domingo, 23 de dezembro de 2012

[Renda & Saltos Altos] "Sedução", de Bella Andre [Planeta]


Autora: Bella Andre

Título: Sedução

Editora: Planeta Editora

Edição: 2012

Sinopse:

     Charles Gibson é um escritor de êxito, mas devido aos temas que escreve afasta as mulheres e sujeita-se a blind dates que os amigos lhe propõem. Candance Whitman, recém-chegada à literatura erótica, tem encontrado diversos obstáculos pelo caminho. Cansada de ser criticada, decide ir a uma conferência de escritores com o objectivo de aprender, onde acaba por conhecer o seu ídolo: Charles Gibson, o autor best-seller de romances eróticos. Charles propõe-lhe cinco lições para lhe ensinar as noções básicas do erotismo, criação de cenas, ou seja, conselhos muito válidos para obter bons resultados. Mas o que nenhum dos dois esperava era que as lições teóricas passassem à prática. Infelizmente, a desilusão de Candace em relação ao novo romance que está a escrever - no qual Charlie desempenha o papel principal - ameaça-lhes a possibilidade de desfrutar de um amor verdadeiro. Conseguirá ela separar a fantasia da realidade?

Crítica por Isabel Alexandra Almeida/Blog Os Livros Nossos:

   "Sedução", de Bella Andre, é um livro bastante pequeno, contém um núcleo de personagens bastante restrito, destacando-se em todo o enredo as duas personagens principais - Charles Gibson e Candace Whitman.
    As duas personagens centrais surgem caracterizadas em traços bastante genéricos: Charles Gibson, um célebre escritor de literatura erótica, com créditos já firmados ao nível editorial, mas, ironicamente, não consegue relacionar-se de forma estável com uma parceira, nem encontrar a desejada estabilidade ao nível emocional; Candace Whitman, uma escritora que procura afirmar-se no campo da literatura erótica, estando algo cansada de ser julgada erroneamente, apenas pelo género literário a que se dedica, sendo vítima de estereótipos e ideias pré-concebidas que bastante a afectam.
     A  trama é bastante linear, sem peripécias nem grandes reviravoltas, todavia, tem uma particularidade, ao nível narrativo, existem dois planos distintos, que correspondem à história vivenciada entre Charles e Candace, e também ao conto que Candace escreve, à medida que a relação com Charles se vai desenvolvendo.
   Charles acabará por se tornar no mentor/orientador de Candace, após se conhecerem numa conferência de escritores eróticos, e propõe-se transmitir à jovem algumas técnicas de escrita erótica, em cinco lições.
    Candace e Charlie envolvem-se em várias situações de natureza sexual, que vão correspondendo às "lições" propostas.
   O livro contém uma linguagem bastante crua e explícita, podendo mesmo chocar alguns leitores menos avisados para o que vão encontrar. 
    Os termos em calão são uma constante, se bem que contextualizados no âmbito de cenas íntimas entre as personagens, que acabam por ter como bónus, o facto de, a dado passo, e gradualmente, o envolvimento que começa por se traduzir numa forte atracção física, posta em prática a pretexto de lições de escrita, acaba por evoluir em termos emocionais, sendo tal envolvimento recíproco.
    Todavia, alguns acontecimentos implicam o risco de que a relação entre Charles e Candace não chegue a bom porto. 
    É um livro muito simples, bastante ousado, narra um clima relacional absolutamente escaldante, quer pelas descrições, quer ainda pela linguagem usada.
    Trata-se de uma obra de rápida leitura, que prende o leitor que se sinta confortável perante o estilo bastante cru da autora usado na construção da história.
     É envolvente, e deixa-nos a constante curiosidade em saber como a história irá terminar, e qual o destino que aguarda os dois protagonistas.
  Pessoalmente, gostei da história, e se bem que inicialmente tenha ficado algo surpresa perante a linguagem, a verdade é que superei tal facto, e nunca me passou pela cabeça desistir da leitura do livro.
   Fiquei, sim, bastante curiosa em ler o texto no original Inglês, na medida em que encontrei algumas incongruências de linguagem, com saltos abruptos no estilo da mesma, que naturalmente questionei se se deveriam a eventuais lapsos de tradução.
    Anotada fica também a pesquisa e leitura de outras obras da mesma autora, a fim de aferir se esta é uma obra típica da mesma, ou se apenas foi escolhida por ser uma história curta, de rápida leitura e tradução, e que se enquadra facilmente nos actuais hábitos de consumo literário do público, como sucede em Portugal actualmente, com uma verdadeira corrida ao romance erótico e/ou sensual.
  Não é um livro extraordinário, mas também não é de afastar a sua leitura, quanto mais não seja, para saciarmos a curiosidade e descobrirmos mais uma autora, e como não faz pensar, nem suscita reflexões de maior, constitui um bom entretenimento.
   Alguma das nossas leitoras já leu o original em Inglês?  As minhas reticências vão muito para esta questão. Quero depois saber as vossas impressões quanto a este livro a merecer classificação com bolinha vermelha, e impróprio para cardíacos :P







quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

A Luz do Fogo de Sophie Jordan




Autora: Sophie Jordan
Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 296
Editor: Livros d'Hoje



Sinopse:

Marcada como especial numa idade precoce, Jacinda sabe que cada movimento seu é controlado, mas anseia pela liberdade de poder fazer as suas próprias escolhas. Quando quebra o princípio mais sagrado entre a sua espécie, quase chega a pagar por isso com a própria vida. Até ser salva por um belo desconhecido. Um desconhecido que foi enviado para caçar aqueles que são como ela. Jacinda é uma draki - descendente de dragões cuja maior defesa é a habilidade secreta de mudar para a forma humana.
Forçada a fugir para o mundo mortal com a sua família, Jacinda esforça-se por se adaptar ao seu novo ambiente. A sua única luz é Will. Um jovem lindo e evasivo que devolve a vida ao seu draki interior. Embora se sinta irresistivelmente atraída por ele, Jacinda sabe o segredo obscuro de Will: ele e a sua família são caçadores. Deve, por isso, evitá-lo a todo custo.
Mas o seu draki interior está a morrer lentamente - se ele morrer, ela será humana para sempre. Fará tudo para impedir que isso aconteça. Mesmo que isso signifique ficar mais perto do seu mais perigoso inimigo.
Poderes míticos e um romance de tirar o fôlego inflamam a história de uma rapariga que desafia todas as expectativas e cujo amor atravessa quaisquer obstáculos.


