sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

[Renda & Saltos Altos] "Atracção Magnética", Série Hacker 1 - de Meredith Wild [Planeta]

Ficha Técnica:


Título: Atracção Magnética


Autora: Meredith Wild


Série: Hacker 1


Editora: Planeta


Edição: Fevereiro de 2016


Páginas:256


P. V. P.: 16,95€


Género: literatura erótica contemporânea

Classificação atribuída GoodReads: 5/5 estrelas



Crítica por Isabel Alexandra Almeida para o blogue Os Livros Nossos:


Atracção Magnética, de Meredith Wild, corresponde ao primeiro título da nova série erótica Hacker, que chega ao mercado Português com chancela Planeta, e promete conquistar rapidamente fãs incondicionais.

A protagonista feminina é Erica Hathaway, uma jovem dinâmica e empreendedora que termina a Licenciatura na Universidade de Boston, e ambiciona entrar,de imediato, no mundo profissional, através do arranque de um projecto ao qual se entregou a 200%, enquanto terminava o curso superior, o site de moda Clozpin.

Com o apoio de um Professor, Erica tem a oportunidade de apresentar o seu projecto de empreendedorismo a um grupo de investidores, o seu poder de persuasão ditará o seu futuro neste campo.
Casualmente, ou nem tanto, Erica trava conhecimento com Blake Landon, um bilionário do sector das tecnologias informáticas, tremendamente sexy, perspicaz e com uma aura de mistério a rodeá-lo, já que correm boatos de se tratar de um Hacker, tendo assim ascendido no mundo das novas tecnologias.

Erica conta com o apoio de Alli, a sua melhor amiga e colega de quarto na residência da Universidade de Boston, mas as jovens estão prestes a ver as suas vidas a mudar radicalmente, e muitos desafios irão surgir nos seus percursos de vida.

Para as duas amigas, uma noite em  Las Vegas, a cidade do pecado, irá deitar tudo a perder ou a ganhar, mas não nas mesas de um casino...

O carácter diferenciador desta série, e que fica logo patente neste primeiro livro, é a contextualização no mundo da informática e dos grandes investidores e empreendedores -numa abordagem bastante actual e realista -  a autora revelou uma particular aptidão para encontrar a combinação perfeita entre este contexto empresarial num sector muito específico e cheio de segredos que podem valer milhões, e os segredos familiares que envolvem a vida de Erica, sem esquecer as cenas de sexo verdadeiramente escaldantes e bem construídas, desenvolvendo-se a relação entre Blake e Erica a um ritmo bastante realista, e resultando a sua aproximação inevitável pelo fascínio que cada um virá a sentir pelo outro.

Há também um clima de permanente suspense e se ficamos já a par de alguns dos segredos do passado de Erica, ainda nos falta desvendar grande parte da teia de mistério que envolve Blake, mistério este que, claro, só contribui para tornar este personagem ainda mais sedutor, sendo dono de uma personalidade forte, é algo controlador mas também muito protector. Ficámos com imensa curiosidade para saber o que mais nos espera da parte deste príncipe encantado da era dos bites e bytes.

A combinação perfeita entre erotismo, paixão, sedução, segredos ocultos, ligações obscuras e potencialmente perigosas e muita emoção, num ritmo narrativo vertiginoso que nos leva a virar cada página com avidez, e ansiar pelo próximo capítulo da trama.



terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

[Blog Tour and International Giveaway] "Rescued by a Lady´s Love", by Christi Caldwell


BestSelling Author Christi Caldwell just released her new historical novel on 19th February. Want to find out more about this novel? Well, follow us:

[OFFICIAL BLURB]:

Destitute and determined to finally be free of any man’s shackles, Lily Benedict sets out to salvage her honor. With no choice but to commit a crime that will save her from her past, she enters the home of the recluse, Derek Winters, the new Duke of Blackthorne. But entering the "Beast of Blackthorne's" lair proves more threatening than she ever imagined.


With half a face and a mangled leg, Derek—once rugged and charming—only exists within the confines of his home.  Shunned by society, Derek is leery of the hauntingly beautiful Lily Benedict.  As time passes, she slips past his defenses, reminding him how to live again.  But when Lily's sordid past comes back, threatening her life, it's up to Derek to find the strength to become the hero he once was.  Can they overcome the darkness of their sins to find a life of love and redemption?






[EXCERPT]: 

“I don’t give a bloody hell if it is the damn Queen of England for tea and biscuits, do not darken my door.”

She stared unblinking at the door. This was William’s brother? This foul-mouthed, mannerless brute? A more rational, sensible woman would be fearful of the beast who dwelled on the other side. However, she was long past fearing a snarling, petulant duke.

The butler, Harris, looked painfully at her, his expression conveying an absolute uncertainty of how to proceed. He tried once more with his employer. “I-it is about the g—”

“If you say it is about the girl, I’ll have you hung by your ballocks.”

Oh, that was really enough. Lily reached past the servant, and ignoring his shocked gasp, she pressed the handle. 

Locked. 

She furrowed her brow. Humph. Well, she’d not anticipated that. Lily tried again. 

“Harrison, if you jiggle my damn handle once more, I’ll myself remove your hand from you body.”

A small giggle cut into the end of the duke’s vile speech and Lily whipped her head to the right. A little girl in white skirts stood at the end of the hall. The widening of her cornflower blue eyes indicated shock at being discovered. Then the giggling imp ducked back behind the wall and disappeared. 

Lily gave her head a shake. What manner of place was this? Angry, shouting men. Giggling, unattended children...and those same unattended children giggling at the shouting, angry men?  

