porn-mum James decidiu escrever este último volume, já a fanfic tinha sido retirada do ar. Mais valia ter escrito em fanfic e por lá ter ficado.

Em “Cinquenta Sombras Livre” Grey e Anastasia, já casados, parecem ter encontrado o equilíbrio na sua relação. Parecem, digo eu porque na verdade, aquela relação nunca poderá ser equilibrada pois tem dois cônjuges sem cabeça a tentar serem felizes os dois.
Começando pelo Grey, raio do Homem, sempre a mandar a miúda comer e só fala com quem ele quer e blá blá blá blá! Chega porra! Ela é adulta faz o que ela quiser e não tem de dar satisfações sobre tudo o que faz a todas as horas, minutos e segundos do dia! Geez.
Eu até gosto de um male character assim a dar para o alfa, mas este gajo é doido varrido da cabeça!! É que ao terceiro livro podia ceder mais não? Porque é que tem sempre de ser a Anastasia a desistir das discussões só para não ficarem chateados?

Por falar em Anastasia, esta aparece-nos mais madura e adulta (thank god!) mas mesmo assim, como referi acima, ainda cede bastante às exigências do marido. Miúda acorda, se ele te ama assim tanto, não te vai deixar só porque tu lhe desligaste o telefone na cara.

O livro é uma seca. A sério, o 1º livro lê-se bem, o 2º ainda é capaz de ser o melhorzinho, ou pelo menos aquele que gostei mais, mas este 3º ficou-me entalado na garganta. Ficam imensas pontas soltas quanto ao passado de Grey que a autora nem tentou atá-las. E depois vem a repetição! A sério, as primeiras 300 páginas podiam ser resumidas em…50. Não, não é nenhum trocadilho com o nome da trilogia é mesmo o que eu sinto. É verdade, senão vejamos bem, eles discutem, a outra parva lá vais atrás dele, porque não suporta ficar um minuto chateada, e surpresas das surpresas fazem sexo e pronto ficam felizes para sempre! Não não, ficam felizes até à próxima página onde discutem novamente! Please.

A deusa tarada interior quase não dá sinais de vida neste livro e ainda bem. Toda a trama do dinheiro e do mistério, dos negócios, do perigo, não funcionou bem para mim porque aparecem apenas pontualmente, em segundo plano, não sendo o verdadeiro assunto do livro e pareceu-me forçado. Basicamente a autora não queria 600 páginas de quotidiano de Grey e Ana, portanto toca de inserir suspense para ver se o livro tem mais adrenalina. Querida, falhaste redondamente e mais valia teres desenvolvido o passado do moço.

As cenas sexuais são repetitivas e mecânicas, admito que algumas sim, são HOT mas há outras que são verdadeiramente NOJENTAS! Como por exemplo, quando ele lhe faz a depilação púbica. What?! Sim isso mesmo, o moço é tarado e tem um fetiche por arrancar pelinhos púbicos! Ah esperem, porque isto não tem nada de mal! De modo a que a moça possa retribuir o favor, ele deixa-a fazer a barba dele. Ou seja pêlo por pêlo e estamos quites!

E nem me façam falar da cena em que, quando a Ana está grávida do segundo filho, ele diz que deseja beber o leite das mamocas da Ana!! A sério, que nojo. Mas tal como na cena da depilação, acho que a cena da lactação também era algo recíproco. E para bom entendedor, meia frase basta.

Reforço que um dos problemas do livro é centrarem-se tanto nos seus protagonistas, as personagens secundárias que foram introduzidas nem tiveram direito a figurarem no final.
Por falar em final, nem me façam falar sobre o mesmo, foi confuso, forçado, feito à pressão e totalmente não pensado. Caiu ali de pára-quedas e siga para a frente que o que está escrito já está e não vale a pena rever.

Concluindo, esta trilogia não me deixa saudades e acho que nunca mais vou ler fanfiction na minha vida, com o medo de, passado anos, ver as fics em livro.
Quanto à autora, só tenho a agradecer por ter posto Portugal inteiro a ler. Agora meus amigos não fiquem por aqui e leiam mais livros.