Opinião:

Mais um livro arrebatador! O tema não é inovador mas a maneira como é abordado é! E nunca mais veremos os dragões da mesma maneira. Somos transportados para uma realidade não muito diferente da nossa mas onde os descendentes de dragões vivem em pequenas comunidades encobertas por brumas e magia. As personagens principais, jovens adolescentes apaixonados são iguais a tantos outros vivendo um amor proibido. Ela, Jacinda, é uma draki e ele, Will, um caçador. Contudo há sempre elementos de surpresa que nos fazem adorar cada página. Cheia de emoção e aventura este romance feito no mesmo molde de tantas sagas já conhecidas do público consegue despertar a nossa curiosidade pela raça que nos apresenta, as suas caracteristicas e motivações. As personagens secundárias como a mãe e a irmã gémea de Jacinda são fundamentais e não meros adereços como vemos acontecer noutras obras. Os desenvolvimentos são rápidos mas não tanto que nos perturbe. A leitura é bastante acessível e o final tão fantástico que nos leva a querer saber mais.
 
Esta e outras opiniões no blogue Crónicas de uma Leitora

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

[Renda & Saltos Altos] "Um Toque de Perversão", de Jennifer Haymore [Planeta]

 
Autora: Jennifer Haymore
 
Título: "Um Toque de Perversão"
 
Título Original: " A Hint Of Wicked"
 
Edição: 2011
 
Editora: Planeta
 
Sinopse:
 
   Sophie, a duquesa de Calton, recomeçou por fim a viver. Após sete anos de luto pela perda do marido, Garrett, em Waterloo, casou com o melhor amigo e herdeiro, Tristan. Sophie entrega-se-lhe de corpo e alma até ao dia em que o marido regressa do continente e exige o seu título, as suas terras… e a sua mulher.
Agora, Sophie tem de escolher entre o primeiro e o novo amor, sabendo que, seja qual for a sua opção, esta destruirá um dos homens que adora. Será Garrett, o seu namorado de infância, cuja perda a ia aniquilando? Ou será Tristan, o amigo querido que se tornou amante, que a apoiou nos últimos anos de luto e que lhe deu a conhecer uma paixão que ignorava? Enquanto os dois maridos lutam pelo seu coração, Sophie vê-se envolvida num jogo perigoso – onde as apostas não são só o amor… mas a vida e a morte.
 
Crítica por Isabel Alexandra Almeida/Blog Os Livros Nossos:
 

  "Um toque de perversão", (com o título original - A Hint of Wicked) é um romance histórico, cuja acção decorre em Inglaterra no Século XIX, na sequência da Batalha de Waterloo.
 
   Foi a leitura de estreia de uma obra da simpática autora Jennifer Haymore, a qual tive o prazer de entrevistar [leia aqui a entrevista com a autora], e devo dizer que fiquei de imediato fã incondicional do estilo bem próprio de escrita com que a autora nos brinda, o que me levou a querer ler a continuação desta série [Os Jameson], sendo que, durante as férias de verão devorei literalmente em dois dias o segundo livro "Um toque de Escândalo".
 
   Quanto à linguagem, a mesma é bastante fluída, não deixando de conter o jargão formal tão próprio da época da narrativa, e do meio social onde se movem as personagens centrais [a aristocracia britânica, no século XIX], uma escrita muito muito envolvente, que leva a que mergulhemos nos livros na ansia de desvendar as peripécias que se seguem, e não faltam nesta história várias reviravoltas inesperadas, o que confere aos livros originalidade dentro do género em que se inserem [Romance de época, sensual], o qual é bastante explorado, principalmente entre autores anglo-saxónicos.
 
  As personagens principais: Sophie, Tristan e Garrett mostram-se amplamente caracterizadas aos níveis físico, psicológico e social, e somos muitas vezes transportados até ao seu mundo interno, que se percepciona pelas suas dúvidas, atitudes, decisões e indecisões.
 
   Há personagens - como Lady Rebecca, que não assumem neste primeiro livro, tão grande destaque, mas apenas porque virão a assumir o papel de personagens centrais noutos "episódios" da série  dedicada à família Jameson.
 
   Quanto à intriga, a mesma é bastante apelativa e desperta díspares emoções, levando os leitores a tomar partido a favor ou contra algumas das personagens. A minha personagem preferida foi Tristan, mas as opiniões divergem entre os leitores.

  Garrett - Duque de Calton -  é dado como desparecido na referida batalha, e durante sete anos, a Duquesa Sophie e o primo do Duque - Lorde Tristan Westcliff - envidam todos os recursos ao seu dispor para o procurarem, mas sem sucesso.

  Entretanto, o destino prega uma cruel partida a este trio aristocrático, e o Duque de Calton regressa passados sete longos anos, vivo, e disposto a retomar a sua vida de volta, assim como o amor de Sophie, a qual entretanto, reconstruira a sua vida junto de Tristan, o qual assumira a administração das propriedades do Duque.