Poor Harri. The man appeared one more outburst from the duke away from casting up his mornings account. Alas, Lily should have learned long ago from her own experience that ordinary people were capable of extraordinary courage. "


[The author]:





USA TODAY Bestselling author CHRISTI CALDWELL blames Judith McNaught’s “Whitney, My Love!” for luring her into the world of historical romance. While sitting in her graduate school apartment at the University of Connecticut, Christi decided to set aside her notes and pick up her laptop to try her hand at romance. She believes the most perfect heroes and heroines have imperfections, and she rather enjoys torturing them before crafting them a well-deserved happily ever after!

Christi makes her home in southern Connecticut where she spends her time writing her own enchanting historical romances, chasing around her feisty six-year-old son and caring for her twin princesses in training!








Where to Buy the novel:




Enter The Giveaway, for a chance to win:



segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

[Entrevista - Nacional] Cláudio Ramos em entrevista na semana em que lança oficialmente o seu novo livro “Equilíbrio” [Guerra & Paz Editores]



Texto: Isabel de Almeida 

Fotos: Pedro Varela Photografia – Cortesia Guerra & Paz Editores

Email: isabelalexandraalmeida@diariododistrito.pt

   Amanhã, 23 de Fevereiro de 2016, Cláudio Ramos lança o seu novo livro “Equilíbrio”, com chancela da Gerra & Paz Editores, o Diário do Distrito, em colaboração com os parceiros Nova Gazeta e Blog Literário Os Livros Nossos teve oportunidade de entrevistar o famoso comunicador e autor, venha connosco conhecer melhor Cláudio Ramos.

Os Livros Nossos/Nova Gazeta/Diário do Distrito: O que motivou o Cláudio a escrever o seu mais recente livro “Equilíbrio” ?

Cláudio Ramos: Um convite muito interessante da editora Guerra & Paz numa altura da minha vida onde achei que ele fazia muito sentido. Reúne tudo aquilo que é preciso ter, se lhe juntarmos boa vontade, para facilitar o nosso dia.

Diário do Distrito: Quais são as expectativas em termos de aceitação deste trabalho pelo público?

Cláudio Ramos: Enormes,  porque o público recebe os meus livros muito bem. Eles são feitos com verdade e isso nota-se em tudo, incluindo na altura das vendas e do agrado de quem os lê.

Os Livros Nossos/Nova Gazeta/Diário do Distrito: Em termos de trabalho de escrita, onde se sente mais confortável? Na escrita sobre lifestyle ou na ficção?

Cláudio Ramos: Sinto-me mais confortável nos livros práticos, mas os romances são uma paixão grande que tenho e onde gosto muito de mergulhar e não me tenho saído mal. Gosto muito do que escrevo, se bem que há um mundo pela frente para melhorar. Não se podem comparar as escritas. 

Os Livros Nossos/Nova Gazeta/Diário do Distrito: Está previsto algum regresso para breve à escrita de ficção?

Cláudio Ramos: Na minha cabeça já está a trabalhar...

Os Livros Nossos/Nova Gazeta/Diário do Distrito: Os seguidores e fãs do Cláudio constituem um incentivo ao trabalho que desenvolve no blogue e na página do Facebook – Eu, Cláudio?

Cláudio Ramos: É um tipo de escrita muito bem-disposta, sem nenhuma presunção! Mas é claro que o facto de ser lido por mais de dez mil pessoas todos os dias me incentiva a continuar.

Os Livros Nossos/Nova Gazeta/Diário do Distrito: Quais são os seus autores preferidos nos géneros ficção e não-ficção?

Cláudio Ramos: Não tenho nenhum de não ficção. Não sou um consumidor habitual deles. De ficção sou fascinado por José Luis Peixoto. Acho-o tão maravilhoso na escrita. Internacionalmente estou a descobrir agora Haruki Murakami um Nobel Japonês... vamos ver se me fascina. 

Os Livros Nossos/Nova Gazeta/Diário do Distrito: Que livro ou livros tem, neste momento, na mesa-de-cabeceira?

Cláudio Ramos: Tenho “Em teu ventre” do Zé Luís Peixoto e “Sono” do Haruki Murakami.

Os Livros Nossos/ Nova Gazeta/Diário do Distrito: Que medidas gostaria de ver tomadas para levar os Portugueses a cultivar mais os hábitos de leitura?

Cláudio Ramos: Os portugueses não lêem porque não têm o costume nem a educação de o fazer. Não tem a ver com mais nada. Nem sequer com o preço dos livros, porque os há de todos os preços. A educação é a base.

Os Livros Nossos/Nova Gazeta/Diário do Distrito: Qual a opinião do Cláudio acerca do facto de os autores estrangeiros serem, por norma, aqueles que mais vendem em Portugal?

Cláudio Ramos: Não acho exactamente isso. Acho que já há muitos autores portugueses que vendem muito em Portugal. Acho é que Portugal olha para o que é seu com olhos de distância e preconceito.

Os Livros Nossos/Nova Gazeta/Diário do Distrito: Como sente a sua evolução pessoal como escritor, o que mudou na sua obra entre os primeiros livros e este que agora publica?

Cláudio Ramos: Mudou muita coisa, porque à medida que vamos vivendo, lendo e absorvendo mais mundo, é obrigatório mudar a narrativa e a forma de a contar aos outros. Se não fosse assim seria um idiota estanque!

Os Livros Nossos/Nova Gazeta/Diário do Distrito: Quer deixar umas palavras de incentivo aos leitores para que estes escolham ler o seu livro “Equilíbrio”?

Cláudio Ramos: Que acreditem em cada página que estão a ler. 

Obrigado ;)


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

[Divulgação-Evento] Póvoa de Varzim recebe mais de 80 autores no 17º Correntes d´Escritas, de 23 a 27 de Fevereiro [Diário do Distrito]

Texto: Isabel de Almeida

Fonte: Município Póvoa de Varzim

Foto: Município Póvoa de Varzim

Artigo publicado em colaboração com Diário do Distrito.


