São Martins é leitora viciada e fã assumida do autor Português José Rodrigues dos Santos.
São esteve presente no lançamento do 16º romance do autor - Vaticanum - e conta-nos como foi e o que sentiu;
O jornalista e escritor José Rodrigues dos Santos acaba de lançar o seu 16º romance, com o título Vaticanum. O romance está à venda desde o passado dia 6 do corrente mês, tendo a apresentação tido lugar no passado Sábado, dia 8, pelas 17 horas, na Sociedade de Geografia de Lisboa, onde estiveram presentes cerca de 700 pessoas. A apresentação esteve a cargo de João Paulo Batalha, director executivo da Associação Cívica Transparência e Integridade. A cerimónia contou ainda com uma representação teatral, a cargo do grupo de teatro amador de Tomar Fatias de Cá, onde foi representada uma das cenas mais marcantes da obra: o rapto do Papa por fundamentalistas islâmicos. Houve ainda espaço para uma actuação do grupo de canto gregoriano do Instituto Gregoriano de Lisboa, a quem coube a abertura da cerimónia.
A cerimónia de apresentação deste 16º romance do autor teve, como habitualmente, a característica de não se limitar a ser uma apresentação de um livro na forma tradicional. Além da sessão de canto Gregoriano , houve como já referi a encenação de uma pequena peça de teatro, que retratou uma das passagens do romance. Esta representação teatral teve as suas características muito peculiares e momentos de humor. Os exemplos mais característicos aconteceram quando a personagem do Papa explicou que tinha decidido ir à apresentação daquele livro, pois ao ver a fotografia do autor, tinha concluído que um homem com umas orelhas assim seria seguramente capaz de ouvir a palavra da salvação. Houve também o momento em que a personagem Tomás Noronha referiu que se o José Rodrigues dos Santos estava à espera que ele lhe chamasse pai, podia esperar sentado. O momento mais forte da pequena peça foi, no entanto, quando o Papa foi levado e o próprio autor entrou na brincadeira e, no seu tom de reportagem de guerra, pediu às pessoas para manterem a calma, para não entrarem em pânico, nem abandonarem a sala, pois ia tentar perceber a razão daquele imprevisto. Confesso que houve ali umas fracções de segundo em que receei que o feitiço se tivesse virado contra o feiticeiro e, por coincidência, estivesse mesmo a acontecer alguma coisa terrível.
A cerimónia foi seguida de uma sessão de autógrafos.
José Rodrigues dos Santos, o escritor que é, neste momento, o que mais vende em Portugal, contando já também com livros editados com sucesso em países como França, Espanha e Bulgária, nasceu em Moçambique, na Beira, no dia 1 de Abril de 1964. Viveu os primeiros anos da sua vida naquela antiga colónia portuguesa, tendo vindo viver para Portugal aos 10 anos. Numa primeira fase, depois da separação dos pais, que aconteceu logo após o regresso, viveu com a mãe, em Lisboa, mas os problemas económicos desta levaram a que fosse, juntamente com o irmão, cinco anos mais novo, viver com o pai e a família deste, para Penafiel, norte do país. Foi com o pai e o irmão que viajou para Macau aos 15 anos, tendo regressado a Portugal aos 17, a fim de estudar Ciências da Comunicação na Universidade Nova de Lisboa, onde veio posteriormente a ser professor-auxiliar até há pouco tempo atrás, cargo que terá deixado por falta de disponibilidade.
Terminada a licenciatura, decidiu usar o dinheiro da herança do pai, entretanto falecido, para estagiar em Londres , na BBC. Ao voltar a Portugal, ficou ao serviço da RTP, onde continua a trabalhar como pivot do Telejornal e, ocasionalmente, ainda como repórter. Na vida pessoal, José Rodrigues dos Santos é casado há 28 anos com Florbela Cardoso e tem duas filhas, Catarina, de 25 anos e Inês, de 18.
Este 16º trabalho literário, Vaticanum, traz de volta o seu protagonista mais conhecido, Tomás Noronha e é centrado na corrupção que existe dentro da Igreja Católica, tendo início com o rapto do Papa.
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