   Sophie vê-se então dividida entre dois amores, e surge ao longo do livro a questão sempre latente: pode Sophie amar ambos os homens? Como irá ela tomar a mais importante e dolorosa decisão de toda a sua vida? Como se explica o misterioso desaparecimento do Duque de Calton, durante longos anos e tendo sido arduamente procurado pela família que tanto o estimava? Estes são alguns dos dilemas colocados durante a narrativa.

  A autora traça um retrato fiel da sociedade Inglesa do Século XIX, com o seu puritanismo por vezes exacerbado, as convenções sociais levadas ao extremo, e uma justiça que compactua com esta visão muito severa da moralidade vigente [uma moralidade bastante hipócrita, a meu ver], logo, temos um bom retrato do espaço social vigente.

   Em simultâneo, a autora soube habilmente inserir na obra um toque de sensualidade, em especial, descrevendo de forma explícita, porém elegante, os envolvimentos sexuais que as personagens vão tendo, mas onde o sexo surge envolvido num indiscutível turbilhão emocional, e por isso em nada choca o leitor este aspecto da obra.



   No último terço da obra, e à medida que vamos descobrindo as respostas, surge também um momento de acção, com a perseguição a um criminoso em que se envolvem algumas das personagens, o que traz também uma componente de aventura à narrariva, já de si, bastante bem construída e rica em detalhes.
  Atrevido, sem ser excessivo, com boas doses de dilemas e dúvidas que afectam as personagens, romance, paixão, amor, sexo e também aventura.
  Recomendo uma das minhas autoras preferidas!


terça-feira, 18 de dezembro de 2012

[Opinião] "Branca de Neve", adaptado por Suzanne Kabok, Ilustrado por Benjamin Lacombe [Paleta de Letras]

 
Baseado no conto de Jacob & Wilhelm Grimm
 
Adaptação de Suzanne Kabok
 
Tradução de Elisabete Santos
 
Ilustrado por Benjamin Lacombe
 
Editora: Paleta de Letras
 
1ª  Edição: Novembro de 2012
 
Visite a página da editora no Facebook
 
 
Sinopse:

Branca de Neve é o primeiro livro do talentoso ilustrador francês Benjamin Lacombe  a ser publicado em Portugal. Tem a chancela da editora Paleta de Letras e chega às livrarias como uma forte aposta de natal para o público infanto-juvenil.
Bem ao seu estilo, Lacombe apresenta-nos uma Branca de Nece envolta em mistério e nostalgia, com imagens a transportarem-nos para o reconto surrealista da obra. O ilustrador recria os personagens tradicionaois da versão do conto dos irmãos Grimm.
 
Sobre Benjamin Lacombe, Ilustrador da Obra:
 
   Lacombe andou na Escola Nacional de Artes Decorativas (ENSAD) em Paris e, aos 19 anos, publicou o seu primeiro livro. Desde então, trabalhou com dezenas de editoras de todo o mundo e os seus temas recorrentes são a juventude, a melancolia, a solidão e a diferença, temáticas tabu que fogem ao habitual universo infantil colorido e que, num misto de inspiração pré-rafaelista e contemporânea, resultam num estilo próprio.

Excerto da Obra:
«Era uma vez, em pleno coração do inverno, uma rainha que bordava junto à janela. Através da moldura de ébano contemplava os flocos de neve que pairavam no ar, como se fossem penas. Subitamente, picou-se no dedo e três gotas de sangue caíram na neve. Sobre a brancura fulgurante da neve, o vermelho sobressaía de forma tão bela, que pensou: «Ah! Oxalá tivesse um filho com a pele branca como a neve, os lábios vermelhos como o sangue e o cabelo negro como o ébano!».
 
Crítica por Isabel Alexandra Almeida/Blog Os Livros Nossos:
  Ao pegarmos nesta obra é, desde logo, impossível ficarmos indiferentes ao seu grafismo irrepreensivel, em capa dura, numa edição de luxo, as ilustrações parecem saltar do livro até junto de nós e mostram-se impressas num papel rugoso e brilhante, de elevadíssima qualidade.
A Editora Paleta de Letras apostou numa obra de excelência, direccionada para o público infanto-juvenil, dando uma nova cara ao clássico conto dos Irmãos Grimm, mas dando também a oportunidade aos coleccionadores de adquirir um livro que é, também, um objecto de culto e de elevado rigor estético.
  Aliás o livro é uma verdadeira obra de arte, e esta edição acaba por fazer transparecer o cunho pessoal que o Ilustrador Francês Benjamin Lecombe adora conferir aos seus trabalhos. Maravilhosamente ilustrado, o livro transmite aos leitores uma dupla mensagem, combinando sabiamente os códigos visuais e os linguísticos.
  A história surge narrada em termos bastante clássicos, assumindo a Madrasta o papel de Vilã, Branca de Neve como uma jovem beleza em perigo devido à inveja causada à pérfida Madrasta [que encomenda a morte da menina a um caçador, porém sem sucesso, uma vez que o mesmo poupa a vida da princesa]. Perdida na Floresta encontra abrigo em casa dos trabalhadores sete anões. Até encontrar o esperado final feliz nos braços de um belo príncipe, Branca de Neve terã ainda de superar algumas adversidades colocadas no seu caminho pela rainha má que casara com o seu pai.
 O texto surge-nos apresentando em tom bastante elaborado e de elevada qualidade literária, sem que tal impeça o claro entendimento da obra pelos jovens leitores, que aliás podem ir questionando os adultos que lhe deem o livro a conhecer [estimulando-se assim ainda mais a natural curiosidade das crianças por novas descobertas, e incentivando a leitura desde tenra idade].
  As ilustrações transmitem claramente as emoções das personagens [inveja, beleza, medo, ternura, tristeza e felicidade] e permitem levar os jovens leitores a visualizar a dinâmica da história narrada, associando as personagens a uma clara imagem mental das mesmas, levando-as até ao mundo mágico dos contos de fadas.
  E nós adultos, apreciadores de livros, não ficamos também indiferentes a este livro, aliás, somos levados de volta à infância, revivendo com nostalgia este clássico revisitado, numa edição que bem merece ir passando de geração em geração, pela sua extrema qualidade a todos os níveis.
  Uma boa sugestão para oferecer neste Natal, um claro convite para ler um livro ao deitar na noite de consoada.
  Em suma, Branca de Neve é pura magia em forma de livro!