O Vice-Presidente e Vereador da Cultura, Luís Diamantino, reconhece que: “é muito complicado para a organização ter que seleccionar tanta gente boa, tantos bons escritores como nós temos. É difícil porque cada vez há mais gente a querer vir ao Correntes d’Escritas. No primeiro encontro, tivemos 24 escritores e foi preciso pedir-lhes muito, agora, temos que selecionar os escritores que vêm cá”.

Autores como Onésimo Teotónio de Almeida, Ivo Machado, Manuel Rui, Vergílio Alberto Vieira, Carlos Quiroga ou José Carlos de Vasconcelos acompanham o Correntes desde tenra idade ou mesmo desde o seu nascimento, em 2000. Mais recentemente, outros autores aceitaram o desafio de se juntar a esta iniciativa: Francisco Conduto Pina (Secretário de Estado da Juventude, Cultura e Desportos da Guiné-Bissau), Harrie Lemmens, Manuel Alegre e Ricardo Araújo Pereira. A 17ª edição contará com 27 estreantes. 

No certame estarão representados 11 países, desde Portugal, Espanha, Brasil, Angola, Argentina, México, Peru, Chile à Guiné, com destaque para Porto Rico, que se estreia no encontro através da escritora Mayra Santos-Febres.

O escritor convidado para proferir a Conferência de Abertura, no Cine-Teatro Garrett, às 15h00 do dia 24, é José Tolentino Mendonça. Sobre este convidado, Luís Diamantino referiu que: "José Tolentino Mendonça é um escrutinador da sociedade actual. Ele procura, no seu estudo da sociedade, dar respostas, abrir caminhos, filosofar e fazer reflectir que é algo que fazemos muito pouco, cada vez menos. Faz-nos reflectir sobre o momento que estamos a viver. É isso que nos faz descobrir outros caminhos com o Tolentino Mendonça. Para além de ser um escritor que utiliza muitas metáforas e alegorias que nos levam para vários caminhos. Vamos ter, com certeza, uma Conferência singular".

Dia 24 de Fevereiro, às 22h00, a Mesa 2 reúne um leque de convidados bastante mediático em Portugal: Carlos Vaz Marques, João Miguel Tavares, Pedro Mexia e Ricardo Araújo Pereira. O conhecido “Governo Sombra” foi desafiado pela organização para debaterem, na Póvoa de Varzim, o tema “Não me interpretem mal”.

O festival literário contará com um total de 11 Mesas, diversos lançamentos de livros, exposições, cinema, um concerto comentado, poesia e Feira do Livro.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

[Crítica Contemporânea] "Tu, eu e Todo o Tempo do Mundo", de Taylor Jenkins Reid [Editorial Presença]


Ficha Técnica:


Título: Tu, Eu e Todo o Tempo do Mundo


Autora: Taylor Jenkins Reid


Edição: Fevereiro de 2016


Colecção: Grandes Narrativas [nº 626]


Editora: Editorial Presença


Páginas: 304


Classificação atribuída no GR: 4/5 estrelas


Saiba mais detalhes sobre a obra AQUI


Crítica por Isabel Alexandra Almeida para o blogue Os Livros Nossos:


Tu, Eu e Todo o Tempo do Mundo, de Taylor Jenkins Reid é o romance de estreia desta autora Norte-Americana, que nos surpreende, desde logo, pela riqueza, rigor e forma desafrontada como aborda um tema bastante complexo e pertinente como o luto pela perda da pessoa amada.

Elsie Porter é uma jovem  e independente bibliotecária que mantém com os pais - médicos viciados no trabalho - uma relação muito pouco próxima e carente de afectividade. A pessoa com quem pode sempre contar, nos bons e maus momentos, é a sua melhor amiga Ana.

Elsie levava uma vida simples e algo rotineira, até que, acidentalmente, conheceu Ben, o amor da sua vida, e, muito rapidamente, o que começou com uma atracção física transformou-se numa relação estável, intensa mas que foi brutalmente interrompida pela morte acidental de Ben.

A protagonista ilustra de modo muito realista e terra a terra uma jovem esposa enlutada, apresentando as várias fases do luto: choque, negação e uma lenta aceitação.

A sensação de que a vida deixa de ter sentido após a morte do marido, o isolamento social, o descurar a imagem pessoal, e a culpabilização pela perda sofrida também são evidentes no percurso de Elsie.

Curiosa é também a evolução do relacionamento entre Elsie e Susan, a sogra que apenas virá a conhecer aquando do falecimento de Ben. Inicialmente,  a desconfiança e alguma hostilidade marcam o contacto entre ambas, mas os seus caminhos não são tão opostos como, à partida, poderia parecer, pois também Susan perdeu o marido e encontra-se ainda a tentar lidar com essa situação, quando é apanhada de surpresa pela morte do filho, e por um aspecto da vida deste que desconhecia.

A narrativa vai alternando entre o passado e o presente de Elsie, e vamos assistindo à sua caminhada emocional ao longo do processo de luto, e à sua evolução psicológica neste campo.

Terno, intenso, realista e emotivo, é um romance que nos faz oscilar entre a sensação de ternura e de empatia em relação à tristeza da protagonista e da sogra, e que revela maturidade  e sensibilidade por parte da jovem autora.


[Pré-Publicação] "Curiosidades do Vaticano", de Luís Miguel Rocha [Porto Editora]


No próximo dia 18 de Fevereiro a Porto Editora lança a obra póstuma do autor Luís Miguel Rocha - Curiosidades do Vaticano - a qual corresponde a uma compilação de textos que o autor foi publicando na sua página, e decorrendo do contacto com os seus leitores, que adorava.

A publicação desta obra, que constitui uma justa homenagem a um dos melhores autores nacionais, infelizmente desaparecido precocemente, vai ao encontro de um desejo que havia sido formulado por Luís Miguel Rocha.