Já agora, quem é que foi ao Colombo ver a senhora? Eu fui e gostei bastante, é simpática e divertida! Foi uma boa surpresa :)

E desse lado? Quem é que já leu o terceiro volume? Quem gosta ou odeia a trilogia? Gostava de ouvir as vossas opiniões. 

As Cinquenta Sombras Mais Negras

sábado, 24 de novembro de 2012

[Secção Criminal] "O Azul Algures" de Jeffery Deaver







O Azul Algures

Autor: Jeffery Deaver

Género: Policial

Título: "O Azul Algures"

Editora: Verbo

Páginas: 436

Sinopse:

Imagine-se num bar. Há um homem que a aborda. Os seus traços não lhe parecem familiares, mas ele sabe tudo do seu passado, do seu emprego, dos seus hábitos mais íntimos. Sabe até o nome do seu ex-namorado. E acabam por sair juntos. Este é o seu primeiro - e o seu último - erro.


Crítica/Opinião por: Ângela Costa / Os Livros Nossos

O assassino, uma mente brilhante da informática, utiliza a pirataria informática para conseguir chegar até às suas vitimas e matá-las. O prazer do jogo está em escolher as de mais difícil acesso, isso faz-lhe somar pontos. O jogo passou da máquina para a realidade, conseguir entrar nos grandes sistemas de segurança, dos locais mais imprevisíveis,  aproximar-se das pessoas mais bem protegidas, isso sim dá-lhe prazer e satisfação, ele é Deus.

Não podendo a policia competir com tamanha inteligência informática, recrutam da prisão Gillette, outro pirata informático, para os ajudar a descobrir a identidade e futuros planos do assassino, é urgente evitar mais mortes. Agora ele tem um adversário à sua altura, só que é preciso eliminá-lo para poder continuar a jogar. Começa então um novo jogo - o do gato e do rato.

Durante a leitura do livro, somos bombardeados com imensa informação sobre pirataria informática, o que para uma leiga como eu, os termos utilizados e os nomes com que eles se auto-intitulam formaram uma boa dosagem. Este livro mostra-nos como em poucos minutos perdemos a nossa identidade, toda a nossa vida fica exposta e relembra-nos que a privacidade não existe neste novo mundo reinado pela tecnologia...pelas máquinas. 

Gostei de ler O Azul Algures, para mim foi uma leitura diferente daquilo que tenho vindo a ler. Desde início sabemos quem é o assassino, coisa que até nem gosto muito, mas neste caso não me chateou nada, pois é um bom thriller psicológico dos tempos modernos. As personagens são cativantes, a investigação tem como principal ferramenta os computadores, havendo pouca acção no terreno. Achei este um bom livro para adaptar ao cinema (caso ainda não o tenha sido).

Como ponto negativo tenho apontar um pequeno pormenor que me fez confusão, nos diálogos geralmente é mencionado quem falou, após a escrita do diálogo, neste livro aparece muito o "e ele disse" e então depois é que vem o comentário, não estava habituada a isso! 

Em resumo, gostei e aconselho a sua leitura. 


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

[Opinião] “Quando a Mãe era Pequena” de Joana Cabral (Máquina de Voar)



Ficha Técnica:

Ano: 2012
Texto:
Joana Cabral
Ilustrações:
Margarida Teixeira
Dimensões:
205 x 225 mm
Tipo de Capa:
Capa dura
Número de páginas:
32
ISNB: 978-989-97169-2-6

Sinopse:

Quando a mãe era pequena o mundo era um sítio diferente. Brincava-se na rua, não havia telemóveis, as compras faziam-se na mercearia e os discos eram de vinil. Mas também há coisas que nunca mudam...
Este livro é para todos. É um álbum ilustrado que fala sobre algumas diferenças entre gerações. Um tema que suscita sempre a curiosidade dos mais novos. As crianças adoram saber e os adultos adoram contar. Como era quando os pais eram pequeninos?
Aqui não há lugar para sermões nem se pretende dizer que dantes é que era bom e que agora o mundo está todo ao contrário. Nada disso. Mas o mundo era de facto diferente, sem microondas, computadores e telemóveis e sem DVDs e desenhos animados 24 horas por dia. Parece inacreditável mas era assim. A televisão a cores era um luxo, não tínhamos comandos e só existiam 2 canais.
Mas, por mais avançada que seja a tecnologia, há coisas que nunca mudam, como o amor entre pais e filhos.

Análise realizada por Liliana Novais/Os Livros Nossos.

Quantos de nós já não dissemos aos nossos filhos ou ouvimos os nossos pais dizerem , quando eu era pequeno as coisas não eram assim. Pois este livro retrata essa mesma conversa mas de uma forma simples e de fácil compreensão. Um livro que se encontra no Plano Nacional de Leitura.
As ilustrações são excelentes e captam completamente o público mais pequeno. Acabamos por ensinar aos nossos filhos que existem outras coisa para além da internet e dos computadores. Com bastante humor torna-se um livro bastante interessante. As crianças vão perguntar se seria mesmo assim quando eramos novos.
Sentem-se com os vossos filhos, com este livro e desfrutem de um momento a contarem como as coisas eram quando tinham a idade deles.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

[Opinião] “Quem chama pela fada do galo preto? – aventuras de um galo com dentes” de Helena Osório. (Animedições)



Ficha Técnica:

Autora: Helena Osório
Ilustrações: Emília Nadal
Editora: Animedições
Edição: Setembro 2011
ISNB: 978-989-96448-5-4

Sinopse:

A partir de uma breve introdução sobre a lenda algo fantasiada do galo de Barcelos, representativo de Portugal (e até da Galiza, pelo milagre de Santiago de Compustela que se descreve), Helena Osório parte para os contos da fada dos dentes que se preocupa com a higiene oral dos mais novos. O galo acompanha a fada em todas as aventuras e ganha mesmo dentes para sentir a importância de os bem tratar e para poder ensinar às crianças e jovens o que fazer para prevenir cáries e outros problemas. Entretanto, algures em África, uma menina perde dentes de leite e chama pela fada para os trocar por ouro. Os três viajam até à terra do galo onde a menina entra pela primeira vez no consultório de um estomatologista e fica fascinada com um menino que tem cócegas nos dentes e se ri muito enquanto está a ser tratado.

Análise realizada por Liliana Novais/Os Livros Nossos.

O primeiro pormenor que salta à vista neste livro é que as palavras que mudaram com o novo acordo ortográfico encontram-se a cor diferente, o que é uma ideia original e muito interessante.
As páginas são bastante coloridas e as ilustrações assemelham-se a pequenos quadros. as crianças que já saibam ler podem se deliciar com uma história de magia. Sem as chamadas palavras difíceis, deixa com que eles se sintam realizados. Aprendem também acerca da higiene oral e a sua importância e principalmente a não terem medo de ir ao dentista. Também encontram pormenores sobre uma outra cultura, uma vez que a história se passa na São Tomé e Príncipe.
Nunca ir ao dentista foi tão interessante e divertido, como neste livro.
Um livro que nos ensina através do sonho e da magia.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

[Resultado Passatempo] "Um homem Inquieto", de Henning Mankell [Apoio Editorial Presença]

    Com o simpático apoio da Editorial Presença iremos oferecer um exemplar do mais recente policial da Colecção "Fio da Navalha", mais concretamente, a obra do Mestre do Policial Nórdico Henning Mankell "Um homem Inquieto".
 