 



domingo, 16 de dezembro de 2012

[Renda & Saltos Altos] "O Sedutor", de Madeline Hunter [Asa]


Autora: Madeline Hunter

Título: O Sedutor

Título Original: The Seducer

Editora: ASA [Grupo LeYa]

Edição: Outubro de 2012

Páginas: 368


Sinopse:

Diane Albret é órfã e passou a maior parte da sua vida num colégio interno. Sem mais família, está habituada a receber apenas uma visita: Daniel St. John, o seu irresistível tutor. Ao longo do tempo, ele visitou-a sempre uma vez por ano. Mas o seu mais recente encontro reserva-lhe uma surpresa: Daniel esperava encontrar uma menina e Diane é já uma bela e carismática mulher. Ele aceita retirá-la da clausura do colégio e levá-la consigo para Londres. Porém, ambos têm planos que preferem manter em segredo.
Diane está decidida a descobrir o que se passou com a sua família, que nunca chegou a conhecer. Só Daniel pode revelar o que ela tanto deseja saber, mas ele tudo fará para que o passado permaneça secreto, pois os seus efeitos representam uma ameaça fatal para a vida de ambos. Por seu lado, Daniel está subtilmente a usar a inocência da sua protegida para uma vingança que planeia há mais de uma década.
Mas a crescente proximidade entre ambos ameaça dificultar-lhes os planos e, pouco a pouco, eles apercebem-se de que têm mais em comum do que julgavam. Poderá um novo amor triunfar sobre ódios antigos?

Opinião por Isabel Alexandra Almeida/Blog Os Livros Nossos:


   Para iniciarmos o novo espaço dedicado aos adeptos de Romances [eróticos, sensuais e/ou apenas românticos] escolhemos a obra "O Sedutor", de Madeline Hunter, com a chancela da nossa Parceira Editorial Asa.

  Esta foi a minha estreia com esta autora, cuja obra já me vinha despertando a curiosidade há bastante tempo, tendo Madeline Hunter uma legião de fãs bastante fiéis em Portugal.

   "O Sedutor" corresponde ao início de uma nova série, e se é certo que as expectativas eram elevadas, as mesmas não sairam defraudadas com esta leitura.

   Madeline Hunter escreve romances que podemos inserir no género histórico [ou de época, se preferirem] sensual, um estilo literário bastante em voga na actualidade, mas que nos transporta até ao século XIX, neste caso, não apenas até ao Reino Unido [o mais frequente espaço da acção neste tipo de narrativas] mas com início em França [inicialmente num colégio interno, e mais adiante em Paris], o que, por si só, já é um pormenor mais rico e diferente do habitual.

   Estando bastante familiarizada com este género literário, do qual sou admiradora confessa e leitora compulsiva, foi com enorme satisfação que detectei no estilo de escrita de Madeline Hunter uma linguagem bastante formal, a qual confere uma melhor construção contextual à história narrada, atendo o período histórico em que  actuam as personagens.

   Mas apesar de toda a formalidade colocada nas falas das personagens, a autora não esquece a dinâmica da história, nem a torna chata, apenas nos transporta directamente para o ambiente da época e todos os seus maneirismos e rituais.

   As personagens principais são marcantes, Diane Albret, a órfã de quem Daniel St. John é tutor, em circunstâncias misteriosas, são bastante profundas psicologicamente, e ambos se revelam determinados nos seus intentos, com personaldades bastante fortes.

   Diane quer encontrar as suas origens [que sente estarem associadas a Inglaterra, e não a França, onde foi criada num colégio interno de ambiente bastante severo].

   Daniel, belo, sensual, aparentemente frio e muito enigmático, deixa as leitoras rendidas muito também devido à aura de mistério que, até momento bastante avançado da narrativa, a autora soube deixar que envolvesse esta personagem.

   Movido por planos de vingança, Daniel começa por ver em Diane um mero instrumento para alcançar os seus objectivos, mas as regras do jogo irão inverter-se ao nascer entre os dois uma fortíssima atracção, que inicialmente, ambos jamais julgariam ser possível.

   O livro contém algumas cenas de teor sensual, as descrições de cariz sexual são bastante mais "soft" do que aquelas que estamos habituadas a ler em outras autoras [e.g. Cheryl Holt, Kate Pearce, Jennifer Haymore ou Nicole Jordan], mas o que se perde em crueza da descrição, ganha-se em beleza e forte tensão emocional, o que acaba por ser uma mais valia para as leitoras mais românticas, e torna este livro a obra ideal para quem se queira atrever a estrear-se neste género de leitura.

   Irá Daniel conseguir concretizar a sua vingança? Será ele capaz de sacrificar Diane, e abdicar dos sentimentos que esta fez despertar? E Diane irá desvendar o mistério da sua família? Estas são algumas das questões que vos deixo em jeito de provocação.