Em colaboração com a Porto Editora, o blogue Os Livros Nossos procede à pré-publicação de um excerto da muito aguardada obra Curiosidades do Vaticano.


Pode aceder ao texto em pré-publicação clicando AQUI









[Resultado Passatempo Presença] "Tu, eu e todo o tempo do mundo", de Taylor Jenkins Reid



E terminado o nosso passatempo especial de S. Valentim, com o apoio da nossa parceira Editorial Presença, estamos em condições de anunciar o resultado do mesmo.

Total Participações: 100

Vencedora: Nº 11 - Aida Pinheiro - Feijó - Almada

Muitos parabéns à vencedora, e o nosso muito obrigada a todos os participantes. No próximo mês completamos o nosso quarto aniversário, e teremos muitas muitas surpresas para os nossos leitores, fiquem atentos.


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

[Secção Criminal] "Um estranho lugar para morrer", de Derek B. Miller [Asa]


Ficha Técnica:


Título: Um estranho lugar para morrer


Autor: Derek B. Miller


Edição: 2014


Editora: Asa [Grupo LeYa]


Nº de Páginas: 304


Género: Thriller/policial


Saiba mais sobre esta obra AQUI


                                                                           [Sinopse]:

Sheldon, um judeu americano, parece ter chegado ao fim da linha. É viúvo, tem 80 anos, e revela sinais de demência. A filha, preocupada, decide levá-lo para Oslo, onde vive com o marido. Um dia, quando o deixa sozinho no apartamento, Sheldon ouve ruídos na escada. Percebe que é uma vizinha a ser perseguida, a tentar proteger desesperadamente um filho pequeno. A mulher acaba por ser morta selvaticamente. Mas o octogenário consegue, in extremis, esconder a criança dos perseguidores. É o ponto de partida de um romance onde tudo nos surpreende. Aos poucos, juntamos as peças do puzzle. Sheldon é afinal um ex-veterano da Guerra da Coreia, que há décadas vive num secreto inferno, a tentar expiar um crime involuntário. Num último esforço para se redimir, assume como missão salvar o filho da vizinha. Numa terra desconhecida para ambos, começa uma fuga épica, que os levará aos confins da Noruega - e uma perseguição implacável, movida por um gangue kosovar. 
Um estranho lugar para morrer, considerado o melhor romance do ano por uma série de publicações, desafia qualquer definição. O ritmo e a tensão absolutamente sufocantes remetem para o thriller moderno, do mais fino recorte escandinavo. Mas o autor, um ativista do desarmamento e dos direitos humanos, usa a dramática epopeia de Sheldon para pôr a nu a violência latente na cultura ocidental.

A inteligência de um romance literário sob a forma de thriller. New York Times


Crítica por Cláudia de Andrade para o Blogue Os Livros Nossos:

No encalce dos mais recentes policiais escandinavos, “Um estranho lugar para morrer” assoma-nos como um thriller psicológico intenso, com um herói surpreendente e com um final inesperado.

Sheldon (Donny) é um octogenário americano, judeu, que após a morte da mulher se muda para casa da neta em Oslo, onde esta vive com o marido. Apesar das tentativas para o fazerem sentir integrado, Sheldon sente-se desenquadrado e como que aceita prematuramente o seu fim.

Ao salvar o filho da vizinha que acaba brutalmente assassinada em sua casa, Sheldon enceta numa fuga por uma terra desconhecida, para proteger a criança (que lhe traz à mente e ao coração o seu próprio filho, morto em combate), do assassino da mãe.

Esta fuga é recheada de personagens reais e já idas que se imiscuem na mente de Sheldon enquanto o mesmo batalha para fazer as pazes com o seu passado e lida com um propósito reencontrado.

Perseguido por um assassino, que se revela ser bem mais do que aparenta, tal como pela polícia, somos convidados a acompanhar as personagens numa viagem aos recônditos da Noruega e aos lugares mais escuros das suas próprias mentes.
  


sábado, 6 de fevereiro de 2016

[Reportagem]Livraria Bertrand Amoreiras palco do lançamento do livro “Fazer do medo coragem”, de Teresa Marta [Os Livros Nossos/Diário do Distrito/Nova Gazeta]


Sexta-feira, 5 de Fevereiro de 2016, pelas 18.30, a Livraria Bertrand Amoreiras, no coração de Lisboa, foi palco do emotivo lançamento do livro “Fazer do Medo Coragem”, de Teresa Marta, a obra de estreia da autora, com chancela Matéria-Prima Edições.

A apresentação do livro coube ao comunicador Cláudio Ramos, que referiu ter achado bastante interessante pois também tem muitos medos. Destacou que a autora, de forma prática, procura resolver algumas questões como: o medo de ficar sozinho, o medo do silêncio, o medo da dependência, o medo do desafio. Cláudio Ramos sugeriu que os leitores, ao chegar a casa, abrissem o livro numa página ao acaso, e se dedicassem a ler a história sobre medo que ali encontrassem. Acrescentou ser um livro que se nota ter sido escrito com verdade. O comunicador acha que o medo é uma linha invisível que nos surge pela frente e que nos custa a ultrapassar e nem sempre temos alguém que nos ajude, e o livro de Teresa Marta poderá ser uma ajuda.

Teresa Marta explicou que o seu livro resulta da sua experiência pessoal, apesar de já ter na sua vida “passado as passinhas do Algarve” (SIC), tal não faz de si uma pessoa deprimida. A autora referiu que sempre teve o sonho de escrever e o livro é um sonho tornado realidade, tendo algumas coisas escritas desde a infância, em boa hora foi feita esta publicação. O livro foi escrito em três meses e foi uma obra que saiu das entranhas da autora. Teresa Marta agradeceu também as palavras de Cláudio Ramos, assinalando que este é também ele um exemplo pessoal de coragem, é alguém que fez o caminho ou que ainda está a fazer o caminho. Oriunda de uma região rural, recordou o preconceito que enfrentou, por exemplo, quando perguntavam aos pais onde ela ficaria a dormir, quando Teresa Marta veio para a faculdade. 