  
RESULTADO DO PASSATEMPO:
 
   E após sorteio realizado através de Random.org, de entre as 93 participações registadas e todas correctas, o vencedor deste passatempo foi:
 
[N.º 89] - Júlio Proença [Foz do Arelho]
 
   Muitos parabéns ao vencedor e o nosso muito obrigado a todos os participantes, e quem não ganhou, não desanime, continuem a concorrer, um dia quando menos esperarem a sorte irá sorrir-vos.
 
O vencedor será contactado via email, pela administração do blog, e o livro será enviado para a morada indicada, pela Editora.


[Post actualizado em 05.12.2012]
 

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

[Opinião] “O Insustentável peso da Solidão” de Katherine Mansfield [Coisas de Ler Editora]



Editor: Coisas de Ler
ISBN: 9789728710514
Edição: Fevereiro de 2005
Número de páginas: 94
 

Análise Realizada por Liliana Novais/Blog Os Livros Nossos.

Como muitos autores do início do século passado, Katherine Mansfield utiliza a sua literatura como critica à sociedade da época.
A sua prosa é delicada e versátil. A autora consegue transmitir a acção ao leitor como se este estivesse a ver um filme. Neste livro, os dois contos que ela nos apresenta são um perfeito retrato de época, sendo a sua técnica vanguardista para a sua geração.
As personagens são um pouco estereotipadas e algumas das suas acções previsíveis.
É um livro interessante que deve ser listo sob o posto de vista da época em que foi escrito.

domingo, 18 de novembro de 2012

[Ponto M.] "A Paixão", de Nicole Jordan



Sinopse:
"Uma noite de paixão. Um amor que poderia durar para sempre… Para evitar casar-se com um homem com o dobro de sua idade, Lady Aurora Demming viaja, com o seu primo, para as colónias. Ali conhece Nicholas Sabine, capitão de um navio acusado de traição e pirataria que foi condenado a morrer na forca no dia seguinte. No primeiro momento que vê os seus olhos, tenta salvá-lo, embora pouco possa fazer na sua posição. Mas Nicholas a deixará assombrada quando a pede um estranho favor: que se case com ele, para ser sua viúva, e cuidar da sua irmã mais nova já que, no momento em que o executarem, ficará sem ninguém que para a cuidar. Aurora aceita, em parte intrigada por este homem e em parte para poder evitar o casamento arrumado. Mas esta união não só é um acordo, precisa se consumar para evitar que possa ser anulado. Assim ambos serão marido e mulher durante um dia… E uma gloriosa noite. Uma vez viúva, Aurora retorna a Londres com a irmã de Nicholas sob seu cuidado, a fortuna que herdou do seu falecido marido e um monte de lembranças da noite que passaram juntos. Mas o que ninguém sabe é que Nicholas não morreu. Com a ajuda do primo de Aurora conseguiu evitar a forca e esconder-se. Agora, regressado, insistirá para que Aurora honre seus votos… Atormentando-a nos seus sonhos com promessas de um desejo proibido."

Opinião:
“A Paixão” vem na sequência de "Sedução", primeiro livro da série Notorius, uma série não sequencial, que pode ser lida sem ser por ordem. Eu própria já li o 1º livro, e apesar de ser uma leitura satisfatória não achei nada por aí além. Por isso as expectativas para este segundo volume eram baixas, e foi melhor assim. É um livro giro e que acabou por me surpreender.

Antes de começar a opinião quero apontar um factor que quase me fez a não ler este livro.O 2º volume saiu no ano passado, pela colecção Tiara que actualmente está mais focada em reedições do que em novos lançamentos. Não sei como fica esta autora no panorama nacional, visto que  este ano não houve nenhuma novidade por parte de Nicole Jordan. Fico triste pois achei o conceito inicial da Tiara muito bom e de valor. Infelizmente esta e outras autoras ficaram paradas.

Ora bem passando à opinião do livro, “A Paixão” inicia-se em 1813, numa altura em a Inglaterra estava em conflito com a América. Já no 1º livro conhecemos um pouco de Nicholas Sabine, um americano que tem uma frota de navios. Infelizmente, com a guerra, a Inglaterra considera culpado qualquer navio armado americano, e Sabine é dado como pirata e tem como destino a morte.