  Uma boa prenda de Natal para pedirem à mãe, à amiga, à cara metade! [E aqui fica uma dica preciosa para os nossos leitores, sim, que  bem sabemos que estão aí a olhar para o ecran, a tentar descobrir por que raio as esposas ou namoradas andam tãooo viciadassss nestes novos livrinhos com umas capas sempre tão apelativas, podem oferecer neste Natal, e depois não digam que não sabiam o que escolher]



Madeline Hunter



PASSATEMPO ESPECIAL - LANÇAMENTO
Renda & Saltos Altos

 E como prometido, temos uma surpresa para os nossos leitores, para inaugurar aqui  o novo cantinho, temos para oferecer um livrinho de Nora Roberts - "Um sonho de Vida"



 E perguntam vocês, o que é preciso fazer para nos habilitarmos a ganhar este livro?

Fácil, basta ler o nosso artigo de estreia do espaço "Renda & Saltos Altos", deixar a sua opinião[em comentário a este post] sobre o novo cantinho, pode também deixar sugestões de temas e livros que gostariam que lessemos e comentassemos aqui, de autores que queriam ver entrevistados.
  Os comentários serão ordenados sequencialmente, e o vencedor será sorteado através do random.org.

   Boa sorte e boas leituras

[O passatempo decorre até ao próximo Sábado, dia 22 de Dezembro, pelas 23horas e 59 minutos]
 
Passatempo apenas válido para território Nacional [Portugal Continental e Ilhas]



sábado, 15 de dezembro de 2012

[Passatempo] Especial Natal [3] - "A teia de Aranha", de Agatha Christie [Asa]



Passatempo Especial de Natal 2012 [3]
 
 

    E como não podia deixar de ser, temos um passatempo especial de Natal dedicado aos nossos adeptos dos policiais.
 
   Com o apoio da nossa Parceira Editorial ASA vamos oferecer um exemplar de "A Teia de Aranha", da rainha do crime, Agatha Christie, uma autora de excelência do género policial.
 
Para se habilitarem a ganhar este livro basta que nos deixem os vossos comentários a este post, com a indicação de qual o vosso autor preferido de policiais, podem também sugerir um autor que gostassem que lessemos e criticassemos na nossa Secção Criminal [facultativo]
 
 O Passatempo decorrerá até ao próximo Domingo, dia 23 de Dezembro de 2012 [até às 23horas e 59 minutos],  os comentários serão numerados sequencialmente, e o vencedor será sorteado através do site Random.org.
 
   Para validar a participação, é obrigatório ser seguidor do Blog, e da nossa página no facebook.
 



sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

[Opinião] “Osvaldo enfeitiçador de Cobras e lagartos” de Helena Osório (Animedições)



Ficha técnica:

Autor:   Helena Osório
Ilustração: José Rodrigues
Editora: Animedições
Data de Lançamento: Outubro 2012
ISBN: 9789899644892
Idade Recomendada: + 7 anos
Encadernação:  Capa Mole

Sinopse:

Neste 8.º livro publicado, Helena Osório escreve sobre a terra natal: as aventuras de uma viagem recente a Angola. Entre a memória, a realidade e o sonho, a autora assume o berço na escrita através das cores e das emoções africanas que já antes tivemos oportunidade de ler nos contos «a menina da terra vermelha», patente no 1.º livro intitulado «dos 8 aos 80» (2008); e «o menino do deserto» (2009), que figura no 2.º livro com dois contos, e é reeditado no seu 5.º livro, «viagens de josé pelo mundo dos sonhos» (2010).
«Osvaldo, Enfeitiçador de Cobras e Lagartos. Impressões de uma Viagem à Terra Vermelha - Angola» apresenta histórias vividas e narradas no espaço de um mês e que se podem integrar na literatura de viagem para crianças e jovens leitores (de todas as idades). O capítulo II, de contextualização, nasce a partir da reescrita de alguns «Contos Populares de Angola» (1964), fruto de uma recolha efectuada pelo suíço Héli Chatelain (1859-1908), o qual chegou pela 1.ª vez a este país em 1885; assim como de outros contos e provérbios recuperados de estudos recentes, como «serpentes, cobras e lagartos no imaginário de cabinda» (2011), reescritos com o cunho pessoal de Helena Osório, que nos habituou a uma escrita «africana» feita de fortes sensações e vida.
Um livro ilustrado com fotografias tiradas pela própria autora, nesta que é a sua primeira viagem a Angola, após 37 anos de afastamento. O escultor José Rodrigues, natural de Angola, é o autor da capa. Crianças angolanas e portuguesas, de várias idades, são convidadas a ilustrar cobras e lagartos.
A obra não respeita o novo acordo ortográfico, porque em Angola e Moçambique, este não foi outorgado e África é, afinal, o universo da autora com dupla nacionalidade, filha de pai natural de Luena (Moxico) e de mãe do Lobito, angolanos com ascendência portuguesa.

Análise realizada por Liliana Novais/Os Livros Nossos.

No seu mais recente livro, acompanhamos Heleno Osório numa viagem às suas origens, em Angola. Todos nós conhecemos o drama daqueles que ficaram conhecidos como retornados (ou refugiados, no caso de Helena Osório), durante a década se 70 e de 80, alguns de nós na primeira pessoa e outros através de pessoas conhecidas. Esta crítica para mim é mais pessoal. Já que o meu Pai foi uma dessas pessoas.  Esta critica para mim mais ser mais pessoal. Já que o meu Pai foi uma dessas pessoas. Ele sempre disse que Angola se entranha na alma de uma pessoa e sofria com as más notícias que de lá transpareciam. Esse sentimento que era um misto de tristeza e esperança, e a autora consegue transmitir ao leitor esse mesmo sentimento.
Enquanto livro infantil, temos contacto com uma cultura diferente. Mas como a autora diz é um livro para todas as idades. O livro é adornado por imagens belíssimas tiradas pela autora, durante essa viagem.
Ela também nos conta algumas histórias populares angolanas repletas de magia e de sentido moral.
O livro é bastante apelativo visualmente e o conteúdo interessante, escrito numa linguagem simples e acessível.
“Osvaldo enfeitiçador de cobras e lagartos” é um livro que nos leva numa viagem até uma terra distante onde a chuva é quente e a terra dourada. Do pôr-do-sol vermelho que inflama todo o céu.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Noite da Alma de Sophia CarPerSanti