Ao lançamento, que recebeu forte adesão do público, seguiu-se uma concorrida sessão de autógrafos, tendo sido bem visível o carinho que amigos e público anónimo dedicam à simpática e sensível autora.



Autora do site e página do facebook – Teresa Sem Medo – Teresa Marta lançou em 2013 o projecto de formação e Coaching Academia da Coragem, onde promove o desenvolvimento pessoal em sessões de formato individual ou colectivo, sendo 2016 o ano que marcará a realização deste modelo de trabalho de Coaching Comportamental às empresas e organizações em geral.

Texto: Isabel de Almeida /Diário do Distrito/ Nova Gazeta
Foto: Os Livros Nossos

[Reportagem]Eduardo Sá marcou presença nos CTT da Gare do Oriente em Sessão de Autógrafos.[Lua de Papel]




Sexta-feira, dia 05 de Fevereiro de 2016, pelas 16 horas, teve início a sessão de autógrafos de Eduardo Sá na Estação dos CTT da Gare do Oriente, onde podiam ser adquiridas as diversas obras do autor, desde as dedicadas à Psicologia, com especial destaque para a obra “Um Estranho no Coração”, um romance de ficção com chancela da Lua de Papel (Grupo LeYa).

Além do autor, e dos diversos leitores que aproveitaram para fazer autografar os seus livros, esteve também presente José Pratas, editor da Lua de Papel, em representação da editora.
O evento decorreu em ambiente descontraído e informal, despertando, também, a natural curiosidade também do público anónimo que ia passando pelo local para usufruir do serviço habitual dos CTT.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

[Entrevista - Nacional] Teresa Marta em entrevista a propósito do seu livro "Fazer do medo coragem" [Diário do Distrito/Nova Gazeta/Os Livros Nossos]

Numa iniciativa conjunta com os nossos media partners Diário do Distrito e Nova Gazeta, entrevistámos ontem, dia 02/03/2016, a autora Teresa Marta a propósito do próximo lançamento do livro “Fazer do Medo Coragem” [Com prefácio de Helena Sacadura Cabral] a decorrer no próximo dia 5 de Fevereiro na Livraria Bertrand Editora das Amoreiras , a partir das 18h30m.

A autora é Licenciada em Comunicação Social, Pós Graduada em Marketing e Serviços e Mestre em Psicoterapia Existencial. Após 21 anos como Gestora, em 2013 decidiu mudar a sua vida, desempregar-se e lançar o seu projecto “Academia da Coragem”, como Coacher certificada, desenvolvendo actividades de potenciação do desenvolvimento pessoal, através do uso de metodologias activas. Ficámos a conhecer melhor a mulher por detrás da obra, e partilhamos este conhecimento com os leitores.

Os Livros Nossos: Este livro surge como corolário lógico na sequência da sua formação académica e do projecto Academia da Coragem?

Teresa Marta: Não tem tanto a ver com a formação académica. Eu fui vossa colega, trabalhei na Rádio Pal, sou Licenciada em Comunicação Social, Pós Graduada em Marketing de Serviços e só fiz o Mestrado em Psicoterapia Existencial em 2007. O livro reflecte uma mudança da minha área de actividade, eu sempre fui gestora e trabalhei em marketing e sempre tive muita apetência por perceber o que nos mantém presos ao sofrimento, o facto de ter nascido numa família também rural. Havia uma grande taxa de suicídio,  a própria mãe da minha mãe tentou suicidar-se duas vezes. Violência doméstica, hoje fala-se muito em violência doméstica porque temos as coisas mais visíveis, mas antigamente havia muita violência doméstica  que nem sequer era falada, era vivida dentro de casa,  e aguentava-se a verdade era essa. E a Academia surgiu então quando eu tive necessidade de começar a colocar no terreno afinal o que era isso da coragem, como é que nós podemos libertar-nos do medo. O livro conta dez histórias, dez histórias de medo,  e o primeiro capítulo é a minha própria história, são os tais sessenta anos de medo,  que foram tantos quantos durou o casamento da minha avó Emília, a minha mãe morreu com 64 anos e  isso no fundo resumo a história quer da minha avó, quer da minha mãe. E a minha questão fundamental é, então porque é que nós, se temos medo, estamos oprimidas pelo medo e nunca saímos do medo, o que justifica isso? E, de facto, o meu Mestrado em Psicoterapia Existencial levou-me depois a fazer a certificação internacional em Coaching Motivacional e dos Comportamentos e em estudar em maior profundidade, onde é que o medo surge no ser humano, se o medo é inato ou se é cultural ou educacional, e fe facto, há um misto das duas coisas. Ora, se nós aprendemos a ter medo em crianças, como é que os nossos pais nos ensinam ? – Olha tem cuidado, vais para ali, olha que podem-te fazer isto; olha não subas aí que é muito alto para ti;  olha que cais e partes a cabeça. É para protegermos a cria mas somos educados a ter medo – não comes a sopa vem o homem do saco.

Os Livros Nossos: Há uma cultura do medo?

Teresa Marta: Há, no meu tempo eram os ciganos, não comia a sopa vinham os ciganos. Agora há uma nova frase que é – deixa vir o teu pai que já vais ver como é que é! – Nós no fundo proporcionamos isso, e fomos ensinados desde miúdos a ter medo, a questão é que, esse medo, que até certo ponto nos protege, em adultos, quando vamos ter nós próprios relacionamentos amorosos, a nossa família, e entramos nas empresas,  o medo condiciona-nos e nós começamos a agir não pelo que sentimos, mas por tudo aquilo que nos foram ensinando. Isso é maravilhoso, perceber como é que o ser humano adquire o medo, e como é que nós podemos livrar-nos do medo e ter uma vida mais equilibrada.