Do outro lado temos Lady Aurora, a protagonista, uma moça tímida, muito protegida pelo seu pai. Após o desaparecimento do seu amado, o pai arranja-lhe um novo pretendente, ou seja irá brevemente casar forçosamente, contra a sua vontade.

Os dois amados irão encontrar-se espontaneamente nas ilhas britânicas, onde Aurora fica chocada com a forma como Nicholas é tratado e condenado à morte. Este, aproveitando-se da sua simpatia e pena, e com receio de deixar a sua meia-irmã abandonada, propõe um casamento de conveniência de modo a salvaguardar o futuro da irmã ilegítima, Raven. Depois de alguma hesitação, a moça cede e lá se casam, um dia antes da sentença de Sabine, tendo ainda tempo para consumar o seu casamento, ou seja fazerem amor. Com este matrimónio, Aurora desperta a sensualidade que há em si, nas várias cenas de amor e sexo que envolvem este acontecimento. Claro que uma das consequências deste casamento foi o desafio e a desobediência que Aurora fez contra o seu pai e que a irá perseguir até ao fim do livro, embora sinta que tomou a decisão justa.

Nicholas é condenado, ou pelo menos assim pensa o leitor, até à segunda parte do livro “Dança de Paixão” onde já se decorreram 4 meses após a morte de Sabine e Aurora encontra-se viúva e tutora da jovem Raven. E é aqui que começa realmente o livro.

Como um bom casamento, “até que a morte nos separe”, enquadra-se irónicamente neste livro, pois Nicholas aparece ressuscitado e com vontade de aproveitar o seu tempo perdido, ao lado da sua bela mulher. Fiquei muito desiludida com a cena em que Nicholas reaparece. Foi estranho e não criou um clímax como eu tinha imaginado. A autora podia ter feito melhor, como por exemplo, este podia ter aparecido num baile, chocando tudo e todos.

Tudo ficaria bem se Aurora ficasse contente pela chegada do marido, o que acontece é que esta  não acha a mínima piada, deixando Sabine muito frustrado, pois não era de todo a reacção que ele esperava.

Compreendo os motivos pela moça não querer Nicholas, ok já sofreu uma vez, pois apesar de ter sido um casamento forçado, lá no fundo ela o ama. Mas bolas rapariga, o moço está vivinho da silva, pronto para te aquecer os lençóis e tu dizes que não?!

O engraçado, é que Aurora não se sabe livrar das artimanhas de Nicholas para tê-la. Assim ele torna-se uma maldição (bem ardente por sinal! :P). E a impaciência de Aurora começa a esgotar-se, e para ajudar ainda mais à festa, Raven claro que fica do lado do irmão e ajuda-o a reconquistar a sua amada.

Aurora irritou-me por vezes, é das típicas personagens muito leal e preocupada com os outros, mas quando é ela própria, não é capaz de tomar as atitudes mais certas. Não acho que seja uma personagem forte, pois é uma personagem comum destes livros, infelizmente. Penso que a autora podia ter explorado melhor.

Tudo o que ela pensava já ter conseguido, segurança e estabilidade para o resto dos seus dias, é abalado por Nicholas. Na verdade a viuvez só a torna fria e sem emoção. E ainda rejeita o marido! Felizmente Nicholas não se dá por vencido tão facilmente e aos poucos vai libertando-a do muro que esta construiu à volta do seu coração.

Quando a Nicholas (no qual o seu verdadeiro nome é Brandon) gostei dele não pela sua determinação em conquistar a mulher que ama (quem é que não gosta de um homem assim) mas mesmo em termos de caracterização da personagem, acho que estava razoável. Ao longo do livro ficamos a saber um pouco mais sobre este desconhecido que no fundo é um herói em várias terras, atitudes que reflectem os ditames paternos, dos quais se rebelou quando fez 20 anos.

