terça-feira, 1 de outubro de 2013

[Opinião] " A travessia", de Wm. Paul Young [Porto Editora]


Título:  A Travessia

Autor: WM. Paul Young

Tradução:  Luís Miguel Coutinho

Páginas: 304

Editora: Porto Editora

PVP: 15,50€

Saiba mais detalhes sobre a obra AQUI

Crítica por Isabel Alexandra Almeida para o Blog Os Livros Nossos:

A Travessia corresponde a um romance de Wm. Paul Young que se destaca por revestir a natureza de narrativa reflexiva com alguns laivos de espiritualidade, mas onde se abordam temas bastante pertinentes acerca do sentido da existência humana e das opções que nos vão surgindo ao longo da vida.

  A narrativa gira em torno do protagonista - Anthony Spencer - um empresário de sucesso, frio e implacável, vive para o seu trabalho nas áreas empresarial e financeira à mais larga escala, tendo deixado para trás, no seu percurso de vida, todos os que que lhe eram mais próximos, como a mulher [de quem se divorciou e que foi vítima do seu carácter manipulador] e os filhos.

   Anthony é alguém a quem nada falta em termos materiais, mas leva uma existência desprovida de afectos, sendo equiparado a um Scrooge dos tempos modernos, numa clara alusão à célebre personagem de Charles Dickens.

   Após sofrer um AVC tudo vai mudar para Tony, este entra em estado de coma e, sem perceber como tal lhe acontece, acaba por entrar num plano intermédio ao nível espacio-temporal, em termos espirituais, enquanto que o seu corpo permanece na Unidade Hospitalar onde é tratado.

   Neste misterioso plano intermédio a personagem vai ter a oportunidade de revisitar o seu passado, as suas perdas cujo luto não havia feito, e concluírá que nem sempre tomou as decisões mais correctas na vida.

  Estamos perante uma obra de pendor fortemente espiritual, mas que suscita no leitor reflexões profundas sobre as opções que este decide tomar na vida.

 É inevitável que a obra leve os leitores a uma verdadeira viagem introspectiva, alertando para o facto de os afectos merecerem da nossa parte uma maior atenção, numa sociedade global e competitiva, onde a ausência de valores tradicionais pode criar seres humanos mais ricos, mais bem sucedidos, mas completamente vazios e insensíveis ao nível emocional.

   No fundo, a mensagem essencial que se retira desta obra plena de sensibilidade é que devemos olhar para o nosso interior, e viver a vida na verdadeira acepção da palavra e retirar gratificações diversas desse processo.

   Uma obra especial, e que merece ser lida e relida! Recomendo sem hesitar!



   


1 comentário:

  1. Eu li o livro e gostei mas acho que ainda gostei mais do primeiro livro mas são sem dúvida livros de "fazer pensar". :-)

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