Noite da Alma

Autor: Sophia CarPerSanti

Edição/reimpressão: 2011

Páginas: 765

Editor: Chiado Editora
Coleção: Sentido Oculto





Excerto:
"Duvido de mim mesma e de todos os meus sentidos. No entanto, a realidade que me rodeia é inegável, e sou incapaz de deixar de o sentir em todos os lugares, a todo o instante." E se... num passo de Magia, fosse possível evocar um ser de outra dimensão capaz de realizar o mais profundo dos nossos desejos? "Se ao menos fosse assim tão fácil... pessoas como eu jamais teriam de passar pela vergonha e pela dor que tivera de passar, naquela manhã", pensou Mari, enquanto folheava o estranho e pesado livro de encantamentos e fórmulas mágicas. E no entanto, um portal aberto é sempre uma passagem, e ninguém pode controlar quem, ou o que poderá passar por essa porta... "E assim o meu mundo, permanentemente imóvel e suspenso no espaço e no tempo, caiu da Roda do Destino e tombou nas águas tempestuosas de mares desconhecidos." Irremediavelmente atraída pela Luz que a protege... e fatalmente fascinada pelas Trevas que a rodeiam, Mari luta desesperadamente por resistir ao turbilhão que a ameaça engolir a qualquer momento. Enredada na dualidade do Destino, vê-se frente a uma batalha pela sobrevivência, ao encontro do desejo mais simples e mais almejado de toda a Humanidade: ser feliz.



Opinião por Vera Carregueira:

Há livros que lemos com pena. Pena porque a história poderia ser perfeita, pena porque tem palavras, frases, parágrafos, páginas a mais, foi o que pensei ao ler Noite da Alma. A história, original e empolgante tem uma narrativa chata e demorada. O que poderia ter dado um prazer imenso mais não foi que um remoer de situações mais que percebidas e assimiladas. A narrativa demora a desenvolver e vemo-nos pensar quando é que aquela cena em particular acabará. Poderia ter sido o livro de fantástico perfeito ainda para mais escrito por uma portuguesa. Personagens impecáveis, surpreendentes e aliciantes. Acontecimentos de tirar a respiração que são largamente intercalados por outros tão aborrecidos que quase nos tira a vontade de ler, mas não totalmente porque a história é tão boa que não conseguimos largá-la.

Outro aspecto que tirou grandemente o prazer da leitura foi a encadernação do livro, sendo demasiado grande, as páginas iam-se abrindo e era preciso grandes cuidados para não se desmanchar todo e saltarem páginas por todos os lados. Não, não destruímos o livro mas infelizmente não o conseguimos deixar incólume à primeira leitura, lá pertinho do fim algumas páginas soltaram-se uns centímetros.

Não posso de ânimo leve aconselhar este livro ao publico em geral mas aos verdadeiros amantes de fantástico que não se importem de algumas partes mais cansativas a história merece uma oportunidade.

Esta e outras opiniões no blogue Crónicas de uma Leitora.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

[Opinião] “Amizade” de Sílvia Alberto Neves (Edições Vieira da Silva)



Autor:  Sílvia Alberto Neves
Coleção:  Infanto-juvenil
Editora: Edições Vieira da Silva
 

Sinopse:
 
Esta é uma história sobre a família e a amizade.
De coelhos que se encontram e ficam amigos, desde que me lembro que sempre tive a sorte de ter amigos e amigas, alguns duram anos desde a minha adolescência, é importante alimentarmos a amizade, não basta conhecer alguém, temos que cultivar a amizade, alimenta-la tal como precisamos de oxigénio para viver.
São as aventuras de três coelhos, dois irmãos e um amigo que depressa se torna importante numa aldeia de cogumelos, onde o céu e azul profundo e existe um arco-íris o dia inteiro.
Um mundo encantado, num sonho meu…

Análise Realizada por Liliana Novais/Os Livros Nossos.
 
   Sílvia Alberto Neves traz-nos um livro infantil bastante interessante. Logo nas primeiras páginas vê-se o trabalho que a autora teve na construção deste mundo de coelhos.
   A autora criou um livro de linguagem simples que as crianças que já sabem ler podem desfrutar plenamente, e ler aos pais. Acompanhada por vários desenhos interessantes e com um grafismo bom, fazem este livro ser interessante de folhear.
   Valoriza-se a amizade. Incentiva os miúdos a conhecer e a manter as que já têm. Afinal os amigos fazem parte da nossa evolução enquanto seres humanos.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

[Opinião] "Lua de Mel em Paris", de Elizabeth Adler [Quinta Essência]

 
Autora: Elizabeth Adler
 
 
Título Original: The Last Time I Saw Paris
 
Editora: Quinta Essência [Grupo LeYa]
 
Edição: Janeiro de 2010 [5ª edição Novembro de 2012]
 