Os Livros Nossos: O medo é uma força de bloqueio?

Teresa Marta: Quando é tóxico o medo é uma força de bloqueio. Aliás, há estudos muito interessantes de um Psicólogo e Psiquiatra Americano, que é o Peter Levine, que vem referido no livro. Fez estudos fantásticos e criou uma coisa que é o Instituto do Trauma, e a maior parte da vida dele foi dedicada aos animais selvagens a tentar perceber. Há uma lebre a fugir de um coiote, nós os seres humanos copiámos isso da natureza, temos três maneiras de fugir ao medo: a primeira é não nos movermos; a segunda forma é lutar e a terceira é fugir, Então a lebre fugia do coiote mas ele andava mais depressa, então a lebre ficou quieta, reduziu o batimento cardíaco e o coiote deixou-a pensando estar morta. A lebre, ao contrário de nós, não tem memória do trauma. Nós somos os nossos maiores carrascos. O ser humano memoriza o trauma. Esse registo negativo vai lá ficando, e podemos mesmo adoecer com medo, ficamos com aquele pensamento recorrente, a seguir os pensamentos adoecidos eu não posso claramente sentir-me bem, eu acabo por adoecer o meu corpo, se estou sempre a sentir-me mal emocionalmente eu vou somatizar e há cancros nomeadamente na zona do estomago e do intestino que são somatizados são pessoas que não conseguem deixar ir. Nós interrompemos a linha da vida, em vez de vivermos o presente estamos preocupados com o  “E se”, a maioria das pessoas que encontro no Coaching tem sempre esta questão do E se, encontra-se uma solução caso a empresa vá à falência, e se eu adoeço e não posso mesmo trabalhar depois . Nós seres humanos vivemos em busca da felicidade, é a nossa busca fundamental, o que para cada um de nós significa a felicidade é outra coisa, mas se estivermos antes preocupados em ver o que isto tem de bom agora, porque mesmo a noite dá origem ao dia, a tempestade dá origem a algo bom e nós aprendemos a conviver com isso. As pessoas ficam ansiosas, ficam angustiadas começam a acreditar que não são capazes, e caem, e ai há várias formas de cair das mais leves às mais pesadas.

Os Livros Nossos: Começa já a sentir alguma sensibilização para estas temáticas ao nível organizacional?

Teresa Marta: É a minha próxima fase, como trabalhei em empresas 21 anos, estou a fazer um trabalho para perceber quais são os custos do medo nas empresas. O líder tem medo de perder o poder, de ser falado nos corredores, de não atingir os objectivos e os funcionários também têm medo, por vezes incutido pelos chefes – não estás contente com o teu salário então vai lá ver como será arranjares outro emprego – e este medo é trazido para vida privada, para a família. As empresas que vivem este clima não inovam, as pessoas tem ideias para inovar mas até têm medo de as dizer com medo de serem ridicularizados ou postos de lado, são empresas que perdem clientes porque depois quem trabalha na área comercial  quando vai visitar o cliente já não vai satisfeito, são empresas que perdem a auto-estima e perdem muito do que é o seu potencial.  Há estudos muito interessantes nos Estados Unidos e aqui ao lado em Espanha, por exemplo, Pilar Jericó tem feito estudos sobre quanto as empresas estão a perder devido ao medo nas empresas e utiliza a expressão  “gestão medo zero” o que podem os gestores fazer para diminuir o medo nas empresas e aumentar a produtividade mas não pode ser uma produtividade e um lucro cego.

Os Livros Nossos: Denotam-se sectores económicos onde esta lógica do medo esteja mais acentuada?

Teresa Marta: A banca é um deles, todos os sectores que terabalhem com objectivos económicos têm medo. No sector automóvel há menos. A banca tem medo de perder clientes e de os clientes não serem tão rentáveis, se eu deixar de pagar um empréstimo o banco não vai receber. Nos seguros a mesma coisa, quando foi a venda de uma seguradora Portuguesa, quando os funcionários viam uma pessoa engravatada acompanhada de um comité a dar a volta ao open space, pensavam logo os funcionários quem é que eles vão dispensar esta semana, quem de nós vai ser convidado a sair. Os seguros a banca, a área da restauração, no fundo são áreas que estão mais dependentes do bolso do consumidor final. Há profissões de maior risco e há profissões mais seguras, embora hoje não existam empregos para a vida. È uma questão ligada ao medo e à coragem. Nós aceitarmos a insegurança é natural. No meu caso pessoal, ao decidir despedir-me em 2013, o que me custou mais fazer foi desapegar-me. Porque é verdade que é confortável viver com um salário fixo, uma boa casa, um bom carro. Esse desapego de eu perceber que tinha de remodelar a minha vida toda, eu passei a viver com um quarto daquilo com que vivia. Eu sou mais feliz, deixei de fazer milhares de horas na empresa, milhares de quilómetros de carro, passei a ter mais tempo para o meu filho.

Os Livros Nossos: Quanto tempo levou a conseguir esse desapego?

Teresa Marta: Eu ainda estou em desapego. Eu nunca mais fiz férias, por exemplo, não tenho dinheiro neste momento para ir de férias, tinha duas casas só tenho uma, tinha um carro de oitenta mil euros agora tenho um utilitário. Estou a viver das minhas ainda poucas sessões de coaching e de uma poupança que fiz. A política não me paga nada, apenas as senhas da assembleia, eu nunca vivi nem quero viver da política. 

Os Livros Nossos: Qual foi a história mais marcante do seu livro?