No final do livro há uma reviravolta que a mim pareceu-me previsível desde o início, mas que conseguiu dar mais adrenalina à trama. Aurora vê-se entre dois amores e tem de tomar uma decisão definitiva. A dama vê-se numa encruzilhada amorosa, e não querendo magoar nenhum deles, torna-se difícil a sua escolha.

Encerrando a opinião, Nicole Jordan tem uma imaginação, escrita e enredo satisfatórios. Não é autora que me deslumbre mas achei o livro num nível bom! Fiquei muito curiosa por ler o livro da Raven! Por favor, alguém que pegue nesta autora e publique os seguintes livros, já chega de começarem séries e não acabarem, arre!!

Já agora um pequeno desvendar do próximo post! Pois é para a semana é comentado aqui no Ponto M. o terceiro e último livro da trilogia da autora E.L.James “As Cinquenta Sombras Livre”. Quem está ansioso?

E se não sabem, ficam a saber que autora vem a Portugal, na próxima terça-feira, dia 20 de Novembro. Estará presente para uma sessão de autógrafos a começar às 19h00 na FNAC do Colombo, em Lisboa. É uma oportunidade a não perder para quem adora a trilogia. Confesso que vou mais pela curiosidade e pelo convívio mas já agora também quero ver a porn-mum mor ao vivo e a cores! :D



Alguém vai? E quem já leu este ou o outro livro da Nicole Jordan? Gostaram? 
Este livro foi-me emprestado pela Arttemizza do blog Arttemizza Books, no qual convido a visitarem e a seguirem! Obrigada!

1º volume

Parceria Tiara -[Grupo LeYa]

sábado, 17 de novembro de 2012

[Opinião] “O livro do chá” de Okakura Kakuzo (Coisas de Ler)



Edição/reimpressão: 2002
Páginas: 120
Editor: Coisas de Ler
ISBN: 9789728710033

Sinopse:

O Livro do Chá, escrito em inglês por um filósofo e professor Japonês, teve a sua primeira edição em 1906. O autor, Okakura Kakuzo, utiliza o chá como pretexto para apontar as diferenças e semelhanças entre Oriente e Ocidente. Para ele, a chávena de chá era a chávena da humanidade. Também este livro contém a essência da humanidade e é para ser saboreado lenta e deliberadamente. Apreciem-no.

Análise realizada por Liliana Novais/Blog os Livros Nossos:

“O Livro do Chá” dá-nos um pequeno vislumbre da cultura japonesa. Esta contínua, até aos dias de hoje, a ser algo exótico e misterioso.
Neste livro Okakura Kakuzo fala-nos de tudo que se relaciona com o chá, que é parte integrante da sua cultura, chama-lhe mesmo Culto do Chá, e o ideal a ele relacionado. Relata um pouco da sua história e das diferentes escolas de chá existentes.
Quem goste de chá, com este livro, fica a conhecer mais profundamente a história e as ligações deste ao Taoísmo e Zenismo e a expansão desta bebida ao Ocidente. Até mesmo a forma como o chá era servido é aqui descrita.
Este livro é uma obra de arte em que o autor aponta as diferenças entre o Ocidente e o Oriente utilizando, uma linguagem que por vezes é lírica. Por vezes é bastante violento e tendencioso na sua opinião.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

[Secção Criminal], "Os Diários Secretos", de Camilla Läckberg



Autor: Camilla Läckberg

Género: Policial

Título: "Os diários secretos"

Editora: Dom Quixote

Páginas: 520


Sinopse:

O verão está a chegar ao fim e a escritora Erica Falk regressa ao trabalho depois de gozar a licença de maternidade. Agora cabe ao marido, o inspetor Patrik, tratar da pequena Maja. Mas o crime não dá tréguas, nem sequer na tranquila cidade de Fjällbacka e, quando dois adolescentes descobrem o cadáver de Erik Frankel, Patrik terá de conciliar os cuidados à filha com a investigação do homicídio deste historiador especializado na Segunda Guerra Mundial. Recentemente, Erica fez uma surpreendente descoberta: encontrou os diários da mãe, com quem teve um relacionamento difícil, junto a uma antiga medalha nazi. Mas o mais inquietante é que, pouco antes da morte do historiador, Erica tinha ido a casa dele para obter informações sobre a medalha. Será que a sua visita desencadeou os acontecimentos que levaram à sua morte? E estará Erica preparada para conhecer os segredos dos diários da mãe? Camilla Läckberg combina com mestria uma história contemporânea com a vida de uma jovem na Suécia dos anos 1940. Com recurso a numerosos flashbacks, a autora leva-nos a descobrir o obscuro passado da família de Erica Falk.
Crítica/Opinião por: Cátia Correia/ Os Livros Nossos

Bem desta vez para começar deixo já a minha principal conclusão: é sem dúvida o meu livro preferido de Camilla Lackberg, absolutamente brilhante!!
No livro anterior, Ave de mau agoiro, terminamos na incógnita sobre a história de vida da mãe de Erika, Elsy, portanto este livro centra-se sobretudo nesse aspecto.

Após ter descoberto um baú com elementos sobre o passado de sua mãe (Elsy), Erika inicia assim um investigação para conhecer melhor quem foi esta mulher e o que a tornou tão fria e distante das suas filhas e é esta procura que vai desencadear o 1º crime..através dos comuns flashbacks da escritora, vamos conhecendo excertos da vida de Elsy, no período do final da 2ª Guerra Mundial (1945), e o seu núcleo de amigos mais próximos, cuja a 1º vitima fazia parte.. Talvez tenha sido isto que mais me apaixonou, a época da história, pois sou fascinada com tudo o que é escrito sobre estas épocas de gerras, se forem romances ou policiais, melhor ainda.

Neste livro temos a “ausência” de Patrick na investigação, pois encontra-se de licença de paternidade para cuidar de Maja, filha de ambos, mas para ele estar ausente  do seu trabalho é impossível, portanto contamos com a sua ajuda, dicas e opiniões, proporcionando-nos também momentos de algum humor relacionados com as façanhas da sua vida doméstica.

Temos ainda um elemento nova na equipa da policia, Paula, que ainda poucos sabem, mas é homosexual e a sua companheira está gravidissima, prestes a dar luz, a introdução destas novas personagens vêm dar alguma dinâmica ao enredo, pois no 5º livro, já conhemos todas as personagens e suas vidas, e é bastante fácil cair na monotonia, graças a tudo, Camilla Lackberg, não tem esse problema..

Pois bem, o policial é bastante intenso, e ao longo do livro faz-nos pensar e “acusar” vários culpados, pelo menos foi o que me aconteceu, mas com as viagens ao passado vamos resolvendo os problemas e preenchendo os vazios, mudando a culpa dos crimes para outra pessoa.

E quanto mais ambas as investigações (do crime e da Erika) se vão aprofundando ocorre outro crime, de uma pessoa que poderia ser chave de tudo, pois era conhecedora da história, mas infelizmente é doente de Alzheimer, o que a faz perder a lucidez, portanto lá continuamos e o livro torna-se pequeno e as páginas poucas para o meu apetite que descobrir e desvendar o mistério.

Eis então que, desta vez com um suicidio e com a descoberta dos últimos diários de Elsy, todos vão descobrindo novos elementos e chegando à mesmo conclusão, quem é o culpado e de como este esteve sempre presente mostrando-se inclusive disponivel para ajudar na investigação, e mais não digo, senão perde a piada, portanto quem não leu, toca a ler o livrinho! Para mim sem sombra de dúvidas, como já disse, o melhor dos melhores.. só para terminar, depois de tudo resolvido e não digo como, as duas irmãs Eika e Anna, descobrem que estão grávidas e com a descoberta de um novo membro na familia que a mãe deixou, parece-me que ainda ai vem outro livrinho, e por esse sim, mal posso esperar..