Páginas: 279
 
 
Sinopse:
Paris, a cidade mais romântica do mundo, é palco de luas-de-mel de sonho e de paixões recentemente descobertas. E para Lara Lewis é o lugar onde ela e o marido viveram o amor no seu melhor. Mais de vinte anos depois, Lara deseja reacender a chama do seu casamento e planeia uma aventura romântica para os dois: reconstituir todos os momentos da sua idílica lua-de-mel em Paris e pela França, visitar os mesmos lugares, comer nos mesmos restaurantes, explorar as mesmas aldeias mágicas. Porém, quando o marido lhe diz, à última hora, que existe outra mulher na sua vida, o coração de Lara quase se estilhaça em mil pedaços.
Algures na estrada da vida, Lara perdeu-se a si própria. Agora, terá de descobrir um novo rumo para a sua existência. Inesperadamente, Lara dá um passo ousado e convida um homem, mais novo e com quem ela acaba de se envolver, para fazer a tão desejada segunda lua-de-mel. O que se segue é a história de dois apaixonados errando pela França numa louca aventura romântica, que se inicia com voos perdidos e bagagem extraviada e termina como sendo a viagem de uma mulher para se encontrar a si própria e ao amor que lhe escapou a vida inteira.
Lua-de-mel em Paris é uma incursão apaixonante pelos sabores, sons, paisagens e aromas de França e a história de uma mulher que se reconcilia com o seu passado e se converte na mulher que sempre desejara ser.
 
Crítica por Isabel Alexandra Almeida/ Blog Os Livros Nossos:
 
   Com Lua de Mel em Paris Elizabeth Adler traz-nos um Romance bastante leve, de fácil, rápida e envolvente leitura, mas que, ainda assim, nos dá a oportunidade para uma reflexão acerca do sentido da vida e das consequências mais ou menos positivas que podem advir das opções que tomamos.
  
   Apresentando um núcleo bastante reduzido de personagens, a acção decorre de modo bastante dinâmico, o que torna o livro bastante viciante.
 
   A personagem central - Lara Lewis - é uma mulher de meia-idade [45 anos], da classe média alta, casada com um agora conceituado Pediatra - Bill Lewis - é mãe de dois filhos jovens adultos, casada há 25 anos, defronta-se com o fantasma de um casamento em crise.
 
   Ao saber que Bill mantém um romance extra-conjugal com a sua bela Assistente - Melissa Kenney - Lara teme pelo fim do casamento e pelo desmoranar do seu projecto de vida, enquanto mãe de família e esposa dedicada do Dr. Bill Lewis, reconhecendo que deixou para trás as suas hipóteses de construção de uma carreira, tendo-se anulado enquanto ser humano com identidade e projectos pessoais próprios.
 
  Bill, arrogante, prepotente, snob, workaholic e, mais recentemete, infiel, adia a viagem de segunda Lua de Mel em França, recusando-se a acompanhar Lara, e viajando para Pequim com a amante e Assistente Melissa.
 
   É no seu refúgio de Praia, na Costa de Carmel, que Lara irá conhecer O construtor Civil Daniel Holland, com o qual se irá envolver e, numa decisão impulsiva, convida-o para a acompanhar a França na viagem em que, sem que o jovem amante saiba, irá repetir dentro do possível a Lua de Mel que havia tido com Bill, há 25 anos atrás, e que recorda como mágica e romântica.
 
   Nesta volta de 180 graus que vê a sua vida dar, Lara conta com o apoio incondicional das suas amigas de sempre, Delia, Susie e Vannie, que a incentivam a ir para França, e que não se mostram chocadas com o aparecimento de Daniel Holland na vida de Lara, dando a sua aprovação ao romance.
 
   E assim, Lara e Daniel partem numa aventura romântica em direcção a Paris e a várias  outras regiões de França, enfrentando alguns contratempos, à medida que Lara tenta redescobrir o seu "eu" perdido, numa viagem introspectiva, que os leitores vão acompanhando a par e passo.
 
   Nesta sua viagem de (re)descoberta, Lara procura enfrentar a dura realidade que a espera, quando regressar a casa, e reconhece que a sua vida pode não ter passado de uma questão de aparências, com base no que se entende ser socialmente correcto.
 
   Aos 45 anos, com algum peso a mais, uma certa ingenuidade, e após uma vida inteira de regras e convenções sociais e inibições, estará Lara à altura de se descobrir a si mesma, e se reconstruir, assumindo, finalmente, o papel de protagonista da sua própria vida?
 
   E Daniel Holland, um jovem, belo e Modesto construtor Civil, que ajudou a criar os seus irmãos como de filhos se tratassem, estará verdadeiramente apaixonado por Lara e disposto a ajudá-la neste novo percurso de vida, ou tudo não passará de uma paixão forte mais passageira? Irão ambos saber conciliar as divergências decorrentes das suas histórias de vida e diferença geracional?
 
  A resposta a esta e outras perguntas caberá às leitoras descobrir, enquanto vão desvendando as maravilhas gastronómicas e paisagísticas de França, que Adler tão bem sabe descrever, transportando mentalmente o leitor para os locais onde se encontram as personagens.
 
  Escolhas, traição, romance, aventura, introspecção e redescoberta, a que se somam as belas paisagens de França e todo um modo de vida tão típico deste país. Uma boa proposta para presente de Natal, que lhe trará umas boas horas de descontracção.
 
Recomendamos esta leitura!
 
 

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

[Opinião]"Tempo de Magia – Duendes, Elfos e Gnomos, para adormecer sem medo” de Helena Osório (Animedições)


Ficha Técnica:

Edição/reimpressão: 2011
Editor: Animedições
ISBN: 9789899644861
Faixa etária: a partir dos 6 anos
Número de páginas: 77

Sinopse:

7 Contos num livro com magia de Helena Osório ilustrado por um arquitecto (Álvaro Siza), 7 artistas plásticos (Dulce Barata Feyo, Eduardo Nery, Fernando Veloso, Henrique Silva, Júlia Pintão, Margarida Leão, Mide Plácido) e 7 crianças (Afonso Corrêa Pacheco, Afonso Pimenta, Catarina Osório, João Cruz, Maria Barata Feyo, Sebastião e Simão Ferreira), numa viagem aos Alpes Mediterrânicos, com tradições de Natal esquecidas, entre o sagrado e o profano, e onde não faltam questões pertinentes.