Teresa Marta: A mais marcante de todas foi uma senhora que não conseguia engravidar, tinha perdido uma filha com um tumor cerebral com 17 anos, Apareceu-me na primeira sessão com um potinho e perguntou se o podia colocar em cima da mesa e eu disse que sim, e depois disse-me – é a Iris – eram as cinzas da filha de que não conseguiam separar-se, perdeu o casamento, é a história típica de quem tem tudo financeiramente mas não tem o resto, temos a tendência para associar felicidade a dinheiro, é certo que ajuda, mas não é tudo. Temos que prescindir de amigos, de relações, de tempo para nós. Nós acabamos por ter de prescindir daquilo que é a nossa missão de vida. Não preciso muito para ser feliz, mas depois temos aquela ideia de – e se eu tiver mais isto – e é a eterna insatisfação do ser humano. Uma vez tive um senhor que me disse: tenho três casas, uma mulher fantástica, três filhos maravilhosos, um Jeep e um carro topo de gama, e depois vamos para o Algarve de avião e temos lá outro carro e no entanto não sou feliz, explique-me lá o que se passa. Às vezes termos tanta coisa acabamos por não valorizar outras pequenas coisas – ter tempo para tomar um café com os amigos, para ficar sozinha.

Os Livros Nossos: E a crise trouxe medo?

Teresa Marta: Trouxe muito medo. Como poderia eu ajudar se não tivesse experiencias minhas, por exemplo, no caso da mãe que tinha perdido a filha com um tumor cerebral eu nunca a entenderia se não tivesse filhos. Eu pensei que a senhora não ia voltar mais, eu chorei o tempo todo, depois acabámos abraçadas. Na sétima sessão ela disse-me que tinha ido deitar as cinzas da filha ao Guincho, como a filha havia pedido.

Os Livros Nossos: A Teresa acabou por ser uma mais-valia para essa mãe?

Teresa Marta: No dia em que acharmos que somos os melhores, como aqueles terapeutas que dizem estar resolvidíssimos algo não está certo. Nenhum ser humano está resolvido. 

Os Livros Nossos: Ao longo deste tempo todo tem sentido que tem ajudado as pessoas?

Teresa Marta: Sim tenho sentido. A vantagem de juntarmos metodologias activas à psicoterapia. Eu não faço psicoterapia no sentido estrito da expressão e isto foi por opção, porque comecei a sentir que posso ajudar mais juntando duas coisas, a minha experiencia pessoal porque passei pelos processos, e em segundo lugar a questão do fazer,  porque nós não podemos dizer que não conseguimos até tentarmos. Claro que eu ajudo as pessoas, mas não sei até que ponto eu própria saio enriquecida. No dia em que eu achar que sou a maior mandem-me internar [risos].

Os Livros Nossos: A quem aconselharia, no imediato, o livro que escreveu?

Teresa Marta: A todas as pessoas que estejam a sofrer com perdas físicas, emocionais ou com sensação de injustiça que sintam.

Os Livros Nossos: Alguma vez esteve indecisa entre o Coaching e a Psicologia ou nem sequer foi por ai?

Teresa Marta: Eu nem fui por ai porque tenho vários amigos psicólogos, sobretudo amigas e como sou uma mulher que veio das empresas a psicologia não ia proporcionar tudo o que eu desejava. Por isso fiz formação em psicoterapia existencial. Como quero levar o coaching da coragem para as empresas falta a vertente de agir, como vamos proporcionar a mudança.

Os Livros Nossos: A nível de procura de Coaching ocorre mais a nível individual ou institucional?

Teresa Marta: Mais individual, também porque o meu marketing tem sido mais noutro sentido, eu tive de testar primeiro a metodologia ao nível individual antes de ir para as empresas, era incapaz de ir para as empresas sem saber se teria resultados, também porque fui gestora e não lido bem com o insucesso, confesso. 


Entrevista conduzida por: Isabel de Almeida e Miguel Garcia 

Foto: Miguel Garcia/Diário do Distrito/Nova Gazeta


[Passatempo - Especial S. Valentim] "Tu, Eu e todo o tempo do mundo [Editorial Presença]



Para Celebrarmos o S. Valentim, temos para sortear entre os nossos leitores um exemplar do livro Tu, Eu e todo o tempo do mundo, de Taylor Jenkins Reid, com o apoio da nossa parceira Editorial Presença.

[Regras do Passatempo]:

- O passatempo decorrerá entre o dia 3 de Fevereiro de 2016 e as 23 horas e 59 minutos do dia 12 de Fevereiro de 2016.

- Será necessário preencher correctamente o formulário de participação.

- Serão válidas participações de Portugal Continental e Ilhas.

- É obrigatório ser fã do blogue no Facebook e/ou no Google + e seguidor da Editorial Presença no Facebook.

- Apenas é permitida uma participação por pessoa.

- O vencedor será sorteado  aleatoriamente através do site Random.com, sendo o prémio enviado ao vencedor pela Editora, nem a Editora nem a administração do blogue se responsabilizam por atraso ou eventual extravio de correspondência no sistema postal nacional.

Podem encontrar a resposta para a pergunta do formulário AQUI





segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

[Secção Criminal] "Um Caso Tipicamente Inglês", de Elizabeth Edmondson [Asa]

Ficha Técnica:

Título: Um Caso Tipicamente Inglês


Autora: Elizabeth Edmondson


Edição: Janeiro de 2016


Editora: ASA


Páginas: 368


Género: Mistério/Policial/Histórico


Classificação GR: 5/5 Estrelas


Saiba mais detalhes sobre a obra AQUI

[Sinopse]:

Numa encantadora vila rural inglesa, o Castelo de Selchester definha. A II Guerra Mundial terminou há pouco, e nos imponentes salões restam apenas os ecos de glórias passadas.  É um destino pouco apetecível para Hugo Hawksworth, oficial dos Serviços Secretos a quem é confiada a missão de organizar os arquivos do castelo. O jovem chega acompanhado pela irmã mais nova, Georgia, por quem é responsável desde a morte dos pais. Ambos antecipam uma estadia entediante e desconfortável.  Estão enganados.
A vida no campo é uma surpresa. Rodeados de aristocratas altivos e grandiosas mansões, empregados excêntricos e vizinhos indiscretos, os irmãos sentem que mergulharam  noutra era. Mas rapidamente se deparam com segredos, intrigas familiares, uma ou outra traição e... o esqueleto do Conde de Selchester, cujo desaparecimento numa noite de tempestade permanecia envolto em mistério. A polícia encerra o caso sem grandes demoras. Hugo, no entanto, não se deixa convencer. Com a ajuda de Freya Wryton, a tentadora sobrinha do conde, lança-se numa investigação cujas sombrias implicações irão agitar todos os que o rodeiam. 
Com a elegância de Downton Abbey e a astúcia de Agatha Christie, Um Caso Tipicamente Inglês é o primeiro volume da Série Selchester e marca o regresso à escrita de Elizabeth Edmondson, uma das escritoras mais queridas dos leitores portugueses.

Crítica por Isabel Alexandra Almeida para o blog Os Livros Nossos:

Um Caso Tipicamente Inglês, de Elizabeth Edmondson, corresponde ao primeiro romance da Série Selchester, sendo uma história que a própria autora [infelizmente falecida no passado mês de Janeiro] qualificaria como "Mistério Vintage".

A acção decorre numa povoação rural Inglesa, tendo como ponto de partida recortes de imprensa que narram o misterioso desaparecimento de Lorde Selchester, numa fria noite de tempestade em 1947 (em plena II Guerra Mundial), e centrando-se a acção principal em 1953, ainda no rescaldo da guerra, quando Hugo Hawksworth, um oficial dos serviços secretos britânicos, é enviado para Selchester para trabalhar num departamento secreto, denominado The Hall, onde diversos funcionários trabalham sob a máscara de realização de estudos estatísticos. Hugo, ferido numa perna, enquanto prestava serviço para a sua Pátria, vê-se agora condenado a trabalho de secretária, e vai residir com a jovem irmã de 13 anos - a perspicaz e intuitiva Georgia - no Castelo de Selchester, onde se cruzam com Freya Writon (sobrinha do desaparecido Conde de Selchester) que se habita uma torre do Castelo, a pretexto de escrever a história da sua aristocrática família, enquanto permanece o impasse legal de ser reconhecido o óbito do Conde, e confiada a sua herança à herdeira legal - Lady Sonia - uma vez que o herdeiro do sexo masculino, Tom, faleceu em combate pouco depois do desaparecimento do pai.

Habituado ao bulício e relativo anonimato de que gozava em Londres, Hugo ver-se-á inserido, inicialmente a contragosto, num ambiente rural ainda muito marcado por uma visão algo medieval da sociedade, onde os Aristocratas, como o Conde de Selchester, são temidos e mais ou menos respeitados. 

Também Freya recebe os seus hóspedes, por imposição do Superior de Hugo, Sir Bernard, um dos administradores da herança do Conde, receando ver invadida a sua privacidade e a paz de que ainda ali beneficia até que a prima - Sonia - consiga concretizar os seus planos de vender a herança e pôr fim a uma época que levará consigo os segredos de família.

Georgia, por sua vez, encontrará na escola local um ambiente mais aprazível do que aquele que esperava, fará novas amizades e adaptar-se-á à vida no Castelo de Selchester, encontrando uma inesperada amiga e protectora na governanta Mrs. P.

A descoberta de um cadáver sob o lajedo da Capela Velha no Castelo irá trazer à superfície o paradeiro do desaparecido conde, e colocará Hugo, Freya e Georgia numa inesperada equipa de investigação paralela, enquanto a polícia local se mostra pouco colaborante e nada predisposta a desvendar o mistério, antes estando mais interessada em encerrar o dossier do Conde Selchester sem causar danos colateriais que possam pôr em causa a segurança do pais, atento o facto de o Conde ter tido uma figura de destaque no governo da nação.

Hugo, um circunspecto funcionário Londrino, que se sente algo deprimido devido às suas limitações físicas, descobrirá em Selchester uma investigação que o entusiasma mais do que as suas monótonas funções em The Hall, e depara-se com uma irmã que está a crescer, e que tem a rebeldia própria da adolescência.

Denota-se entre Freya e Hugo alguma tensão romântica, cujo desenlace mantém também o interesse das leitoras mais românticas.

Interessante é, também, a forma como  Elizabeth Edmondson contextualizou historicamente a narrativa, dando conta de algumas inquietações próprias do pós-guerra, do fim de uma época mais tradicionalista e das novas correntes científicas, com hilariantes e bem conseguidas referências a Sigmund Freud, Anna Freud e ao movimento psicanalítico que então começa a afirmar-se no panorama  cultural britânico.

Num ambiente marcado pelos mexericos próprios de uma zona rural, sendo evidente a hipocrisia e os segredos da classe aristocrática, tolerada pelos habitantes locais, o receio de ver instalar no Castelo secular um hotel de luxo que irá desvirtuar a herança histórica de um património bastante rico, o leitor é envolvido na investigação da morte do Conde de Selchester, ao mesmo tempo que se confronta com segredos de família e um clima de permanente mistério com alguns twists finais que alimentam a vontade de saber toda a verdade.

Glamour, mistério, intriga, perigo, segredos de família e emoções fortes, numa trama bem conseguida e que nos deixa expectantes para novos desenvolvimentos no segundo livro da série! Os leitores de Agatha Christie vão, certamente, adorar este romance.