Análise realizada por Liliana Novais/Os Livros Nossos.

Helena Osório mostra novamente a sua mestria em contos infantis. Neste livro a magia acontece mesmo antes de adormecer, quando os nossos sonhos se misturam com a realidade. Neste conto de fadas moderno a autora leva-nos ao mundo dos elfos que fora devastado pela poluição e pela desflorestação.
Parte das ilustrações foram realizadas por crianças, o que faz com o livro se aproxime mais destas. Tal como o fez noutros livros, as palavras mudam com o novo acordo ortográfico encontram-se com uma grafia diferente. Isto ajuda os pais a perceberem o que mudou.
As crianças da faixa etária a que este livro se destina estão a aprender a ler e a sua curiosidade encontra-se no máximo. A autora aproveita para explicar de forma simples algumas questões que estas possam ter. É um livro para se ir lendo, principalmente à hora de dormir e assim estimular os hábitos de leitura nos nossos filhos.uma excelente prenda para o Natal.

domingo, 9 de dezembro de 2012

[Ponto M.] "Sedução" de Bella Andre


Sinopse:
Charles Gibson é um escritor de êxito, mas devido aos temas que escreve afasta as mulheres e sujeita-se a blind dates que os amigos lhe propõem. Candance Whitman, recém-chegada à literatura erótica, tem encontrado diversos obstáculos pelo caminho. Cansada de ser criticada, decide ir a uma conferência de escritores com o objectivo de aprender, onde acaba por conhecer o seu ídolo: Charles Gibson, o autor best-seller de romances eróticos. Charles propõe-lhe cinco lições para lhe ensinar as noções básicas do erotismo, criação de cenas, ou seja, conselhos muito válidos para obter bons resultados. Mas o que nenhum dos dois esperava era que as lições teóricas passassem à prática. Infelizmente, a desilusão de Candace em relação ao novo romance que está a escrever - no qual Charlie desempenha o papel principal - ameaça-lhes a possibilidade de desfrutar de um amor verdadeiro. Conseguirá ela separar a fantasia da realidade?

Opinião
E chegamos ao último Ponto M. de 2012! Pois é, o tempo passou a correr e já estamos quase em 2013. Ando em baixo com as leituras sensuais e se este livro não fosse tão pequeno (165 páginas) provavelmente nem teria nada preparado para esta semana, mas felizmente “Sedução” é um livro anoréctico, que se lê numa tarde!
Com a febre que anda por aí com os romances eróticos, a editora Planeta não quis perder a oportunidade de também entrar nesta onda e para lançamento de Outubro tivemos “Sedução” de Bella Andre.
Para quem não sabe, esta autora até é relativamente conhecida no mundo da literatura americana, especialmente por ser uma das tantas self-publishers que editou os seus livros e mais tarde conseguiu um contracto com uma editora. São várias as séries que a autora já possui mas por agora centremos-nos em “Sedução”.
A sinopse explica bem  o que o livro é, pois o livro não é muito mais que isto. O enredo é bastante simples, temos Candace, uma mulher frustrada por não conseguir reconhecimento pelos seus livros eróticos e do outro lado temos Charles, muito popular entre a literatura erótica mas com azar ao amor. 
Os dois encontram-se e formam um acordo profissional: Charles dará lições e conselhos à inexperiente Candace, sobre os mais variados assuntos desde os brinquedos até às posições sexuais. Não é preciso dizer que o profissionalismo dos dois depressa vai pelos ares. kaput.
Não sei se é da tradução, ou se no original, a escrita e linguagem da autora é assim tão forte. E forte, neste caso o que quero dizer é que ao longo de todo o livro, várias vezes são usados os seguintes vocábulos: "cona", "piça", "foder" entre outras palavras que me deixaram enojada com esta leitura. É impossível que com esta terminologia, eu consiga me concentrar no romance que acontece entre Charles e Candace, porque eu não senti amor nenhum entre o casal, apenas desejo e luxúria. 
Já li diversos livros deste tipo mas acho que nunca tinha ficado tão chocada com a linguagem rasca e obscena do livro, dá um tom de muito mau gosto ao livro. E olhem que eu não me choco com facilidade.
As personagens são supérfluas e não há espaço para um desenvolvimento destas, nem da narrativa, tudo acontece demasiado rápido.
Eu não me importo que os livros sejam eróticos e explícitos, mas mesmo sendo mais abertos, penso que poderia haver um cuidado no uso de certas palavras, por exemplo preferia ler rata do que cona, ou coninha (que ainda me irritou mais que cona)! 
Concluindo, fiquei bastante desagrada não só com a escrita como também com o conteúdo sexual, não digo que seja mau, porque não é, há cenas de sexo públicas, submissão, jogos com brinquedos etc, mas tudo isto é 90% do livro, deixando apenas 10% de romantismo, algo que gostava de ter sentido mais entre o par protagonista.
É o livro perfeito para quem adora este tipo de literatura, apesar de achar que há coisas melhores para ler. A autora tem uma série com uns irmãos que me parece mais equilibrada e talvez aposte em ler esses livros.

E agora falando de outro assunto, como disse este é o último Ponto M, do ano (e após ter lido isto, acho que preciso realmente de férias deste género!!) e portanto a partir de agora farei um pausa indefinida aqui na rubrica. Mas não se preocupem que terão as reviews da Isabel, portanto não se aflijam que ela continuará com o Ponto M, activo. Da minha parte espero que tenham gostado de todas as opiniões que coloquei, pois foi um grande prazer escrevê-las. :)